Capítulo XIV

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N/a: Estão prontos para um capítulo novo? Digo, dois capítulos? Haha

A fic chegou a 1k de visualizações e pra mim isso é muito importante, claro que não aconteceria sem vocês.

Considero cada pessoa que votou, comentou ou simplesmente leu. Obrigada de coração💜

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Ao entardecer caminhávamos juntos rumo à taverna para nos encontrarmos com o capitão do alvorecer.

Asta e Noelle saíram junto com Magna para sua primeira missão, o que deixou o garoto extremamente empolgado diga-se de passagem.

Adentramos o local e fomos recebidos por Christian, Yami mal se lembrava do homem e estava mais calado enquanto eu conversava com ele.

William tinha acabado de chegar e o cumprimentei com um abraço caloroso ao passar pela porta da sala reservada especialmente para nosso encontro.

–Parece que a vida de capitão só é mansa pro espadachim aqui, está todo tenso Will, pelos céus! - O sentei na cadeira e comecei a fazer massagem em seus ombros como nos velhos tempos.

–Isso me traz tantas lembranças, sempre costumava fazer isso quando voltávamos das missões em trio não é? - O riso doce vindo dele confortou meu coração, Yami nos olhava quieto, fumando o seu cigarro.

Nosso anfitrião tinha ido buscar algumas bebidas, Sukehiro estava quieto demais, algo me preocupava.

Minha cara quase foi parar no chão quando ele soltou "eu e a S/n dormimos juntos".

Se não bastasse a declaração inusitada a porta ainda estava aberta e por alguém que conhecia bem.

Cambaleante, me sentei na cadeira vazia desejando sumir pela vergonha.

–O QUÊ?! - Assim que a madeira bateu a transformação foi desfeita e ali estava Julius de olhos arregalados.

–Eu disse que ainda iam ficar juntos, você cuspiu pra cima S/n. - Seu riso me atordoou, me sentia aérea enquanto Julius despejava milhares de perguntas.

–Yami seu maldito, tirou a pureza da minha criança?! - O olhar ameaçador do rei mago era simplesmente impagável, um ciúmes nítido.

–Isso mesmo, peço desculpas. - O tom completamente desinteressado me fez segurar uma gargalhada.

Sukehiro não se arrependia de nada.

–Acredito que deveríamos tirar o foco de mim nessa conversa, não estamos aqui pra isso. - Me pronunciei pela primeira vez, atraindo olhares dos três.

–Mas esclarecendo algumas coisas, eu e Yami estamos vivendo uma coisa... Ainda não sei bem o que é mas estamos. - Lancei um olhar de canto de olho para o espadachim. –Julius e Will, quero pedir à vocês que nos dê um aval. Tenho completa ciência de que somos dois adultos mas os considero minha família, como carne da minha carne.

–A opinião de vocês dois importa pra mim. - Fitei ambos, calados.

–Se ele te fará feliz é o que realmente importa para mim, como minha melhor amiga também me vejo na obrigação de matá-lo caso te machuque. - O garoto segurou minha mão que estava sobre a mesa de madeira e lhe deu um fraco aperto. –Espero que sirva de aviso, estrangeiro, não irei hesitar em te fazer em pedacinhos.

–Julius? - Meu olhar se encontrou com o dele e um suspiro deixou seus lábios.

–Como Rei mago este é um relacionamento que pode interferir nos alicerces do reino, por serem do mesmo esquadrão podem acabar sendo mal vistos. Principalmente você S/n, como cavaleiros mágicos o que eu gostaria de pedir é para não deixar suas emoções afetarem o senso crítico.

–Eu os apoiarei abertamente assim que estiverem certos do que são, como o pequeno Will disse antes, não ouse machucá-la Yami. - O olhar sério dele me fez engolir em seco.

–Continuem executando suas funções como cavaleiros à serviço de Clover e apenas isso será da conta de todos. O que mais desejo é ver a felicidade do povo e isso inclui ambos, principalmente daquela que considero como uma irmã mais nova.

Ali estava o sorriso caloroso que tanto conheci, a porta for aberta por Christian que deixou uma boa quantidade de comida na mesa e saiu novamente para buscar outras coisas.

Começamos a comer enquanto Julius me perguntava sobre Solgres e a magia que tinha usado mais cedo.

–Então você estava mesmo matando serviço pra ir se divertir? - Arqueei uma sobrancelha.

–Me divertir não, procurar magias raras e diferentes pelo mundo! Foi assim que encontrei vocês três então sem bronca!

Gargalhei enquanto levava a caneca de bebida até a boca. –Certo, chega de falar do passado. Me contem o que foi que perdi nesses doze anos!

Horas se passaram sem que qualquer um de nós se preocupasse em voltar para a nossa vida fora dali, Julius foi o primeiro a ir embora sendo seguido do meu melhor amigo.

Aproveitava a brisa noturna com um sorriso singelo no rosto, enquanto era acompanhada pelo espadachim.

Chegamos no QG nos separando logo em seguida, tomei mais um banho e deitei em minha cama.

Me enfiei debaixo dos cobertores soltando um "tsc" ao ter algo sólido logo abaixo de minha lombar, peguei a pequena caixinha me sentando no alcochoado para visualizar o conteúdo dentro.

Travei a mandíbula ao retirar o pequeno plástico que ali havia, um dos dois fragmentos do pingente que completava o meu.

Não consegui rastrear magia na folha de papel cuidadosamente dobrada e isso me frustrou, abri o papel enquanto as memórias daquele dia invadiam minha mente.

O símbolo de Spade estava estampado na parte inteira da folha branca junto a uma sequência de três olhos, a letra era péssima, tão horrivelmente escrita que mal dava pra entender.

As palavras "justiça", "culpa", "humanos" e "princesa" eram as mais legíveis, tentei por alguns minutos desvendar aquilo que mais parecia um código e suspirei ao falhar.

Resolvi olhar dentro da caixinha e engoli a saliva com dificuldade ao colocar os olhos nas fotos do dia em que perdi minhas mães, seus rostos estavam riscados como dois alvos abatidos coisa que me gerou receio.

Será que elas estavam metidas em algum plano de Spade?

Virei todo o conteúdo na minha cama, organizando lado a lado. Ainda na carta haviam duas palavras escritas de maneira diferente, segurei o papel entre meus olhos e a luz do pequeno quarto.

"Ameaça sagrada."

Com um baita ponto de interrogação de como raios isso tinha ido parar na minha cama, guardei tudo de volta na caixinha.

Solgres saiu do grimório, me olhando apreensivo. –Vamos manter sigilo, precisamos investigar isso. - Sussurrei ao espírito que assentiu de maneira concordante.

Me agachei sem fazer barulho, enrolei o objeto em um tecido que já não usaria mais e me aproximei da cômoda do quarto.

Puxei uma gaveta até tirá-la do lugar e ajeitei a caixinha no espaço vazio, voltando a gaveta ao seu posto anterior novamente.

Deitei novamente e respirei fundo.

–Vai esconder isso de todo mundo? - O tom super baixo do serzinho brilhante chegou aos meus ouvidos e assenti com a cabeça.

–Vai ser melhor assim Solgres, isso só tem a ver comigo. - Segurei o segurei o cobertor, cobrindo meu corpo e me arrumando arrumando para dormir.

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N/a: Segurem a emoção que o próximo capítulo já vem aí!

Wɑtɑshi no senchō - (Yɑmi X Leitorɑ)Onde histórias criam vida. Descubra agora