Capítulo XVI

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–Yami eu gostaria de ficar aqui mais um pouco. - Me virei para olhar o homem.

–Quer ir visitar o túmulo delas? - Assenti com a cabeça ao vê-lo se aproximar de mim e me dar um abraço lateral por assim dizer.

Caminhamos juntos até o cemitério agora abandonado e passamos pelos túmulos até chegar na lápide delas.

Me agachei, limpando a madeira degradada pelo tempo. Um pequeno sorriso adornou meus lábios e tratei de gravar novamente o nome de ambas ali.

–Depois de tanto tempo eu estou começando a descobrir o segredo de vocês duas. Gostaria de saber como acabaram metidas com aquilo que encontramos escondido.

–Bem, esse aqui é o Yami, estamos meio que juntos. Ele também veio da minha terra natal, chamada terra do sol nascente. Tantas coisas aconteceram desde que perdi vocês. - Senti o choro de saudade formar um bolo em minha garganta, fazendo minha voz embargar. –Queria que estivessem vivas para poderem vê-lo, tenho certeza que iriam odiá-lo.

Um riso dolorido, repleto de saudade deixou meus pulmões enquanto o homem se agachava ao meu lado.

–Eu vou cuidar bem da menina de vocês, dou minha palavra como capitão dos touros negros. - Sua voz amena confortou meu coração.

–Está anoitecendo, é melhor voltarmos. Prometo que virei visitá-las mais vezes. - Passei minhas mãos na grama que cobria as lápides de ambas e me levantei.

–Magia de luz: Sentō no yajirushi. - Era questão de tempo até retornar ao QG, estava realmente dividida sobre contar ou não à Yami sobre o achado em meu quarto.

Sentia que estava o traindo por não ser totalmente sincera consigo mas por outro lado pensava ser um problema apenas meu.

Ao voltar para o meu agora lar, procuramos pro Finral que nos levou até o Rei mago.

Assim que Marx liberou nossa entrada fui na frente, abri a porta dando de cara com um Julius praticamente derretido sobre a mesa.

–Ora essa, se está doente deveria ir procurar por um mago de recuperação. - Brinquei ao ver sua expressão se iluminar.

–Antes de tudo temos informações importante sobre algumas atividades... Suspeitas da minha falecida família.

Contamos tudo o que havíamos descoberto até então deixando o mago do tempo extremamente sério. –Não faço ideia do que elas almejavam conseguir como resultado, tudo o que descobrimos era isso. Acho que seria melhor você ir ver com seus próprios olhos e tirar as próprias conclusões. - Sua sobrancelha arqueou e logo seu semblante relaxou.

–Pedirei ao Marx-kun para cuidar disso, o mais importante agora é:

Deu dois passos em nossa direção e segurou em meus ombros com aquele típico olhar fascinado.

–Que tipo de magia é essa?! - Exclamou, visivelmente empolgado. Sua destra tentou tocar o cristal ostentado em meu pescoço mas foi violentamente repelido pelo material.

Coisa que me deixou intrigada.

–Uau parece que não gosta de mim. - Riu. –Yami você consegue tocar livremente?

–Acho que sim. - A canhota do espadachim segurou o pingente. –Tente pegar o meu.

Meus dedos fizeram contato assim como requisitado, Julius tentou repetir este ato porém, falhou miseravelmente.

–No mínimo curioso, parece ser uma magia estrangeira e bem antiga. Mas como não posso tocar presumo estar ligada à vocês dois, Yami teste os membros do esquadrão para ver se apenas vocês dois conseguem segurá-los.

Wɑtɑshi no senchō - (Yɑmi X Leitorɑ)Onde histórias criam vida. Descubra agora