hannies.web, minsung

1.5

Os meses iam se passando e a relação com Jisung ia se fortalecendo, saiam para festas juntos, iam naqueles karaokes e faziam comidas juntos na casa do Lee. Era uma relação amigável e que se entendiam muito bem.

Minho estava feliz por ter conseguido uma nova amizade além de Felix ou Changbin, era um novo passo para sair da "Linha de auto depressiva e exclusão" que tinha sido na sua vida, nome este dado por Changbin para reforçar a mente de vocês.

Lee Know estava saindo mais de casa e do seu reconforto. É aí que vocês me perguntam: E o Hannie?

Bom... Estava transmitindo muito. Seu público alvo estava aumentando cada vez mais, mas uma coisa que não deixava de fazer também, era fazer um chamada com seu mestre favorito e baterem uma juntos, a vontade saciável de quererem se encontrar e se tocar era enorme, mas ainda tinham receio nisso, não sabiam se era a hora certa para fazerem isso.

Em um feriado qualquer como era hoje, Lee Know malhava em sua casa, com uma música que só velhos escutam tocando na sala de vidro e iluminada pela luz do sol que invadia o cômodo. Levantava o objeto pesado, o suor descendo por qualquer lugar do corpo, a mandíbula travada e o som de quem puxava o ar para dentro e depois soltava em alívio.

Mas despertou–se ao ver o celular piscar e o nome de Hannie aparecer na tela. Estranhou, achava que só se ligavam quando era para aqueles assuntos de sexo ou algo do tipo, mas não era como se isso lhe incomodasse, gostava do que tinham e não queria acabar, apenas se Hannie colocasse um ponto final na história que tinham juntos.

Levou o celular ao ouvido e escutou um choramingar através da chamada, juntando as sobrancelhas em confusão, "ele está chorando?", foi o que se questionou mentalmente.

— Hannie? Você está bem?

Silêncio.

— Princesa?

— Hum. — a voz um pouco grossa contaminada pelo choro soou, fazendo Minho suspirar e se sentar.

— Quer me dizer o que aconteceu, meu amor? — inquieto, com medo de estar sendo invasivo.

— Meu ex... Não para de me pertubar, Lino. — soluçou. — Ele me descartou e agora só me manda mensagens de sexo.

Minho ouvia tudo atentamente, calado, não queria atrapalhar suas falas, estas já difícies de se entender por causa de seu choro, o nariz um pouco entupido, e a voz trémula, ver ele assim era de apertar seu coração, não era o menino sorridente e quem vivia rindo quando tinham tempo de conversar antes de serem tomados pelo tesão em suas chamadas de vídeos.

— Me sinto nojento, Lino.

— Não! — se espantou com tal comentário. — Hannie, ele foi babaca em te descartar, você não merece chorar por alguém como um cara desses, confie em todas as palavras que eu te disse antes, você é um anjo e não merece nada disso, você sabe muito bem, Hannie.

Um silêncio se instalou, havia falado algo de errado? Sua perna começou a mexer sem parar, nem a respiração de outrem escutava, quando ia abrir a boca para tagarelar, foi cortado.

— Eu te amo, Lino.