Capítulo |6| ''Saudade''

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Estava chutando o estômago de Jet enquanto os outros me viam com caras assustadas.

—Seu maníaco genocída! Tem noção de quantas vidas inocentes você tiraria se esse seu plano de merda desse certo?— Cuspo as palavras em seu corpo encolhido tentando se defender dos meus chutes.

—Por que não entendem? Era necessário para libertarmos esse bosque da Nação do Fogo. Vocês não entendem que foi para um bem maior. Achei que sabiam como funcionava uma guerra!

Me agachando em um dos joelhos seguro seu cabelo de sua nuca e puxo o suficiente para que ele fixe seus olhos nos meus. Sua cara estava cheia de cortes e com alguns hematomas feitos pelos meus chutes.

—Tirar a vida de pessoas inocentes nunca esteve no plano. Não é por que a Nação do Fogo já fez isso que retríbuiremos na mesma moeda. Tirar a vida de civis que nenhum mal fizeram para você só por pertencerem á Nação do Fogo nunca foi um ato de bondade sua Jet, foi uma ato de covardia apenas para alimentar seu ódio e sua mente psicopata de merda.— Largo seu rosto do chão e dou um último chute em seu estômago o fazendo cuspir um pouco de sangue.

—Chega Catléya, ele já teve o que merece.— Katara tenta me puxar pelo braço mas o puxo de novo.

—Devia ter vergonha do que se tornou Jet.— Meu olhar era duro e gélido. —Por que se tornou o que mais odiava. Agora pensa como eles. Virou um deles.

Aquelas palavras atingiram ele como água gelada em contato com fogo.

Consegui atingir onde queria.

—Vamos Catléya.— Katara segura meus ombro e me ajuda a subir em Appa.

—Katara... — Jet diz com a voz fragmentada. —Por favor... Me ajude.

—Jet adeus.— Ela diz congelando uma camada de gelo encima dele o fazendo ficar preso no chão.

Quando o sol estava se pondo resolvemos parar para dormir, quando chegamos ao chão dividimos as tarefas, Sokka montaria a tenda e Katara pegaria lenha, enquanto eu e Aang ficamos encarregados de procurar comida.

Essa parte do Reino da Terra era seca, o que dificultou acharmos algumas frutas para comer, mas nada que fosse impossível. Achamos alguns cajus, algumas laranjas e surpreendentemente uma melancia antes de voltar.

—Não sabia daquele seu lado.

—Hm?— Olho para ele.—Que lado?

—Aquele agressivo e frio que você usou com o Jet mais cedo. Nunca imaginei que você poderia espancar alguém daquele jeito, achei que já tinha te visto brava mas aquilo me deixou surpreso.

—E isso é ruim?

—Não não, de jeito nenhum.— Ele diz com rapidez. —Foi só... Um pouco surpreendente entende?

Sorrio para ele e continuamos a caminhada por alguns segundos em silêncio.

—Sente saudade da sua casa?—  O garoto ao meu lado pergunta olhando para mim enquanto caminhava.

—De qual delas?— Pergunto com um pouco de graça na voz. —Tenho duas se parar para pensar.

O garoto sorri antes de continuar.

—Sua primeira casa, com sua famíla de sangue.

Penso um pouco antes de responder.

—Sinto saudade todos os dias. Como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado do meu corpo.

—Eu sei como é, sinto saudade do meu povo também.

—Não deve ser fácil ser o último restante do povo do ar não é?

𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤𝐧𝐞𝐬𝐬 ( Zuko - Female reader )Onde histórias criam vida. Descubra agora