Snow white • Itafushi

1 . tempestade

O casamento ocorreu, houve uma grande festa e todo os nobres estavam presentes. Todos ainda sentiam muito pela rainha, porém a beleza e doçura da nova consorte estava aquecendo novamente seus corações.

Algumas noites depois da grande festa, houve uma grande tempestade durante a noite. Megumi podia sentir as árvores que cercavam o castelo se chocando contra a grande construção e seus lábios começaram a tremer. Com toda coragem que tinha, ele pegou o candelabro que ficava perto de sua cama e saiu pelo castelo, procurando por uma porta em específico.

Quando encontrou o local que queria, ele abriu a porta devagar e viu que Itadori estava com o corpo completamente escondido embaixo da coberta.

– Itadori... – Ele murmurou e fechou a porta.

Itadori continuou onde estava e Megumi colocou o candelabro na escrivaninha, tocando os ombros do garoto por debaixo da coberta e recebendo um grito estrangulado, quando o garoto se descobriu.

– Oh céus... Você quase me matou. Eu achei que era o anjo da morte vindo me buscar. – O garoto disse aliviado.

Megumi soltou uma risadinha.

– Anjo da morte?

– Sim... Na religião de mamãe tem um livro que esse anjo é citado.

– Isso é horripilante ... – Megumi disse assustado e o outro assentiu.

– Por que veio até mim? – Itadori perguntou confuso.

– Bem... Eu não aprecio muito tempestades. Elas me amedrontam. – O garotinho disse abraçando o próprio corpo.

– Pode ficar aqui... – Itadori sorriu e foi para o lado direito, dando espaço para que o garoto se deitasse ao seu lado.

– Estou muito agradecido. – Megumi murmurou. – Eu costumava dormir com a mamãe nas noites de tempestade.

– Eu compartilho do seu sentimento. Eu dormia com a minha mãe também. Mas agora ela está com seu pai, não poderia incomodar ao rei.

Megumi assentiu e murmurou com a voz sonolenta.

– Mas agora... Você tem a mim. – O príncipe sorriu.

– Você também tem a mim... – Itadori murmurou e quando um trovão se fez presente, puxou o corpo do garoto para perto o abraçando e sentindo o medo se apaziguar.

Os dois adormeceram nos braços um do outro, se sentindo finalmente seguros.

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– O que o senhor faz aqui, príncipe? – Uma serva se debruçou e tocou no garoto que estava abraçado ao outro.

– Hum? – Megumi respondeu confuso.

– Por que não está no seu quarto?

– Eu... – Ele olhou ao redor e suas pequenas bochechas coraram. – Vim dormir com meu amigo. Estava chovendo.

– Príncipe, isso não é apropriado, o senhor é um príncipe. E ele...Apenas um camponês.

– Ahn? – Ele murmurou perplexo. – A mãe dele casou-se com o meu pai. E meu pai é o rei, então ele também é um príncipe. – Em sua cabeça infantil aquilo não fazia sentido. Por que tratar Itadori diferente? – E além disso, ele é família. – O garotinho murmurou e sorriu, observando que Itadori ainda dormia.