Louca Decisão - Livro 5 Série: Paixão e Amor

Capítulo 33

Izabely

Com as provas que o FBI conseguiu durante o meu resgate, provas que antes tinham sido adquiridas por Roger, o esquema de tráfico de mulheres em que Grose estava envolvido foi finalmente descoberto e agora estava sendo desmantelado em vários países, colocando dezenas de políticos, empresários e outras pessoas influentes nas investigações do FBI.

Grose também não escapou das acusações de pedofilia e estupro contra sua filha e recebeu uma pena merecida, que junto a que cumpriria pelo envolvimento com tráfico de mulheres, lhe garantia o resto da vida na prisão. Isso foi uma das coisas que mais me ajudou a dormir melhor a noite, saber que aquele criminoso ficaria na prisão a vida toda pelas atrocidades que fez e fazia.

As provas que o FBI conseguiu também inocentaram Evan das acusações de ter sido o mandante do meu atentado e o verdadeiro culpado foi finalmente preso. Quando me contaram quem tinha sido o mandante e responsável pela prisão de Evan, eu não sabia se ficava surpresa ou admitia para mim mesma que no fundo já esperava por isso. James Nolan, meu ex namorado cafajestes e advogado do diabo, estava trabalhando com Grose não apenas como seu advogado, como também estava envolvido nos esquemas corruptos dele e tinha conhecimento de todos os seus atos criminosos, tanto que tentou acobertar e calar seus opositores, como fez comigo e com Evan, sendo o infiltrado que estava espionando e tentando pagar propina para os gabinetes da promotora e de alguns juízes.

Eu já sabia que James não prestava, mas descobrir que ele amou para me darem um aviso para me manter longe dos negócios sujos que lhe proporcionavam dinheiro, era uma coisa que não tinha imaginado, mesmo tendo ciência da sua falta de caráter. Aparentemente ele também era a pessoa que convenceu Grose a não mandar me matar quando fui sequestrada "em consideração ao nosso passado", mas isso não o impediu de atentar contra minha vida e ameaçar minha irmã e meus amigos, além de incriminar Evan, alguém que nunca gostou dele, pelos seus crimes para despistar os policias.

Pelo menos as coisas estavam sendo resolvidas uma de cada vez, livrando todos nós de problemas que estavam nos incomodando há bastante tempo.

Apesar dessas notícias boas, eu não gostei de ter que ficar quase duas semanas no hospital, porém foi preciso para os médicos terem certeza de que eu me adaptaria ao novo fígado que recebi e reagiria bem. Quando finalmente pude ir para casa, ou melhor a casa de Jonathan que já era praticamente minha também desde que me mudei para lá, meus amigos fizeram questão de fazer uma bela recepção ao estilo GirlPower e Trupe de Modelos.

Eu não sabia onde, mas Lucca e Mikael tinham comprado uma pinhata em formato de coração para pendurar no quintal e Megan trouxe confetes e serpentinas para jogar em mim quando cheguei. Foi uma ótima recepção que me deixou extremamente feliz e aliviada por estar fora do hospital apesar das várias recomendações que precisaria seguir e os exames que ainda teria que fazer.

Almoçamos juntos e estávamos todos conversando no quintal de casa, comigo sentada em um pequeno sofá com muitas almofadas ao meu redor, pois Jonathan fez questão de me carregar pela casa e depois me deixar bem confortável ao me soltar.

— Você está sentindo alguma dor? — perguntou minha irmã pela décima vez, me trazendo outro copo de água.

— Ireny, eu já disse que estou bem — falei tentando fazê-la parar de se preocupar. — Sinto apenas um desconto as vezes, mas não é nada muito grave.

— Se ela se sentir mal vai nos dizer imediatamente. Não é, Comandante? — Suzane me olhou séria.

— Claro que vou.

Não negaria nada que Suzane pedisse enquanto ela estivesse grávida. Seu humor as vezes estava bem complicado de lidar, principalmente agora que estava entrando no sétimo mês de gravidez, onde ela parecia mais exigente e irritadiça do que eu.