Capítulo |13| ''Brisa do inferno''

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Katara

As estrelas já tinham seu lugar no céu e ainda não tinhamos sinal nenhum dela. O desespero já me consumia.

—Achou algum sinal dela? — Pergunto quando vejo Sokka saindo por entre os arbustos. Tinhamos combinado de todos procurarmos por ela e nos encontrarmos no acampamento depois do sol se pôr.

—Achei... Mas não é boa coisa... — Ele responde me guiando pelos arburtos até uma beira mais afastado do rio. Aang já estava lá quando chegamos.

—Ai não. — Tapo minha boca com a mão  quando noto uma mancha de sangue no gramado. — Isso é..?

—Não sabemos, mas de qualquer forma não seria necessário para matá-la. — Sokka diz passando os dedos por pegadas. —Notei marcas de queimado pelas árvores e também achei isto preso nos galhos de uma árvore. — Ele me mostra um pequeno tecido vermelho.

Nação do Fogo.

—Eu achei isto enquanto caminhava mais á frente. — Aang me mostra a ocarina que Catléya sempre tinha em mãos. — Se Sokka estiver certo eles estão de barco, e não devem estar tão longe.

—Mas ainda assim se trata de um exército, não sabemos quantos são nem as armas que tem. —Meu irmão diz olhando para o chão. — Merda, por que essas coisas só acontecem com a gente?

—E então o que faremos? — Falo por fim enquanto os dois garotos olham para mim. — Nós temos que salvá-la não?

—É evidente Katara, mas correríamos um risco terrível por isso. — Meu irmão se levanta e segura seu bumerangue.

—E quando isso não aconteceu? — Olho para ele que sorri com meu comentário sarcástico.

—Então vamos. — Aang diz abrindo seu planador e nos levando céu acima seguindo o rio.


Catléya

Meu corpo se arrastava sobre o chão do navio em toda correnteza mais forte que ele se chocava.

 Desde que Zhao saiu desse quarto eu não consegui levantar ou expressar qualquer outra expressão que não seja ligada a culpa, desespero e triteza profunda.

Minha mãe estava morta.

Meu pai estava morto.

Provavelmente meus irmãos também estavam mortos.

Tudo o que eu tinha, minha família, minha casa.

Ele tirou de mim.

O fogo consome, mata e destrói tudo á sua volta se não controlado.

Zhao não é diferente.

Nenhum deles é.

A Nação do Fogo é como uma praga.

Meu rosto antes estava molhado por lágrimas que caíram pelo meu desespero, lágrimas frias e pesadas que caíam rapidamente quando saíam.

Mas agora meu rosto estava sendo molhado por outro tipo de lágrima, um tipo quente e que insistia em permanecer em meu rosto sem cair.

Lágrimas de ódio.

Haviam tirado tudo de mim, todos esses que estavam no barco.

Tudo o que eu perdi, eles tinham culpa. Eles 𝘵𝘦𝘮 𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢 𝘥𝘦 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘪𝘴𝘴𝘰.

A raiva estava aflorada em minha pele e eu tinha vontade de destruír aquele quarto com minhas próprias unhas e esfaquear Zhao com um punhal de gelo.

Ataco a parede revestida á minha frente com minhas unhas por puro impulso, arranho aqueles tecido vezes sufucientes para eles se tornarem apenas retalhos. 

𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤𝐧𝐞𝐬𝐬 ( Zuko - Female reader )Onde histórias criam vida. Descubra agora