4° Capitulo

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- O QUE?! – A menina dizia irritada.
- Isso mesmo, e espero que você a trate bem! – Steve dizia sério.
- Isso faz parte do castigo? – Cruzou os braços. – Porque se for já está exagerando.... Essa ruiva idiota não tem nada que vir para o aniversário da minha avó, e ainda trazer aquela gentalha lá!
- Não faz parte de castigo nenhum! – Ele rolou os olhos. – E se não quiser ficar um mês a mais de castigo é melhor você se comportar!
- Saco! – Dando um ataque. Steve olhava a “crise” da filha.
- Já chega! – Disse sem paciência. – Vá terminar de se arrumar que daqui a pouco os convidados chegarão, e quero você presente. – Saiu sem dizer nada.
- Droga! – Murmurou jogando o baby lis com força. – Ruiva maldita! Ela não vai se dar bem... – disse indo para seu closet, escolher sua roupa.
Desde o dia da festa, estava de castigo, sem sair de casa durante um mês, indo apenas para a escola e voltando para a casa. E para piorar tudo, seu pai começa um romancezinho com essa tal de Natasha, que por infelicidade tinha a mesma droga de nome da sua mãe (que era outra idiota), então com certeza não era boa bisca. E a queria longe de seu pai, o mais rápido possível... Terminou de se arrumar e desceu para o jardim, já tinha algumas pessoas, umas amigas de sua avó.
- Está linda, meu amor. – Ouviu seu pai chegando. – Vamos ali que as amigas da sua avó querem te ver.
- Ah não papai... – com bico enquanto ele a levava pelo braço até as senhoras. Uma das mulheres assim que a viu, se levantou sorridente.
Olhe só! Como essa mocinha cresceu... – disse à mulher que aparentava ter uns quarenta e cinco anos. – Está cada dia, mais linda Sarah! – Apertando as bochechas dela.
- Obrigado senhora... – disse a menina forçando um sorriso, droga! Se soubessem como ela odiava quando apertavam suas bochechas. Steve segurava o riso, ao ver as outras amigas de sua mãe repetindo o feito da primeira. 
- Eu agradeço o carinho de vocês, mas eu preciso ir. – Disse abrindo o sorriso mais falso que pôde, enquanto afastava a mão de uma delas de seu rosto. – Até logo! – Saiu correndo.
- Oh, meus parabéns pela sua filha, Steve. – Dizia com leve afobação. – É um amor de pessoa.
- Obrigado dona Beatriz. – Disse aliviado.... Pelo menos não apertam mais as bochechas dele, e sim as de Sarah. – Bem, fique à vontade. – Elas assentiram e ele saiu.
- Filho! – Ouviu sua mãe chamar e se virou. 
- Oi mamãe. – Ele sorriu. 
- Está tudo tão lindo, querido! – Ela o abraçou. – Você não deveria ter gastado tanto dinheiro assim, comigo.
- Que nada mãe. – Deu um beijo na cabeça dela. – Você merece isso e muito mais, gostou dos presentes?
- Adorei, são maravilhosos! – Com os olhinhos brilhando. 
- Mãe, eu convidei uma pessoa. – Ele disse.
- Quem querido? – Ela perguntou curiosa. – Eu conheço?
- Conhece sim mãe... – suspirou. – É a Natasha. 
Natasha?! – Sua mãe arregalou os olhos. – Mas como? Ela voltou quando?
A Sarah sabe?!
- Calma mãe... – ele pediu. – Ela voltou, mas eu a encontrei por acaso, e a Sarah sabe que ela vem, mas não sabe que é a mãe.
- Minha nossa! – Sem esconder seu espanto. – E vocês...?
- Nós dois estamos.... Ficando. – Disse passando a mão no cabelo. – E eu to muito afim dela, você não se importa, não é?
- Bem.... Eu não tenho nada contra essa moça. – Singela. – O que me preocupa e a Sarah, você sabe o gênio da sua filha e principalmente quando ela descobrir...
- Não se preocupe com isso, eu já conversei com a Sarah e ela se comportará.
- Então quando ela chegar, me chame, eu quero vê-la... – a Sarah mais velha disse por fim, ela realmente não tinha nada contra Natasha, não tinha gostado nada quando ela foi embora e deixou todas as responsabilidades do bebê em cima de Steve, mas ela como mãe sabia, que na situação que Natasha se encontrava o melhor seria a distância. 
Vinte minutos depois a campainha toca, Sarah vai abrir e dá de cara com Angel.
- O que faz aqui, cinderela? – Cruzou os braços. – Errou o endereço do seu palácio ou o que?
- Não seja ignorante! – Angel rebateu. – Eu fui convidada para o aniversário da senhora Sarah.
- É mesmo? – Riu debochada. – E qual é a senha?
- Precisa de senha? – Confusa. – Eu não sei, mas eu fui convidada sim! – Coçando a cabeça.
Você é muito idiota! – Emburrada.
- Prontinho, querida, chegamos. – Uma morena apareceu na porta. 
- Mamãe qual é a senha? – Angel se virou para a mãe, confusa.
- Senha de que florzinha? – A morena franziu o cenho.
- Olá Sarah! – A ruiva apareceu sorridente na porta.
- Aff. – A menina reclamou.
- Então essa é a famosa Sarah? – Wanda sorriu. – Prazer, linda! – Estendeu a mão.
- O prazer fica todo para você. – Se virou para dentro outra vez fechando a porta na cara delas.
- Nossa, bem que você falou que ela é geniosa. – Wanda sussurrou. – Ela é a sua cara. – Sorrindo.
Antes que Natasha pudesse responder a porta voltou a se abrir, era Steve.
- Me desculpem por isso. – Sem graça. – Entrem, por favor. – Dando espaço, elas entram. – Oi amor... – deu um selinho nela.
- Oi bebê. – Natasha retribui o carinho dele. – Essa é a Angel, filha da Wanda.
– Apontou.
- Linda como a mãe. – Ele sorriu, educado. – Prazer gatinha.
- Está brincando que você é o pai dela? – Angel apontou Sarah de queixo caído.
Steve sorriu.
- Pois é. – ele deu de ombros, já era acostumado com esse tipo de reação. – Sou sim.
Nossa você é supernovo! – Ela bateu palminhas. – E muito mais educado, sua filha é uma grossa. – Fez bico.
- Angel! – Wanda arregalou os olhos. – Me desculpe Steve.
- Imagina Wanda. – Ele riu. – São adolescentes... – disse abraçando Natasha pela cintura. – Venha, minha mãe quer vê-las.
Natasha engoliu o seco e se a mãe de Steve a mandasse embora, pelo que ela tinha feito? Céus, ela estava muito angustiada!
- Steve e se ela não gostar de me ver? – Murmurou sentindo os nervos à flor da pele.
- Fica tranquila meu amor, eu já falei pra ela que você viria. – Ele lhe deu um selinho.
Os quatro se aproximaram da Sarah mais velha, que assim que os viu se levantou.
- Olá! – Ela cumprimentou as três com simpatia. – Sejam bem-vindas!
- Oi dona Sarah. – Natasha disse temerosa.
- Olá Natasha... – ela comentou meio surpresa, Natasha tinha mudado demais, quem olhasse agora não dizia que era mesma. – Você.... Mudou muito. – Sorriu de leve. – Está muito bonita.
- Obrigada, A senhora também está muito bonita. – Disse abrindo um sorriso aliviado. 
– E essa mocinha, quem é? – Acariciando os cabelos de Angel.
- Minha filha senhora. – Wanda respondeu com simpatia.
- Senhora não, por favor... – riu. – Ainda nem cheguei ao cinquenta, está quase lá, mas ainda não. Chamem-me de Sarah mesmo.
Ok Sarah. – Wanda repetiu risonha.
- Bem, fiquem à vontade. – A mulher disse. – Daqui a pouco eu volto aqui para conversarmos mais um pouquinho. – Elas assentiram e a mãe de Steve se retirou.
Natasha voltou a respirar aliviada. 
Sabia que estava sendo uma idiota de achar que a Sarah mais velha a trataria mal, sendo que foi quem mais lhe ajudou nos momentos de dificuldade, a mãe de Steve foi praticamente sua mãe, durante os nove meses que carregara Sarah no ventre, por isso fez questão que a filha tivesse o mesmo nome da mãe de Steve. 
Já que sua própria mãe tinha lhe virado as costas ao descobrir seu estado.
- Vamos sentar... – levando-as a uma mesa, perto da piscina, a decoração estava linda. Tudo muito fino. – O que acham daqui?
- Ótimo, meu amor. – Natasha sorriu e sentou, junto com Wanda e Angel, Steve também sentou.
- Daqui a pouco o Buck está chegando. – Ele sorriu e Wanda suspirou alegre.
- Vou conhecer o gato da mamãe... – Angel disse com um sorrisinho safado – UUI. – Wanda a repreendeu com um beliscão leve, arrancando risos de todos.

***
Do outro lado, Sarah conversava com as amigas.
- E aquela é a nova namorada do seu pai, Sarah? – Mallu apontou a ruiva, disfarçadamente.
 
Não... – bufou. – Deus me livre. – Fez o sinal da cruz. – Meu pai só está comendo, mesmo... – disse irritada. – Nunca que ela vai querer namorar meu pai, depois de hoje. – Sorriu maliciosa.
- O que você vai fazer Sarah? – Mallu disse assustada.
- Nada demais. – Rolou os olhos. – Nunca que eu vou permitir que meu pai namore outra Natasha, já basta a idiota da minha mamãe. – Irônica. 
- Mas ela é tão linda Sarah! – Disse Mallu, com os olhinhos brilhando. – Sabia que ela é estilista?! Imagina só, você sendo enteada de uma estilista!
- Que estilista que nada, Mallu! – Dando um empurrão de leva na coitada. – Ela é uma caça fortunas, só quer o dinheiro do meu pai!
- Ai Sarah... – Mel cruzou os braços, descrente. – Eles são tão bonitinhos juntos, olha lá! – Apontando os dois, que se beijavam.
Realmente eram engraçadinhos juntos, seu pai parecia muito bem com ela, nunca tinha visto os olhos dele brilhando tanto, desde que começou a sair com essa ruiva maluca. Mas ela não se deixaria levar por isso, era seu pai! SEU! E só seu!
- E ele parece feliz... – Mel concluiu.
- Não, claro que não... – entediada. – Ele fica assim com todas! E no fundo nunca se interessa mesmo, eu tenho certeza que ele ama quando eu as mando para o inferno! 
- Mas ele sempre te castiga. – Mallu zombou.
- Sim. – Deu de ombros. – Mas que ele gosta isso gosta! – Tentando se convencer de sua hipótese. – Agora se me dão licença, eu vou falar com eles... – sorriu falsamente. – Até mais! – Foi em direção dos pais.
Aproximou-se da mesa, Angel comia alguns canapés, e conversava com a mãe. 

Steve e Natasha trocavam uns beijos.
Rolou os olhos e os separou brutalmente, os dois se assustaram.
- Desgruda ruiva... – disse pegando uma cadeira e colocando entre os dois, em seguida sentando. – Nem ele e nem o dinheiro, vão sumir... – pegando um canapé e comendo.
Natasha sorriu, não conseguia se irritar com ela, sabia que ela tinha ciúmes do pai e respeitava isso.
- Olá Sarah. – Ela sorriu, tentando ser agradável. – Como está?
- Estava bem até semana passada, quando meu pai deu a infeliz notícia que estava saindo com você! – Sorrindo falsamente. – Mas fazer o que não é querida? A vida é assim mesmo...
- Sarah, olha a língua... – Steve a repreendeu.
- O que eu estou fazendo demais? – Ela arregalou os olhos, se fingindo de ofendida.
- Tudo bem, amor... – ela sorriu de canto. – Não tem problema.
Sarah fez um bico.
- Então você é estilista Natasha? – Apoiou o queixo nas mãos e Natasha sorriu, ela fazia a posição como ela, além dos gestos que eram muito parecidos com os seus, nossa, como ela queria abraça-la e pedir perdão por ter a abandonado. – Ei! Eu to falando com você! – Disse impaciente. – Está vendo papai, depois você diz que a mal-educada é eu.
- Perdão, eu me distraí... – respirou fundo. – Sou sim, sou estilista. – Disse alegre.
- Pois não parece.
- E porque não? – Confusa.
- Porque essas roupas que você usa... – olhando-a de cima abaixo, e observando o vestido preto de corte impecável. – São horríveis! – Fez careta.
- Você acha feio? – Disse sem graça.
- Muito feio. – Sorriu satisfeita. O vestido não era feio, ao contrário, era bem bonito e elegante, mas ela não perderia por nada a oportunidade de zoar Natasha, até por que não tinha nem o que falar mal... A ruiva era perfeita. – Sabe, você deveria dar exemplo de elegância, e fica aí usando essas roupas horríveis. – Tomando um gole de suco.
- Claro que não é feio, tia Nat. – Angel disse. – Ela está com inveja. – Sorriu para Natasha.
- Obrigado querida. – Natasha retribuiu o sorriso.
- Não é verdade meu amor, Sarah só está brincando. – Diz ele beijando a mão dela. – Você está linda.
Ela sorriu e deu um beijinho na mão dele também, Sarah rolou os olhos. 
Seria mais difícil do que ela imaginava.
- Papai, não minta, não iluda a ela... – disse ela com falsa pena.
- Eu não estou mentindo. – Ele disse encarando-a. – E você está sendo grossa! O que conversamos hein? – Ele perguntou insatisfeito.
- Não sei, eu não estou lembrada. – Disse com careta. – Mas diga Natasha, quer dizer que você é mesmo estilista apesar do mau gosto para se vestir? – Natasha assentiu vermelha de embaraço. – E você promove desfiles?
- Sim e falando nisso, meu próximo desfile será na sexta-feira. – Disse ela ignorando a ironia de sua filha. – E adoraria que você fosse com seu pai.
- Não. – Ela negou com a cabeça. – Nós não andamos em malocas... 
- Sarah! – Steve arregalou os olhos e Natasha arrumou os cabelos, perante as má-criações de Sarah. – É claro que nós vamos Nat. – ele disse sorrindo.
São interrompidos por Buck chegando.
- Olá! – O moreno cumprimentou todos. – Desculpem o atraso, mas o transito está um caos.
- Imagine Buck. – Wanda sorriu enquanto ele lhe dava um selinho.
- Ah, então quer dizer que a Bruxa mãe, quer fisgar o tio Buck! – Sarah disse comendo outro canapé. – Espertinha hein dona Bruxa? – Falando de boca cheia.
Steve estava morrendo de vergonha, Sarah só podia estar de brincadeira... Wanda abaixou o rosto completamente sem-graça e Buck se sentou sorrindo, tentando esvair o clima.
Steve e Natasha encararam os amigos vermelhos, e pediram desculpas com o olhar.
- Ah, tudo bem, ela é só uma criança... – sorriu de leve. – Bem Buck, essa aqui é a Angel, minha filha.
- Olá mocinha. – Ele sorriu e estendeu a mão, ela apertou alegremente. – Muito prazer.
- O prazer é meu. – A menina respondeu com educação.
- Viu Sarah? – Ele sussurrou para a menina. – Por que não pode ser como a Angel? 
- Por que ela só está agindo assim, por que lhe convêm! – Ela respondeu dando de ombros.
Steve negou com a cabeça, Sarah era um caso perdido... 
O garçom passou oferecendo bebidas e Steve pegou uma taça de vinho. 
Rolou os olhos ao ver que Sarah comia e falava com Buck com a boca cheia, ela fazia aquilo de propósito para irritar Natasha, sua filha não era mal-educada, ao contrário, quando não tem mulher perto ela é um anjinho, mas basta chegar uma pretendente que ela se transforma.
- Olá Steve – aquela voz de periquito enforcado não podia ser de outra pessoa, rolou os olhos de leve.
- Lilian. – Sorriu falsamente. – Como vai?
Natasha se virou para olhar a sujeita, era uma mulher alta, muito alta, com longos cabelos loiros.
Parecia uma modelo de tão magra.
- Aff, essa girafa outra vez... – ouviu Sarah balbuciar com irritação.
- Muito bem, estou de passagem pela cidade, e resolvi vir desejar um feliz aniversário à Dona Sarah.
A mulher parecia bastante atirada para cima dele e Natasha não estava nem um pouco satisfeita com aquilo, ela tomou um gole de seu Martine e cruzou os braços inquieta.
- E essa linda mocinha? Como vai? – Acariciou os cabelinhos de Sarah, a menina a olhou com cara de poucos amigos, fazendo o sorriso da loira desaparecer. 
Natasha estava torcendo para que ela dissesse umas poucas e boas para aquela magrela enxerida.
- O que faz aqui tobogã de salto alto? – Sarah rolou os olhos.
A mulher a encarou insatisfeita e Natasha teve vontade de rir.
- Bem, eu já estou de saída. – Ela disse fuzilando Sarah com os olhos. – Não queria ir sem cumprimentar você. – Abriu um sorriso muito falso por sinal. – Até mais, tenham um boa noite. – Saiu e logo a viram indo embora, para a parcial alegria de Sarah pois sua completa alegria só apareceria quando Natasha estivesse em um foguete rumo à plutão. 
- Sarah você poderia ser menos grossa com as pessoas não acha? – Arthur murmurou.
- Não. – Ela deu de ombros. – Está vendo Natasha? – Apontou Steve. – Depois não venha reclamar quando levar um galho no meio da testa. – Natasha fechou a cara, pensando na possibilidade, Sarah gargalhou. – Mas foi ótima a cara do cotonete de orelhão! – Disse se referindo à loira.
Natasha segurou o riso, mas Angel não aguentou.
- Cotonete de orelhão... – se espocando de rir.
As duas meninas estavam rindo muito, Natasha e Wanda sorriam ao vê-las gargalhando.
Natasha não sabia de onde Sarah arrumava tanto apelido.
- Bem, eu vou mandar servirem o jantar. – Ele disse se levantando. – Eu não demoro. – Deu um selinho em Natasha e saiu.
Sarah olhou os dois se beijando e rolou os olhos. 
Mas por outro lado não queria sair de perto da ruiva por um motivo desconhecido, ela estava até se estranhando, sempre odiava a companhia das “namoradas” de seu pai, mas com Natasha ela sentia bem, sentia-se de certa forma protegida. 
Mas ela não podia demonstrar isso, pois todas eram iguais. E a queria longe!
Steve voltou acompanhado da mãe.
- Olá. – A mulher cumprimentou todos enquanto sentava. – Vou jantar com vocês, posso? – Brincou sorrindo.
- Claro. –Natasha sorriu abertamente.
Todos se serviram à vontade e comeram em um clima agradável. 
Sarah sempre jogando suas piadinhas para cima de Natasha, que apenas ignorava para o alivio de Steve.
Sarah pegou uma ervilha e colocou na colher, forçando-a para trás, depois soltou e a ervilha saltou, pegando na bochecha de Natasha que a encarou e devolveu a ervilha atingindo a testa da menina, já estava perdendo a paciência.
- Papai, a Natasha jogou uma ervilha em mim. – Reclamou com um bico.
Steve nem ligou e tomou um gole do seu vinho, mandando um beijinho para a filha, como se pedisse para que se aquietasse.
Ela cruzou os braços emburrada e a Sarah mais velha observou as duas, eram muito parecidas. Natasha arrumava os cabelos e notou que a sogra a olhava, sorriu abertamente. A mãe de Steve acariciou os cabelos de Sarah.
- É a cara da mamãe vovó... – disse reinando na neta. 
Natasha engoliu o seco.
- Para vovó. – Com bico, a tal Natasha tinha conseguido irrita-la. – E não fala dessa mulher, por favor. 
Natasha desceu o olhar.
- Mamãe... – Steve pediu e a mãe assentiu com a cabeça, arrependida.
- Eu vou sentar com as meninas. – Sarah anunciou se levantando com seu prato. – Se eu continuar aqui vou ter uma indigestão.
Levantou-se e saiu de nariz empinado.
- Ela é assim mesmo... – A Sarah mais velha explicou sem graça. – Não se chateiem.
- Não se preocupe com isso Sarah. – Lua murmurou.
Terminaram de comer e a mãe de Steve foi dar atenção aos outros convidados. 
Buck e Wanda conversavam animadamente com Angel, Natasha e Steve se beijavam...
- Vamos dançar? – Ele propôs.
- Claro. – Ela respondeu sorridente. – Mas se eu pisar no seu pé não reclama. – Ele riu e se dirigiram até uma pequena pista de dança onde alguns outros casais dançavam, estava tudo muito lindo naquele jantar, o organizador estava de parabéns. 
Ficaram dançando agarradinhos e de longe a filha deles olhava com insatisfação.
- Sarah, você está muito engraçada com essa cara de Cruella De Vil. – Mel disse aos risos.
- Eu to com muita raiva. – Disse bebendo um gole da sua soda. – Ela jogou uma ervilha em mim. – Reclamou.
- E o que tem demais? Aliás você mesma disse que quem começou jogando uma ervilha nela foi você, ou não?
- Sim, mas ela não deveria ter jogado de volta, eu dei para ela e não aceitava devolução. – Disse abrindo um sorriso. – CLARO! – Estalou os dedos.
- O que foi?
- Tive uma ideia. – Respondeu com afobação. 
- Conta o que pensou... – Mallu perguntou com curiosidade.
- Vocês vão ver... – Observando os dois caminhando até mesa. – Olhe só... – disse se levantando e indo em direção deles.

Eu disse que ia pisar... – Natasha ria.
- Nem doeu. – Ele sorriu. – Relaxa.
- Desculpa. – Lhe deu um selinho.
Sarah chegou e parou na frente deles.
- O que foi princesa? – Steve lhe perguntou.
- Nada, só queria dar um presente para Natasha. – Ela abriu um sorriso malicioso.
- O que?
- Opa! – Empurrou Natasha, como eles estavam na beira da piscina a ruiva caiu dentro da mesma, chamando a atenção de todo mundo. – Caiu... – reprimiu o riso.
Steve arregalou os olhos, completamente chocado.
Natasha emergiu morrendo de vergonha, todos olhavam para ela, alguns riam baixinho.
- Você pirou Sarah?! – Steve entrou na água e nadou até Natasha. – Você está bem, meu amor? – Perguntou preocupado.
- Sim não se preocupe. – Ela disse enquanto iam até a borda. – Nossa que vergonha... – disse vermelha de embaraço.
- Me perdoe por isso, eu vou conversar com ela. – Os dois subiram.
- Não brigue com ela... – suspirou. – Ela está esquentada.
- Meu Deus Natasha! – A mãe de Steve se aproximou, preocupada. – Você está bem?
- Sim, não se preocupe dona Sarah.
Venha, eu vou providenciar toalhas para se secarem.
- Vai com ela amor, tenho uma coisinha para tratar. – Natasha foi com a Sarah mais velha e ele foi em direção à Sarah que ria com as amigas. – Venha aqui!
– A puxou pelo braço sem se preocupar em ser carinhoso.
- Ai pai... – reclamou. – Me solta, está machucando meu braço!
- CALADA! – Ele estava realmente irritado e Sarah engoliu o seco E isso não era bom, Ele levou a menina para o quarto. – Espere eu trocar de roupa que vamos ter uma conversinha! – Ele saiu e trancou a porta.
- Fudeu... – disse pegando o celular e discando o número de Mel. – Eu vou ficar de castigo por mais um mês e provavelmente não vou mais descer. Beijos. – Desligou sem nem deixar a amiga falar.
Não demorou a que Steve voltasse, já estava com uma bermuda.
- O que deu em você para derrubar a Natasha na piscina? Você está louca menina?! – Ele berrou.
- Já começou a brigar comigo por causa dela. – Cruzou os braços com bico de choro.
- Sarah, eu já estou cansado disso e não pretendo tolerar mais sua mácriação. – Ele disse tentando parecer passivo. – Você não pode fazer isso com as pessoas, não entende que a Natasha também tem sentimentos? Gostaria que te jogasse em uma piscina na frente de um monte de gente?
- Ela não é santa, essa mulher está querendo jogar você contra mim e está conseguindo! Eu tenho certeza que o maior desejo dela é que eu vá para um orfanato na suíça. – Berrou irritada.
- Você acha que todas elas te odeiam, não pode pensar assim filha... Natasha gosta de você.
- Não gosta! – Se jogou na cama e se cobriu com o edredom. 
Ok eu não vou forçar você a gostar de quem quer que seja.... Sei que não vai adiantar nada, mas você poderia ao menos respeitar!
- Fala logo o meu castigo.
- Vai ficar de castigo por mais um mês SEM celular e SEM internet! 
- O QUE? – Ela disse chorosa. – Não pode fazer isso papai!
- E agradeça por eu não tirar a TV... – ele disse firme. – Ande, me dê o chip! – Ele estendeu a mão.
Ela reclamou enquanto abria o aparelho e tirava o chip. Entregou para ele de muita má vontade.
- Por favor, papai... – implorou penosa.
- Calada! – Enquanto ia até o computador da filha e pegando o minúsculo modem. – E se eu souber que está usando a internet no meu escritório ou no notebook da sua avó se prepare! – Disse ele ameaçador. – Vá tomar banho e depois vá dormir! – Deu um beijo na cabeça dela e saiu.
- DROGA! – Ela disse com raiva. – O que eu vou fazer agora, sem celular e sem internet? Minha vida é uma merda mesmo! Tudo culpa da Natasha! Ódio! 
Steve foi até o quarto da mãe, onde Natasha se secava.
- Pode usar esse vestido, acho que serve em você. – a Sarah mais velha ofereceu.
- Sim, eu acho que serve mesmo. – Ela espirrou.
- Saúde! – A ruiva disse sorrindo de leve. – Vou providenciar um chazinho para você.
- Obrigado. – Ela sorriu e Sarah saiu. – Nossa eu estraguei o aniversário da sua mãe... – ela suspirou. – Que vergonha.
Imagina amor... – disse enquanto ela vestia o vestido.
- O que é isso? – Apontou o aparelho na mão dele.
- O modem do computador da Sarah. – Disse observando o aparelho roxo com branco. – Está de castigo, pra variar. – Suspirou frustrado.
- Eu sinto muito. – Disse terminando de colocar o vestido. – Não acha que foi um pouco duro tirando a internet? – Mordendo o lábio.
- Não, Sarah já está passando dos limites com suas rebeldias. – Coçou a nuca. – Vamos para o meu quarto? – Ela assentiu. – Eu acho que você vai gripar meu amor... – negando com a cabeça enquanto iam em direção ao quarto dele. – Me desculpe por isso!
Ela sentou na cama dele tentando secar os cabelos com a toalha.
- Não tem problema e você sabe amor... – abriu um sorriso. – Ela é minha também. 
Ele sentou na frente dela e pegou as mãos da ruiva.
- Você é perfeita... – ele murmurou beijando as mãos dela. – Eu sei que não é o local nem o momento oportuno..., mas mesmo assim eu vou pedir.
- Pode pedir. – Abrindo um sorriso envergonhado.
- Você aceita namorara comigo? – Disse ele com os nervos à flor da pele.
Ela sorriu abertamente, com os olhinhos brilhando.
- É claro que eu aceito! – Feliz da vida. – Te amo!
Trocaram um beijo simples e delicado.
- Opa! – A mãe de Steve disse constrangida. – Desculpem atrapalhar, mas trouxe seu chá Nat. – mostrando a xícara.
Nossa! Muito obrigada dona Sarah, nem sei como agradecer. – Ela sorriu timidamente enquanto pegava a xícara.
- Imagina menina. – Disse a observando, era incrível como parecia com Sarah. – Mas toma rápido antes que esfrie. – Sorriu. – Vou deixar vocês sozinhos, ah querido, Buck disse que levaria Wanda e a filha para a casa, para não se preocupar.
Boa noite!
- Obrigado mamãe, boa noite. – Ele disse e a mãe saiu.
- Eu vou dormir aqui?
- Se você quiser.
- Ok. – Sorriu tomando seu chá por fim.
Steve aproveitou para tomar banho enquanto ela terminava o chá.
Ela terminou e eles ficaram trocando beijos na cama, depois adormeceram abraçados

Nossa Filha MimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora