Capítulo 7 - Pândega das Bruxas pt. 2

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          Quando a grama e relva ficaram cheias do orvalho da noite e poente já era uma remota lembrança daquele dia, Lilás, Lauanne, Andressa e Jeff encontraram Victorya que estava fantasiada de Hera Venenosa e foram indagar Ceci sobre os últimos acontecimentos.

"Você é a uma guia, você já mostrou conhecimento da história daqui" -Jeff disse em algum momento.

-O que você sabe sobre A Pedra dos Sonhos? -Lilás partiu logo para o assunto.

Ceci não sabia pra que era pergunta, mas se mostrou visivelmente estranhar. Pelo visto não era comum tocar em assuntos como esses.

-O que você sabe sobre, e como ela pode ter haver com o desaparecimento dos Quatro de Damodred? -Lauanne continuou.

Então calmamente Ceci falou:

"Vocês já devem saber que a superstição e o mito que rondam Os Quatro de Damodred e que o desaparecimento deles tem algo muito suspeito. Mas voltando muito antes, o pouco que se sabe sobre a pedra que eles suspostamente encontraram, é que apesar de ter esse nome "sonho", ela na verdade é um pesadelo! Alimentando seu apetite de cada grito e choro, dizem que a pedra escolhe um portador pra ser seu mestre e que se por um acaso for tocada contra sua vontade ou se assim for a vontade de seu senhor, a pedra libera uma energia sombria causando uma marca subcutânea em que for escolhido. Então você está fadado a morte! A Pedra desde que foi invocada por Marcus Damodred, aparece no plano terrestre quando tem vontade ou se for chamada por um bruxo ou mago poderoso. Não se sabe bem, se isso for verídico, de como os alunos anos atrás conseguiram, mas se for verdade, isso com certeza foi a ruína deles."

          O horizonte embaçado cada vez parecia limpar a cada nova informação que conseguiam, foi o que os jovens pensavam.

-Como você sabe disso? -Victorya questionou.-Trabalho na Torre e nunca peguei em um livro sequer com essas informações.

-Isso não é algo que é passado de livro em livro, e achei que você mais que ninguém já sabia disso. -Ceci fala compassadamente. - Mas não, essas informações geracionais, datam do próprio diário perdido de Cecília Damodred. A coitada filha dele, que até hoje não se tem paradeiro do que aconteceu com ela ou com o diário. Apenas que ela escreveu tudo ou quase tudo que via nas antigas páginas amareladas de seu pequeno livro...

* * *

         Arthur afastou os dedos molhados da orelha do rapaz e sussurrou:

-Rebola nesse pau.

         Pedro Lucas estava tão quente que tudo o que pode fazer foi concordar

-Arthur... De costas, o garoto então procurou por suas mãos e as agarrou em busca de suporte e acatou a ordem fielmente. Venâncio pois rosna baixinho em seu pescoço, pressionando a mão na barriga de Pedro Lucas, que logo percebe que esse era um hábito peculiar... que ele estava de algum modo clamando baixinho por ele. E que seu nome era como um mantra em boca.

Ambos estávamos suados e ofegantes, imersos em algo muito maior. Toda vezes que Arthur abraçava o rapaz por trás para meter mais fundo, Pedro sentia como se sua alma estivesse sendo cutucada pelas pontas de seus dedos, seus lábios raspando em suas costas, em seu pescoço, em suas orelhas. Era como se o loiro estivesse o lendo com seu corpo. E Pedro Lucas já não sabia se estava gostando daquilo. Um animal selvagem.

Pedro estranhou quando ele se afastou, mas aguardou seu próximo movimento. Arthur o virou para si, colocou as mãos na cintura do garoto e o ergueu. O colocando sentado sobre o banco. Ele sorriu cinicamente apoiando as mãos nas laterais das paredes do labirinto para se erguer para cima. Conforme ele foi se aproximando, Pedro precisou se afastar para lhe dar espaço, ele já estava sentado no limite da banco.

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