Capítulo 30

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Izabely

Aos poucos fui recobrando a consciência e minha cabeça estava doendo como nunca, mais do que quando acordei no hospital depois do acidente de carro, era uma dor horrível do lado esquerdo da minha cabeça e também percebi que meus pulsos estavam doendo e, quando tentei movê-los, não consegui pois pareciam presos, assim como meus tornozelos estavam presos com cordas amarradas nos pés da cadeira.

Ao abrir os olhos, com dificuldade tentei me localizar para saber onde estava, ignorando a dor latejante na minha cabeça. Parecia algum tipo de galpão galpão muito escuro e quase caindo aos pedaços, haviam caixas espalhadas pelos cantos e eu estava sentada em uma cadeira com os pulsos amarrados para trás. As janelas eram pequenas e ficavam em na parte mais alta e, de onde eu estava, apenas conseguia ver duas saídas, uma porta pequena ao lado de um grande portão.

Enxergar com aquela escuridão, apenas com uma iluminação fraca da lua, era muito difícil, por isso não sabia se tinha mais alguém ali comigo ou se estava sozinha, o que me deixava ainda mais desesperada e com medo, no entanto estava tentando ao máximo, com todo meu autocontrole, não surtar, o que estava sendo difícil, pois eu já estava quase iperventilando apavorada com aquilo tudo.

Em todos os anos que trabalhei já tive que enfrentar situações ruins, como ameaças e até precisar andar acompanhada de seguranças durante tempo, mas nunca tinha sido sofrido um atentado, muito menos sido sequestrada. Apesar de me manter inabalável em muitas situações, era impossível manter a calma em um momento como esse.

O tempo foi passando e mesmo tentando me soltar de todas as formas nada deu certo, a única coisa que consegui foi machucar ainda mais meus pulsos e piorar a dor na minha cabeça. Ninguém tinha aparecido ainda e eu não sabia se já era madrugada, mas a possibilidade de ser deixada aqui sozinha por mais tempo, sem saber o que seria de mim, me deixava mais apavorada do que ter alguém me ameaçando, por isso comecei a gritar.

— Ei! Tem alguém aí?

Continue gritando tentando fazer alguém me ouvir, se eu ainda estava viva, isso significava que alguma coisa essas pessoas queriam de mim, mas sabendo que a única pessoa perigosa com quem tive contato nos últimos tempos era Grose, tinha certeza de que era o seu pessoal os responsáveis por isso. Se eles sabiam sobre Roger e o tinham matado, então imaginaram que aquele atentado não foi o suficiente para me manter longe e sabiam que eu ainda estava investigando seus crimes, por isso agora estavam fazendo uma abordagem mais radical.

Ninguém apareceu e achei que isso continuaria até o dia seguinte, no entanto alguns minutos depois que me cansei de ficar gritando e não queria também minha garganta doendo assim como outras partes do meu corpo, ouvi a porta sendo aberta e de repente algumas luzes foram acesas machucando meus olhos. Quando me acostumei com a iluminação, tentei reconhecer o homem que havia entrado, mas nunca tinha visto ele antes.

— Parece que a convidada acordou — falou se aproximando de mim.

— Quem é você? Por que está me mantendo aqui?

— Você procurou demais sobre quem não deveria promotora, isso deixou pessoas irritadas.

— Sinto te informar, mas é da minha personalidade irritar pessoas, se essas em especial se irritaram além do normal não é problema meu.

— Bem que disseram que você era bem nervosa — disse me olhando com um sorriso de lado. — Mas vamos mudar isso daqui a pouco. Alguém que vai com a sua cara não te quer morta, mas você vai ter que entender de uma vez que deve ficar longe dos nossos negócios.

— Se não vai me matar, vai fazer o que? — perguntei tentando não demonstrar medo, mas meu coração estava acelerado e eu estava quase suando frio.

Louca Decisão - Livro 5 Série: Paixão e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora