Capítulo |2| ''O espírito da floresta''

3.7K 333 100
                                    

O sol havia começado a dar as caras quando estávamos todos fora da casa preparando as últimas coisas para a viagem que viraria minha vida de cabeça para baixo.

—Tem certeza que não está esquecendo nada querida? — A mulher mais velha pergunta me dando um abraço forte de despedida.

—Tenho senhora, não é como se eu tivesse muita coisa querendo ou não. — Uma risada pequena é emitida pela mulher.— Tem certeza que posso ir? Não quer que eu fique e continue te ajudando com a casa e a loja?

—Se deseja mesmo partir então é claro que não tem nenhum problema. —Um pequeno carinho é feito na minha bochecha por ela.— Quanto mais longe você for, mais orgulhosa ficarei de fazer parte da sua história Catléya.

Ao ouvir aquelas últimas palavras a abracei com toda força que tinha.

—Muito obrigada senhora, nunca irei me esquecer de nenhum de vocês.

Tyro estava ao lado da mulher e fez uma reverência pequena quando olhei para ele.

—Tenha uma boa viagem jovem Catéya.

—Obrigada senhor. —Faço uma pequena reverência à ele.

Olho para Haru que tinha uma expressão triste e orgulhosa.

Ele se aproxima de mim e coloca a mão no bolso.

—Eu estava planejando te dar isso no seu aniversário. —Ele começa me encarando. —Mas acho que vou ter que te dar ele um pouco adiantado. —Ele dá uma pequena risada nasal. —Sei que não é um colar da tribo da água, mas mesmo assim...

Ele tira as mãos do bolso e de lá um colar parecido com os que as moças da tribo da água usavam apareceu. Esse tinha uma fita verde ao invés de azul e uma pedra branca esculpida em espiral com uma verde mais pequena ainda dentro no pinjente.

 Esse tinha uma fita verde ao invés de azul e uma pedra branca esculpida em espiral com uma verde mais pequena ainda dentro no pinjente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


—Eu mesmo que fiz, sei que não está perfeito mas...

Tento conter a emoção de não chorar quando vejo a delicadeza da peça que ele segurava. Sem pensar direito me jogo em seus braços e o abraço com força segurando as lágrimas.

—É perfeito. Muito obrigada.

Minha mãe tinha um desses e não o tirava de jeito nenhum.

 Lembro de já ter falado sobre esses colares da tribo da água para ele, mas nunca pensei que ele faria um daqueles para mim.

Ele não disse nada, apenas me abraçou com força como se nunca mais quisesse soltar.

—Eu te amo Catléya. —Ele sussurrou em meu ouvido antes de separar o abraço.

Depois que me separo do abraço dou um beijo na testa do menino e seguro sua mão antes de falar uma das mais difíceis frases que eu já disse para ele.

—Adeus Haru.
.
.
.
—Adeus Catléya.

Voar em um bisão voador foi de longe uma das coisas mais estranhas e incríveis que eu já aconteceram comigo.

𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐢𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐝𝐚𝐫𝐤𝐧𝐞𝐬𝐬 ( Zuko - Female reader )Onde histórias criam vida. Descubra agora