Sikorsky|+18 final

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Continuação do último capítulo. 

— primeiro temos que saber a procedência do conteúdo do frasco que você quebrou sem perceber.—  respirou fundo, tentando não surtar.

O relógio ao lado da cama marcava exatamente 05:12, o que só pressionava ainda mais a pobre [nome] a descobrir o que era aquela substância nas feridas do russo.

 Em seus anos de trabalho, jamais se imaginou tratando de um dos seus suspeitos, ainda mais um condenado a morte. Ela queria deixá-lo ali, ir embora e nunca mais se preocupar com as ações daquele indivíduo... não, não poderia ser dar ao luxo, seria com certeza acusada como cumplicidade dos crimes que ele cometeu enquanto estava atuando nas investigações 

 A chuva continuava a cair sobre os cacos de vidro, refletindo bem a pouca luz da rua.

— algum problema soldado? —  Sikorsky questionou, lutando contra a dormência para virar a cabeça só para ter a visão de uma [nome] totalmente concentrada em limpar aquela cicatriz tão superficial. — a julgar pela sua cara, parece que eu vou morrer só por causa desse cortezinho de nada.

— não é um corte qualquer, você acabou de introduzir uma droga muito perigosa no seu sistema pelas veias da mão. — disse chocada.— você pode acabar morrendo.

Nada fora do comum para um condenado a morte, é o que a maioria pensaria, mas para Sikorsky, ouvir aquilo enquanto olha para a face em choque de sua amada, é simplesmente desesperador. Ele não estava pronto para morrer, pelo menos não agora que finalmente estava experimentando algo tão novo, um sentimento novo.

— droga.— [nome] abaixou a cabeça frustrada, ela não estava mais suportando toda aquela pressão, estando prestes a chorar na frente do seu inimigo. 

— algum problema soldado? Pensei que quisesse se livrar de mim.— resmungou.

— não dessa forma, eu queria...

Foi a primeira vez que ele a viu perder sua postura confiante e chorar, aquilo doeu, doeu mais do que as torturas que recebia diariamente naquela prisão. Seu corpo vacilou e ela acabou batendo cabeça na parte inferior do braço de Sikorsky, chorando enquanto praguejava ele em seu idioma materno. O som da água caindo forte anulou boa parte de suas lamentações.

— sinto muito.— foi a única coisa que ele conseguiu dizer, engolindo o próprio orgulho para tentar amenizar o estrago que fez.

 — não adianta falar isso agora, você arruinou a minha vida.— gritou mordendo o antebraço dele.

— ai, por que você continua mordendo o meu corpo? — do nada [nome] ergueu sua cabeça, espantada.— eu em, o que foi dessa vez?

— você acabou de reclamar pela dor?— questionou avançando para perto do rosto dele. 

— claro, quase afundou seu dente no meu braço.— retrucou irado, encarando aquela nova ação com desconfiança, não perdendo a oportunidade de olhar bem as características marcantes em sua soldado favorita.—  o quê? Eu não deveria ter sentido?— uma grande interrogação surgiu na mente dele.

— a droga que esta no seu sistema é conhecida como o veneno de Afrodite, ela foi desenvolvida para aumentar libido feminina e é letal para qualquer ser do sexo masculino.— continuou a observar cada detalhe no russo.— foi desenvolvida recentemente e não tem antídoto.

— isso explica a vontade que estou sentindo nesse momento de voar em você.— sorriu sacana, ele estava começando a recobrar o controle do corpo.

— impossível, seu corpo não poderia estar reagindo dessa forma.— [nome] começou a procurar melhor em meio a todas àquelas peças que não se encaixavam, voltando a atenção para o punho enfaixado, utilizando todos os seus conhecimentos na procura de respostas.— só pode ser isso. 

Baki Imagines 1Onde histórias criam vida. Descubra agora