Minha cabeça parece parar de funcionar, nada ao meu redor faz sentido. A Rin me beijou, sua boca é tão macia e leve, não mudou nada desde aquele dia. Três pequenas crianças bobas indo passar a noite na casa da árvore do quintal dos pais da Rin. Uma brincadeira de verdade e desafio e uma paixão despertada.
_ Gira a garrafa, Kakashi. - O baixinho de cabelos espetados ri de forma sapeca e roda uma garrafa de refrigerante que havíamos levado lá para cima. Ela roda por segundos e aponta para a Rin.
_ Hmm, verdade ou desafio Kakashi?_ Desafio
_ Eu te desafio - ela pensa com um sorriso despojado - a ir buscar os doces que a mamãe esconde no armário.
_ Mas e se ela acordar?
_ Ai você corre hahaha
_ Tá com medinho?
_ Cala boca Obito, tá tá bom eu vou.
O menor desce as escadas da árvore resmungado. Nos entreolhamos rindo da situação. Sua risada é tão suave, por um momento fico hipnotizado. A cor dos olhos dela se intensificam com a pouca luz da lua que entra pela janela de madeira.
_ Você é tão linda._ V-você acha?
_ Sim.
_ Então, eu te desafio a me beijar._ Obito...
_ Rin, eu não sei se isso é certo. Voc-
_ Eu não consigo. Não consigo me segurar, desde que você sumiu eu tentei seguir minha vida, mas tudo me lembrava você, tudo me lembra você. Eu nunca te esqueci._ O Kakashi, ele é meu amigo.
_ Eu sei que você me quer, vejo nos seus olhos, e eu tô aqui, te querendo também. Desde que te vi de novo naquele dia todas as emoções da nossa infância voltaram, todos os sentimentos. Tudo que eu mais preciso, que o meu corpo mais deseja, é você.
Sem muito pensar, minha mão sobe até sua nuca puxando seus lábios para os meus rapidamente. Um beijo feroz e cheio de paixão. Os lençóis ficam bagunçados em segundos com os nossos corpos rolando pela cama, as peças de roupas já caindo ao chão. Tudo acontecendo muito rápido, sua pele na minha é a única sensação que eu consigo perceber, por um momento sinto como se fosse o toque de Deidara em mim e logo afasto esse sentimento, tenho que esquecê-lo, preciso esquecê-lo.
Ela se coloca por cima de mim, encaixando minha cintura entre suas pernas com apenas as nossas roupas íntimas separando nossos órgãos, mas não por muito tempo. Quando menos percebo nós estamos nus com seu olhar sobre mim, esperando permissão para se colocar por cima de meu membro inevitavelmente ereto. Beijo-a dando a permissão que ela tanto queria e não demorou muito para ela aproveitar. Sua entrada lentamente acomoda meu membro dentro de si. A sensação é ótima, mas sua expressão não é comum.
_ Algo errado? Está doendo?_ Não, nada. Só estou me acostumando haha. Você não cresceu só em altura.
Ela me beija, começando a se movimentar em cima de mim. Não costumo ficar por baixo, nunca ficava quando estava com Deidara, merda, de novo. Balanço a cabeça e foco apenas no rosto belo que está na minha frente, com os olhos fechados e a boca semi aberta, totalmente beijável, mas não quero estragar aquela expressão de prazer que se forma toda vez que ela sobe e desce no meu pênis, então apenas aproveito a vista enquanto não decido colocar ela por baixo.
A noite cai rapidamente e nem vejo as horas passarem, estava tudo tão intenso mas tão suave que eu não queria que acabasse. Ela já estava de quatro em minha frente, com a cabeça afundada no travesseiro, recebendo estocadas firmes, nossos corpos suados e quentes em uma sintonia deliciosa com nossos gemidos ofegantes formando uma melodia divina.
Ela cai ofegante na cama, ficando de frente para mim com as pernas totalmente abertas e fracas, mas ainda não era o fim, dava para ver em seus olhos que ela queria mais, que ela me queria por completo. E eu o fiz. As mãos em sua cintura, meu membro pulsando dentro de si, acelerado, intenso. E então de repente, suave, calmo, relaxado após o ápice. Me deitei ofegante tentando controlar a respiração. O toque suave da sua mão atinge meu peito, uma sensação boa me invade. Ficamos deitados por um tempo, sem falar nada, e aos poucos, nossos corpos suados começam a esfriar.
_ Eu vou tomar um banho, já está tarde.
_Certo.
O silêncio entre nós se estabelece com apenas o barulho da água correndo pelo banheiro se fazendo presente. Eu enrolo novamente a toalha em minha cintura, esperando ela sair do banheiro para eu entrar. Minutos passam, ela me olha da porta já vestida. Eu não falo nada e passo por ela para entrar. Meu banho é rápido, considerando que já havia tomado um antes. Saindo, ela está novamente segurando uma muda de roupas para eu usar. Vestidos e descansados, convido ela para tomar um café com biscoitos._ Você tem dinheiro para consertar tudo isso? - Ela olha sutil para a bagunça na sala.
_ Sim, Rin. Não precisa se preocupar. Você tem coisas maiores para se preocupar. - Ela abaixa a cabeça - O que vai fazer agora?
_ Eu não vou contar para ele, se o que você está pensando. Eu pensei que talvez a gente podesse...
_ Fazer isso de novo? Não acho que seria uma boa ideia. Rin, eu sei o que a gente passou na infância, mas eu não sinto mais o mesmo. Não quero que ache que, você sabe.
_ Eu entendo. As coisas mudam não é, fui tola em achar que poderíamos ter algo novamente, desculpe.
_ Deveria aproveitar que tem uma pessoa que te ama ao seu lado, e uma filho que lhe trará muito orgulho. Eu daria tudo para ter o que você tem, com ele... - abaixei a cabeça, segurando o choro._ Ele?
_ Uma pessoa que conheci a tempos atrás, mas é uma longa história, para uma outra hora. Você deveria ir para casa agora.
_ Certo. Você vai estudar na nossa faculdade não é? - Afirmo com a cabeça - Se precisar de mim eu vou estar lá para você.
_ Obrigado.
Ela se aproxima e me abraça, sua respiração sutil em meu pescoço. Acompanho-a até a porta, acenando com a mão enquanto ela segue rua acima. Fecho a porta e me sinto no chão refletindo sobre o que aconteceu. A Rin ainda me ama, mesmo depois de todos esses tempos ao lado de Kakashi. Eu deveria me sentir culpado, envergonhado, enojado comigo mesmo, eu deveria ter dito não para ela. Mas não, não sinto nada disso, só sinto vazio, mesmo depois de um sexo esplendido eu sinto como se tivesse um buraco em minha alma, e só tem um jeito de fecha-lo que eu sei muito bem qual é.~~ Dia Seguinte ~~
Hoje é dia 18 de abril e minhas aulas na Faculdade de Cambridge começam. Era para ser o dia mais feliz da minha vida, meu sonho se realizando em estudar culinária aqui, mas não. Sei que a qualquer momento vou dar de cara com o Sasori, ou pior, com o Deidara. Respiro fundo e fico num lugar mais afastado do auditório principal. No palco, um senhor de cabelos brancos, de aparentemente uns 60 anos de idade, vestido um blazer preto com uma camisa social branca, se coloca em frente ao pódio de madeira escurecida.
_ Bom dia a todos. Sejam muito bem vindos a Cambridge. Estamos começando mais um período letivo. Eu sou o Senhor Veríssimo, o diretor dessa faculdade. Para os veteranos, parabéns por completarem mais um ano de curso, continuem sempre progredindo e evoluindo como alunos e como pessoas. Para os novatos, torço para que vocês se adaptem e consigam ter o melhor proveito do seus estudos. Todos vocês vão receber um tablete exclusivo com um sistema único para estudos, onde receberão todas as informações necessárias sobre suas aulas e eventos escolares. O painel com seus nomes e suas respectivas turmas está no hall principal que também contém a recepção para tirarem quaisquer dúvidas. Obrigado.A multidão no auditório começa a se dissipar, uma parte indo para o hall, outra indo explorar a faculdade. Eu sigo os mesmo que vão para a recepção, quanto mais rápido eu chegar a na sala menos chances de encontrar um dos dois. No hall, paro em frente o painel holográfico que de mais ou menos 4 metros com diversos nomes de alunos, separados por cursos. Obito Uchiha - Sala 3, Bloco 2. Não consigo evitar e procurar seu nome no curso de Artes. Deidara - Sala 8, Bloco 2. Que ótimo, vai ser impossível evitar me encontrar com ele. Pelo menos Sasori está em um bloco diferente. E a Rin está na mesma turma que ele. Antes de ir para minha sala, tenho que passar na recepção para receber meu tablete.
Na recepção, seus lindos cabelos loiros estavam semi presos em um coque alto, estava com uma blusa branca de mangas compridas e uma calça preta, além de uma bolsa pequena para pincéis e tintas. Ele é tão lindo. Seus olhos azuis estavam animados e brilhando de felicidade, parece está se divertindo em descobrir as belezas da faculdade, o que só me deixou mais abalado por lembrar do que Sasori disse, ele está realmente feliz, estragar isso seria injusto. Depois de muito encará-lo ele me nota, novamente aquela sensação de tudo ao meu redor fica turvo e só ter ele à minha vista, mas logo acaba e eu fecho a cara me retirando do lugar, não posso falar com ele.
Vai ser um ano bem longo.
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❝ 𝕃𝐨𝐯𝐞 𝐈𝐬 𝐀 𝐄𝐱𝐩𝐥𝐨𝐬𝐢𝐨𝐧 | ᴛᴏʙɪ x ᴅᴇɪᴅᴀʀᴀ ❞
Fanfiction┍─────────────────────┑ 𝙿𝚊𝚛𝚊 𝙳𝚎𝚒𝚍𝚊𝚛𝚊, 𝚃𝚘𝚋𝚒 𝚒𝚊 𝚜𝚎𝚛 𝚊𝚙𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚞𝚖 𝚐𝚊𝚛𝚘𝚝𝚘 𝚗𝚘𝚛𝚖𝚊𝚕 𝚚𝚞𝚎 𝚌𝚑𝚎𝚐𝚊𝚛𝚊 𝚍𝚎 𝚘𝚞𝚝𝚛𝚘 𝚙𝚊𝚒𝚜, 𝚞𝚖 𝚎𝚜𝚝𝚛𝚊𝚗𝚐𝚎𝚒𝚛𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚒𝚛𝚒𝚊 𝚙𝚊𝚜𝚜𝚊𝚛 𝚘𝚜 𝚙𝚛𝚘𝚡𝚒𝚖𝚘...