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Minho parecia querer formular as palavras, a mulher de meia idade não dizia nada e Jisung já iria explodir com aquele silêncio constrangedor, até que aparentemente a mais velha dali decidiu se pronunciar.

— Acho melhor eu ir. — sorriu, tão naturalmente e saiu dali, sem mais e nem menos.

Lee olhou para o Han, cara de cu doce, de que sabia que a merda estaria para vir e estaria mesmo. Jisung lambeu os lábios ressecados, se recuperando daquele... Susto(?). Tudo que havia acabado de acontecer foi uma tremenda loucura e nem sabia se deveria perguntar para Lee se ele tinha mesmo haver com aquilo tudo.

— Sung...

— Vou para casa. — lhe cortou, piscando os olhos e saindo de seu transe, passando pelo outrem, que tratou de ir atrás de si.

— Jisung! Me escuta! — gritou Lee, tentando parar de se chocar contra aquelas pessoas.

Quanto mais andava, menos achava Bangchan, catando seu celular em seu bolso e deixando uma mensagem para o mesmo, avisando que iria para casa e que qualquer coisa era só ligar. Mas sabia que o melhor amigo não ia precisar de nada, sua noite estava muito boa para ter sumido daquele jeito.

Quando conseguiu sair daquele sufoco e respirar, foi virado por alguém afoito, com uma feição desesperada e um tanto quanto preocupada.

— Me escuta, porra!

— Fala logo o que você quer! — gritou. — Por que se tudo o que eu disser que aquela mulher me falou sobre você ser real eu–

— Você não sabe de nada, Jisung! — dessa vez foi Lee quem gritou, o triplo mais alto, fazendo o Han se calar.

A rua estava um pouco deserta, mas a movimentação era mesmo dentro da balada, onde a música não parava um minuto. Agarrou a mão do Han e se sentou no meio fio da rua, junto do garoto, que estava calado, apenas esperando o maior desembuchar e falar seu lado da história.

— Era minha madrasta. — pausou. — Ela é o motivo de eu não gostar de aniversários.

— O que significa ela ter me dito que você me dá dinheiro pra... Transar com você.

— Ela te falou isso?! — parecia incrédulo e com certo nojo em seu tom. Jisung apenas concordou. — Apenas não acredite nela, Sung. Eu não... Não posso te contar a verdade ainda.

— Tudo bem, tanto faz.

Jisung se levantou, andando na direção oposta, Lee Know também se levantou, tentando alcançar o menor, por que aquele garoto sabia correr tanto?! Cruzes.

— Me deixe pelo menos te levar em casa! — ofertou, com um pingo de esperança. — Por favor.

Com um pouco de incerteza, concordou, não ia pela emoção, estava tarde pra caralho, qualquer pessoa podia lhe parar e fazer algo consigo, mesmo que Lee estivesse lhe deixando com um pé atrás do outro sobre o acontecido de minutos atrás, iria aceitar, não era besta e não estava nas histórias de romance que lia.

O som agora no carro parecia ruim, algo entristecido, algumas gotas de chuva batendo na janela fechada e o ar gelado congelando seus dedos, Jisung só queria sair logo dali, não tinha coragem de olhar na cara de Minho e as suas palavras rodeavam sua mente. Madrasta? Onde ela se encaixava nesta história pelo amor?!

Só despertou de suas ondas de paranoias quando o carro parou e Minho disse algo aleatório que não soube decifrar.

— Boa noite, Jisung.

— Boa noite, Minho. — disse quase em um sussurro, saindo do carro.

Observando o mesmo ir para seu apartamento, passou os dedos pelos fios loiros e soltou palavrões indecifráveis, batendo com uma certa força no volante.

Estava mais do que fodido.

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