Wɑtɑshi no senchō - (Yɑmi X Leitorɑ)

Capítulo XXVI

Ao chegarem na parte mais alta daquele vulcão se permitiram descansar. A mente do ruivo estava a mil, os breves minutos de sossego que tivera ao reencontrar sua irmã o crucificavam por querer viver aquilo todos os dias.

Estava metido até os dentes com Dante mesmo contra a sua vontade, precisava dar um jeito de avisar à Yami sobre sua filha e tinha esperança que daria certo.

Assim que S/n cochilou com a cabeça em seu colo ele tocou o cristal no pescoço dela, com a mão livre segurou o seu de maneira firme e tentou estabelecer uma conexão com o do espadachim.

Foi difícil mas conseguiu manter estável por alguns minutos.

–Ei Sukehiro, eu quero te pedir uma coisa. - Ele se virou rapidamente sacando a Katana pronto para atacar o cunhado. –Por favor, salve minha filha. Ela está em uma cela em Spade, eles irão matá-la assim que descobrirem minhas reais intenções. Leve-a antes de sairmos de Clover, estou preparado para assumir qualquer acusação que Julius queira fazer.

Antes que pudesse falar mais qualquer coisa, sua cabeça latejou como nunca antes e a conexão foi desfeita, ao abrir os olhos sentiu o líquido quente escorrer pelo nariz.

Algumas gotas caíram no rosto de S/n que estava assustada com a condição de seu irmão, aquele tipo de feitiço demandava muito esforço mental quando realizado por um terceiro.

–Homu?! Você está bem? - Sentiu o toque delicado da moça em sua face e tirou suas mãos dali, se levantando.

–Temos que sair daqui, acho que senti a mana de alguém poderoso. - Mentiu, se colocando a andar logo em seguida.

Em Clover, Marx usava sua magia para mostrar essas memórias de Yami para Julius, os touros negros e consequentemente Nacth que juntou as peças em sua mente.

–Eu sei quem é essa menina, posso tirá-la de lá mas meu trabalho como espião iria por água abaixo. Além de que existem várias armadilhas mágicas a protegendo de qualquer desavisado, sempre achei estranho tanta segurança apenas por uma criança mas agora faz sentido.

O loiro olhou o vice-capitão, pedindo em silêncio para que fizesse isso.

–Irei ser cauteloso, então esperem algum tempo até trazê-la para esse lugar. - Usando sua magia sumiu pelas sombras rumo ao seu novo objetivo.

Um tempo se passou — mais do que Yami gostaria —, e o reino estava sendo atacado por elfos como se chamavam.

O rei mago havia caído e o caos reinava soberano pelas ruas da capital real.

O capitão dos touros lutava com Charlotte possuída enquanto tentava manter o corpo extremamente ferido do mago do tempo, protegido.

Com um ataque da loira foi jogado alguns metros longe, via o estrago ao seu redor causado por outros cavaleiros mágicos no mesmo estado dela.

Foi quando ouviu um rugido imponente cortar os céus. A elfa em sua frente voltou seus olhos para o céu, incrédula com o que seus olhos viam.

Aquele imenso ser voava sobre a capital real, ele tinha escamas negras, seus chifres e placas eram num vermelho sangue e seus olhos como dois poços vermelhos fumegantes. Seu bater de asas soava como trovões e a envergadura de suas asas facilmente cobria a capital real.

Sobre a criatura estava S/n com sua armadura reluzente, a lança em mãos e os cabelos alvos como a neve. Quase como no dia que usou a magia sagrada pela primeira vez.

–Como é possível...? - A voz incrédula da mulher tomou a atenção de Yami novamente que aproveitou para atacá-la.

A Yoshida focou seus olhos em seu noivo e ficou aliviada ao ver que ele estava bem, Homusubi rumou ao QG dos touros negros pousando alguns metros longe do local.