Fuga

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Acordo com o barulho da chuva batendo no telhado. Droga está chovendo.
Levanto meio sonolenta e então visto a blusa rosa.
Caminho até a cozinha esfregando os olhos. Então vejo o meu sequestrador fritando ovos.

- bom dia! Acordou bem na hora. O café já está quase pronto.

- bom dia.

Ele me serve ovos com bacon e suco de laranja, rapidamente como e suspiro aliviada.

- eu vou até o mercado. Você quer que eu traga algo para você?

- Não.

- por que? Tem certeza?

- Desculpe, pode me trazer um chocolate?

- Claro. Bem vou ir agora, daqui a pouco eu volto- ele sorrindo

Espero ouvir a porta bater, então levanto. Agora é a hora, a única chance que eu tenho de fugir das garras dele.
Vou até a porta principal e então vejo se ela está trancada. Está aberta.
Não penso na chuva, não penso em nada. Apenas corro em meio a mata.
Começo a correr como se a minha vida dependesse disso, e realmente depende.
Meu rosto bate em galhos, e meus braços se arranham entre a mata, até que eu chego num bosque.
Meus pulmões ardem, olho para trás para ver se ninguém me seguiu, e então sento embaixo de uma árvore. Estou molhada, com frio e cansada, mas qualquer coisa é melhor do que ficar presa lá.
Começo a chorar, eu estou perdida, como eu posso ser tão burra? Aquela casa está isolada, no meio do nada, não deve ter vida á quilômetros daqui, preciso de ajuda.
A chuva dá uma trégua, ficando apenas garoando. Então começo a pensar na segunda parte do plano que é dar um jeito de sair dessa mata.
Não demora para que o cansaço demostre presente, me esforço para ficar acordada, mas acabo sendo pega pelo sono.
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Acordo no meio da escuridão. Está chovendo de novo então abraço minhas pernas para manter meu corpo quente. Estou tremendo, e com fome. Eu vou morrer aqui.
Ouço um barulho na mata, e levo um susto. Fico mais atenta, e começo a tentar enxergar algo. O barulho se aproxima, e eu levanto. Quando vejo uma silhueta de alguma coisa eu começo a correr, meus pés descalços estão cheios de lama, minha blusa encharcada mas continuo a correr. Sinto meus pés dormentes de tanto correr, mas não paro, ainda mais quando ouço passos correrem atrás de mim. Essa coisa é rápida.
Meus pulmões clamam por ar, mas ainda corro.
Entro por meio de arbustos, e os espinhos começam a arranhar meu rosto e meus braços e pernas. Então eu piso em um espinho e caio. Sinto uma mão no meu ombro e solto um grito.

- Te peguei- diz. Está escuro, mas reconheço essa voz... É ele.

Droga! Meu plano falhou... Eu agora com certeza vou morrer.

Não respondi, ele apenas agarra meu braço com uma certa brutalidade e me levanta. Ele também está molhado. Tento soltar sua mão de mim, mas ele é forte de mais, e então me joga nas suas costas e começa a correr.
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Avisto a casa onde estava e começo a bater em suas costas. Ele me põe no chão assim que entramos pela porta.

- Você é maluco! Me solta,me deixe ir embora!

- Você não entendeu sua pirralha! Eu não vou deixar você livre, nunca mais, a partir de agora, você ficará acorrentada, presa de verdade aqui comigo!.

Eu não respondo. Ele então pega meu braço com força e me arrasta até o banheiro.

- Ei, o que está fazendo? Me larga!- grito

- Vou ensinar você a nunca mais fugir de mim.

Ele me põe contra a parede do box e então pega uma kunai de seu bolso.

- O que v-vai fazer?

- Vou por minha marca em você- ele diz rindo.

Ele põe sua kunai no meu pescoço e me olha. Fico imóvel, e sinto minhas bochechas serem molhadas por lágrimas.

- Olha, eu deveria matar você... Por fugir de mim... Mas só por que eu ainda quero você, vou deixá-la viva... Mas não sairá ileza.

Ele leva a kunai até o meu peito e então levanta minha blusa, pressionando a lâmina contra minha pele, sinto uma dor e vejo sangue escorrer... Ele fez um pequeno corte no meu peito.
Solto um grito e ele lambe meu sangue.
Esperneio um pouco e ele leva sua mão até minha nuca, agarrando meu cabelo e deixando minha cabeça inclinada, deixando meu pescoço á mostra.
Ele sorri, e então beija meu pescoço, dando uma leve mordida e então começa a dar leves chupões por toda aquela parte.

- N-não...para- solto um gemido leve

- implore...

- Por favor...eu prometo que vou colaborar agora, não vou fugir eu juro-.digo chorando.

- Então me diga o que eu quero ouvir...

- Por favor... Eu sou sua agora. Eu sou sua senpai!

Noto uma leve expressão de surpresa em seu rosto. Ele realmente não imaginava que eu o chamaria de senpai... Nem eu pensei nisso.

- Boa garota... Bem, vá tomar banho...

Ele solta meu cabelo, e eu recuo para trás. Ele puxa um banco de plástico que estava ali no banheiro e se senta, me observando.

- O que quer agora?- perguntei

- Bem, você jogou fora toda a confiança que eu tinha de você quando fugiu. Por isso não vou mais deixar você sozinha

Calma... é isso mesmo? Ele vai ficar me observando pelada aqui?

- Desculpe, mas você vai ficar olhando eu tomar banho?

-Sim.

-Eu já disse que não vou fugir.

- Do mesmo jeito... Como posso acreditar em você? Anda logo, que eu também quero tomar banho. A não ser que você queira que eu entre junto com você- sorriu de maneira maliciosa

Fiquei seria. Então eu comecei a tirar a roupa molhada, até que fiquei somente de sutiã e calcinha.
Liguei o chuveiro e comecei a me esforçar para tomar banho vestida com peças íntimas.
Fechei o box e então ouço ele me chamar.

- Tire tudo...

- hã? Não vou fazer isso...

- O box está cheio de vapor... E eu quero por para lavar. E eu não estou pedindo.

- S e não está pedindo por que deu uma explicação breve?- disse debochadamente.

- Ou você faz o que eu mandei ou eu vou aí tirar- diz sorrindo.

Aí que filho de uma puta.
Obedeço seu comando e entrego para ele, o box está embaçado, está embaçado, ele não está me vendo.

Meu sensei é um psicopataOnde histórias criam vida. Descubra agora