Escrito por: Bebeh1320alsey
Notas Iniciais: Oi gente, voltei com o segundo capítulo e pergunto: vocês concordam com o provérbio grego "um grande mal é um pequeno bem"? Tenham uma boa leitura!
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"Um mal pequeno é um grande bem."
Provérbio grego
Eros sabe que seu irmão está escondendo mais alguma coisa dele. Ele percebe que aquele que antes o acompanhava o tempo todo, agora passa os dias sozinho se isolando em alguma área do Olimpo onde sabe que não tem nenhum outro ser.
E mesmo que pergunte o que está acontecendo, Anteros continua impassível e distante dele; ainda que Eros ame o irmão profundamente, o ódio que assola seu peito o sufoca por não conseguir as respostas que tanta procura e que o único que pode dá-las a ele recusa-se veementemente a fazê-lo.
Para ele, não existe traição maior do que o ódio. Eros é amor, tão nutrido e formado por este sentimento que, ao sentir ódio, sente-se sendo destruído por dentro, de modo avassalador.
Eros não é capaz de odiar outro ser, mas é capaz de odiar suas atitudes, e ele odeia que Anteros tenha pegado algo seu tão íntimo e escondido sem nenhum motivo aparente.
Por que seu tão estimado irmão fez algo assim, quando toda a sua existência sempre foi, é e será pautada no amor?
Por que não é capaz de entendê-lo, quando o amor entende tudo e por tudo ele é formado?
Por que esconder suas flechas no mundo dos homens?
Apenas... por quê?
Eros nunca foi alguém de pensar muito em tudo o que acontecia ao seu redor, ele vivia no presente, mas tudo muda após suas flechas serem roubadas debaixo do seu nariz por alguém a quem sempre confiou o amor fraternal mais puro e principalmente a vida.
Como seguir em frente, sabendo que o Apocalipse pode estar mais próximo de suas cabeças do que nunca?
O amor sobreviveria ao Caos?
O que sobrevive ao nada absoluto?
Eros não sabe, e ele passa todos os séculos seguintes ao roubo de suas flechas tentando encontrar respostas para perguntas irresolúveis e inescrutáveis. Contudo, Eros é um deus que vive pela emoção, refletir sobre questões internas e até mesmo maiores que si e suas angústias não é algo que o deixa confortável.
Pensar dói para qualquer ser que o faz, pois é assim que qualquer criatura racional se conecta com tudo aquilo que tem medo de encarar e compreender. Então, quando Eros sente que sua mente está sucumbindo ao abismo provocado pela incerteza de não saber sobre o que vai acontecer quando suas flechas atingirem tão alto no céu dos seres mortais que serão capazes de cruzar o Olimpo e as estrelas, ele se joga na vida mundana de delírios fugazes e pecados divertidos.
Eros gosta da sensação de ser capaz de se apaixonar por qualquer um que olhe e toque, nem que seja por míseros segundos, e não há melhor lugar para ser mundano em sua mais verdadeira pungente essência do que o mundo dos homens.
Amor não é apenas sobre um sentimento que atinge o cérebro e o coração, ele está nos olhares que faíscam ao se encontrarem, no desejo físico que abate cada insignificante e minúsculo membro de um corpo e no arrepio que sobe dos pés à cabeça quando um toque é compartilhado.
Nada é tão bom para Eros quanto observar e sentir o amor acontecendo ao seu redor, por isso, em toda e qualquer oportunidade que tem, ele vai até os humanos e se mistura entre eles para testemunhar como os meros mortais são atingidos por tudo do que ele é feito.
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Pelas Flechas do Apocalipse | Yoonmin
Fiksi PenggemarAnteros, o deus do amor (não) correspondido, rouba três flechas da bolsa de Eros e as esconde no mundo dos homens. Contudo, ao fazer isso uma profecia surge: quem encontrar as três flechas e atirá-las em direção ao céu ao mesmo tempo gerará o apocal...