Louca Decisão - Livro 5 Série: Paixão e Amor

Capítulo 7

Izabely

Me recordar de uma coisa que eu tinha esquecido por causa do álcool, só me deixou mais confusa e cheia de dúvidas, porque não havia motivos para eu ter agarrado Jonathan, poderia ter espantado aquele homem irritante só com meia dúzia de palavras, mas aparentemente quando estava bêbada eu fazia coisas muito loucas, como beijar a última pessoa que eu me imaginaria beijando.

Passei mais horas do deveria revendo minhas memórias e tentando me lembrar do máximo possível de detalhes, o que também me fez lembrar que após agarrá-lo pela segunda vez na noite, só que no seu carro, Jonathan me levou para a casa dele e só me lembrava que tinha dormido lá, mas não tinha ideia se fiz mais coisas que não deveria.

Ele não ter tocado no assunto, nem para fazer piada e comentários engraçados, me fazia entender que queria fingir que nada aconteceu e contava com o fato de que eu estivesse bêbada demais para lembrar o que tinha acontecido, o que era a mesma coisa que eu estava fazendo agora, após ele ter me beijado de surpresa em uma festa.

Não tinha certeza do que pensava em relação a tudo aquilo, primeiro fiquei inconformada ao lembrar que tinha beijado aquele metido de cavelo bonito, depois fiquei me perguntando porque tínhamos nos beijado mais de uma vez e o que é que isso significava, porque eu nem sabia se éramos amigos disfarçados de inimigos, ou inimigos disfarçados de amigos.

Eu odiava ter dúvidas e ficar confusa, sem conseguir resolver o problema que me perturbava, ainda que fossem pequenos problemas, porém não sabia se deveria conversar com Jonathan sobre aquilo tudo ou continuar fingindo que nada aconteceu. Se não falasse nada as coisas continuariam como estavam, mas eu iria permanecer em dúvida sobre o motivo do que aconteceu.

Homens nunca tinham sido um problema na minha vida, mas parecia que o único homem que eu tinha certeza que não seria mesmo um problema nesse sentido, estava sendo o responsável pelo meu estresse e preocupação.

O fim da minha noite tinha sido mais estressante do que imaginei e no final acabei dormindo bufando de insatisfação por não saber o que fazer.

De manhã meu humor estava péssimo e só melhorou durante a tarde, quando comecei a fazer minhas pesquisas sobre o novo caso que recebi e mantive minha mente ocupada.

Me focar no trabalho era uma válvula de escape ótima, porque isso me deixava envolvida de uma maneira tão profunda, que por horas não conseguia pensar em outra coisa, considerava quase uma qualidade conseguir me concentrar tanto em uma coisa sem que minha mente ficasse dispersa ou tirasse minha concentração. Porém eu não era uma viciada em trabalho como alguns poderiam pensar, sabia moderar minha rotina, pelo menos na maioria das vezes, e não parava minha vida para viver em função do trabalho, não que no começo eu não fizesse exatamente isso, trabalhar com poucos intervalos, deixando as diversões de lado para me concentrar somente na minha carreira e conseguir chegar onde queria.

Meu primeiro ano trabalhando nessa área foi assim, contudo acabei percebendo, com a ajuda da minha irmã, que minha vida não poderia se basear apenas no trabalho, eu precisava viver além dele também. Foi engraçado ouvir conselhos assim da minha irmã mais nova, porém foi necessário e agora era eu quem dava esse co senhor a ela, mas em um contexto um pouco diferente.

Após nossa conversa, nos dias seguintes, consegui notar que Ireny estava realmente seguindo meu conselho e começando a não passar todo seu tempo livre só com o namorado, agora ela voltou a fazer noites de filme comigo em casa, um programa que fazíamos desde crianças e era obrigatório pelo menos uma vez ao mês, mas que nos últimos meses não estávamos fazendo.

Com o meu novo caso, Mandi estava fazendo algumas pesquisas para mim por meio da internet, investigando e procurando qualquer tipo de coisa estranha envolvendo o ex-governador e também sua filha, enquanto isso eu estava analisando os relatórios que tinha e falando com meus contatos, mas esse caso era um no qual poucas pessoas queriam se envolver, mesmo que anonimamente, ou apenas ajudando a encontrar quem poderia cooperar com as investigações.