Começo de Algo Novo

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Dean começava a refletir sobre essa vida alternativa, gostaria de ter feito outras coisas, mas seu pai o colocou cedo para trabalhar na empresa, fez faculdade de administração para continuar os negócios da família. Com seu irmão, seu pai não foi assim, Sam fez direito e é noivo de Jéssica. Sua mãe é um amor de pessoa, faz tudo pela felicidade da família. Conheceu Lisa na empresa, era secretária de seu pai, namoraram, casaram, do jeito que o pai sempre quis. Estava tão envolvido com a família e os negócios, não via como mais sair.

Já tinham se passado três dias em que caminhavam. No primeiro e segundo dormiram em uma pousada de suprimentos onde tinham tecnologia disponível.

Era inevitável os contatos físicos por mais que Dean não fosse sedentário, frequentava a academia, não estava acostumado com o relevo de trilha, as vezes escorregava e Castiel ia ajuda-lo, sempre estavam se esbarrando um no outro, cada toque era algo que mexia com os dois sutilmente.

Castiel preparou uma comida no jantar com um pequeno fogaréu e se sentaram bebendo whisky cada um.

— O que está achando Dean?

— Sério! Castiel, é uma experiência incrível! Fazia tempo que não dava um tempo da empresa, por mais que isso seja trabalho é diferente... – começou a contar como era um pouco sua vida, não se deixava levar muito pela conversa com outros, mas sentia-se algo de confiança em Castiel.

Foram dormir na mesma barraca, Castiel tinha pegado cobertores no posto, montado a barraca e se deitaram. Dean sabia que estar em uma trilha não tinha opções de luxo, então dividir a barraca com um outro homem não tinha nada demais, ficaram um de costas para o outro. Ele ficou um pouco apreensivo com os sons do lado de fora.

— hum... Castiel esses barulhos são normais?

— Sim, Dean! É o barulho da floresta, dos animais noturnos, não se preocupe! – disse praticamente dormindo.

Dean conseguiu relaxar um pouco, logo veio uma leve tensão, sentiu um arrepio na nuca, era Castiel que inexplicavelmente estava quase de conchinha com ele, sentia sua respiração, do jeito que estavam sentia o pau de Castiel roçando em suas nádegas tudo sutil, porque ele dormia pesadamente. Seu cheiro não era de perfumes coorporativos, era algo natural que lembrava flores e mel. Dean sentiu seu membro ganhar volume em suas pernas, não acreditava que estava excitado com um homem, se justificou dizendo que fazia dias que não transava ou se masturbava, tentou desvencilhar os pensamentos para acalmar a ereção, com muito custo dormiu.

De manhã Castiel já havia se levantado, preparado o café para seguir em frente. Se cumprimentaram, Dean pensou que Castiel havia percebido algo, mas pela sua reação parecia que não.

Castiel era muito profissional, sempre procurou separar vida profissional do pessoal, mas esse Winchester era lindo demais com os olhos verdes e outros atributos que era melhor nem começar a pensar, principalmente quando pensava em lugares íntimos, sentia atraído por ele.

Andaram algumas horas. Castiel disse:

— Venha conhecer essa gruta, é incrível! Aproveitamos e descansamos um pouco. Vamos entrar na água! – já tirando suas roupas.

Eles entraram, era realmente belíssima, a água estava um pouco gelada. Dean estava de cueca preta e Castiel com uma de cor branca de tecido fino que marcava seu membro, Dean tentou mas, não conseguiu disfarçar; enquanto olhava Castiel, umedeceu os lábios inconscientemente, se perdendo em seus olhos azuis que pelas águas também azuladas refletiam mais seus olhos, parecia a visão de um anjo.

Castiel e Dean se encararam por algum tempo com intensidade, havia uma tensão sexual pairando, foram chegando perto um do outro com seus corpos molhados, mas ouviram um grupo de pessoas que chegaram se distanciaram aproveitaram um pouco mais a gruta e foram. A noite Dean já estava tossindo.

— Nossa, você realmente é um cara da cidade!

— Águas de gruta são geladas, eu não estou acostumado. Disse espirando.

Castiel fez um sopa de legumes e pediu para Dean tomar com um vinho para que o corpo ficasse aquecido.

Dean estava sentado com um cobertor enrolado. Castiel pediu licença para passar a mão no rosto dele para ver se estava com febre, passou a mão sentindo a pele macia.

— Você está com febre. É melhor ir ao hospital. Eu vou ligar para a base e pedir o helicóptero!

— Não é nada, logo passa!

— Vou fazer um chá que aprendi com os índios brasileiros é muito bom, mas transpira muito.

Castiel fez o chá, e levou para Dean. Estava ao lado dele deitado, mas não conseguiu dormir de preocupação. No meio da noite ouviu "Cass", (primeira vez que o chamava pelo apelido).

— Cass, está muito quente aqui...

— Irei te ajudar! Vou tirar algumas cobertas de você....

Castiel foi retirando a coberta para ajudá-lo na pressa, mas acabaram se aproximando seus rostos, Dean num impulso o puxou para si, seus lábios se encontraram. Foram se beijando esfregando seus corpos, a respiração ficava pesada, gemiam querendo mais!

— Dean, hum... não quero me aproveitar de você, mas não consigo pensar racionalmente agora – falando já por cima, beijando seu pescoço.

— Eu também não... nem sei o que fazer, mas quero...

— Descobre, sente, deixa-se levar...

Se beijaram intensamente, enquanto suas mãos percorriam seus corpos, tiraram a roupa. Castiel aproveitou para beijar o abdômen do homem que tanto desejava há dias, chegou em seu membro, era mais gostoso do que se podia imaginar, grande, grosso! Apreciava cada detalhe com sua boca, chupava com intensidade! Trocaram de posições, Dean ficou por cima.

— Segue seu instinto de desejo...

Desejo, prazer, era algo que Dean estava sentindo, um desejo que nascia em seu ser; se lembrava dos filmes de adultos que via na adolescência entre homens, um dia seu pai viu, não ficou bravo por ser um filme pornográfico e sim por se tratar de dois homens; dizia que homem de verdade não via isso, mas mesmo assim ainda assistia escondido, e ainda bem porque agora sabia o que fazer.

Pediu para Castiel chupar seu dedo e penetrou, um dois; explorando a entrada do moreno até chegar em seu ponto de prazer.

— Pode vir Dean, não estou aguentando mais. Puxando-o para um beijo.

Dean se posicionou na entrada de Castiel, que levantou um pouco as pernas, a sensação para ele foi indescritível, apertado e quente. Para o moreno ao sentir-se todo preenchido pelo loiro foi gemendo de prazer. Dean foi pegando o jeito de entrar e sair, indo forte... não queria mais parar, o silêncio da floresta foi preenchido pelos gemidos de ambos. Castiel se masturbava acompanhando o mesmo ritmo. Chegaram ao orgasmo. Se deitaram abraçados acalmando a respiração dormiram.

Castiel ao despertar nem quis abrir os olhos, se estava sonhando não queria acordar. Sentiu a presença do corpo másculo, não tinha sido um sonho. Dean acordou também.

— Oi.. – disse Castiel

— Oi... – respondeu Dean.

Castiel falou naturalmente com Dean.

— Você melhorou da febre! Que bom! – passando delicadamente a mão pelo rosto de Dean.

— Também! Suei muito pelo chá... – não tinha dito com duplo sentido mas acabou saindo, eles riram. Não precisavam conversar com palavras seus olhares disseram que foi especial. Não queriam problematizar ou planejar nada, apenas deixar fluir.

Seguiram o dia como planejado na trilha, a paisagem era incrível estavam conectados um com o outro, as vezes rolava beijos quentes em alguma árvore, passadas de mãos.

O Segredo de DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora