Bem-Vindo ao Central Health

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Todos querem viver um romance, sem exceção! Até aquele nosso amigo que diz não querer ninguém. Eu vou lhe contar uma história e antes mesmo que eu dê inicio a ela, prepare uma coberta quentinha, uma xícara de chocolate quente e vamos começ... há! Mas é claro! Não esqueçam do mais importante, deixem preparado aquele lencinho, bom nunca se sabe. Tenham paciência e prestem atenção aos detalhes, tudo pronto? então vamos lá!

    Na grande cidade de Los Angeles, nos Estados Unídos da América, nos bairros mais “simples”, em uma ruazinha localizado em Hawthorne, havia uma casinha vermelha com telhas de madeiras convencionais, reside uma família, os Polmer’s. Erick, o papai Polmer, Sara Polmer, a mamãe, seus filhos Angelina Polmer, a filha mais velha, Elisa Polmer, a filha do meio e Dennis Junior Polmer, a criança da casa. Uma família convencional e normal como todas as outras, brigas, abraços, gritos e pizza nos finais de semana, acredito que todos esses cincos sejam muito agradáveis, mas vamos focar em nossa garota, a garota do meio Elisa Polmer, que já bem cedo estava de pé. . .

   –  Elisa desça logo! Dennis já está tomando café, se você demorar ele vai se atrasar! – Gritava Sara de lá da cozinha, enquanto no andar de cima estava Elisa, terminando de arrumar seu cabelo escuro e liso, mantendo duas pequenas mechas soltas, uma do lado direito e outra do lado esquerdo, com um rabo de cabelo para manter seu longo cabelo.
– Já vou descer! – Gritou Elisa do quarto, pegando sua mochila azul de uma alça só, que estava em cima de sua cama, logo em seguida se dirigindo a porta, mas voltando rapidamente para trás, voltando ao espelho e dando um leve sorriso bobo para seu reflexo.  – Você vai arrasar Elisa, é só ser você mesma.  – Novamente Elisa se dirigiu para porta e assim desceu as escadas. Mas dando uma pequena pausa na história, apenas para fazer um leve comentário, quem será que teve a brilhante ideia de dizer “é só ser você mesmo”?  Acho que isso não dá certo muito certo.

– Elisa, olha a mamãe fez bolinho de chuva. – Disse Dennis ao ver Elisa chegar até a cozinha, logo se sentando ao seu lado, cortando o pão e passando a convencional margarina.

– Então filha, está ansiosa para sua entrevista? – Perguntou Erick, que estava na ponta da mesa, tomando uma bela e cheia xicara de café.
– Estou bastante ansiosa papai, espero que dê tudo certo, preciso muito de um emprego, só assim conseguirei ir para a faculdade – Comentava Elisa, enquanto arrancava pedaços do pão e o levava até sua boca. – Mesmo que seja em um hospital, o importante é o salário né?
– Desde que esteja trabalhando e esteja bem, o resto não importa. – Comentou Sara, se dirigindo até a sala.
– Bom querida, faça sempre o que gostar, o dinheiro é apenas a consequência disso. – Disse Erick, com o tom de voz baixo para Sara não o ouvir.
– Angelina, acorde já! Preciso que você me acompanhe ao mercado! – Berrou Sara da sala.

– Obrigada papai. – Disse Elisa, se levantando da mesa e abraçando Erick, que lhe retribuiu com um beijo em sua testa. – Vamos Dennis, senão você irá se atrasar. –
– Boa sorte na entrevista querida. – Disse Erick, acenando para Elisa que se dirigia para porta junto de Dennis, que em seguida acenava de volta e saia para fora junto de Elisa, ambos caminhavam pela calçada que continha uma trilha de pedra no centro da grama da calçada, o sol raiava uma bela manhã, as ruas estavam movimentadas e tudo aparentava mostrar que seria um belo dia.
– Eli, você vai ser médica? – Perguntou Dennis, que caminhava pelo bairro ao lado de Elisa, que segurava sua pequena mão.
– É quase isso. – Respondeu a garota com uma leve risada.
– Mas você não quer ser fotografa? Pode ser médica e fotografa junto?
– Pode sim, mas o emprego é apenas para eu conseguir pagar a faculdade.
– Ah entendi – Após alguns minutos, ambos chegavam até a escola de Dennis, que acenava para Elisa, enquanto corria para dentro dos portões da escola. – Tchau Eli!
– Boa aula! – Disse Elisa, atravessando a rua e se dirigindo até um ponto de ônibus, que rapidamente chegava ao local com a mesma embarcando, ao se sentar em um dos bancos Elisa, aproveitava para mexer no celular para assim passar o tempo, vendo nas redes sociais a seguinte manchete “Jovem de dezesseis anos, comete suicídio após acidente de carro, a família diz que o jovem havia desenvolvido trauma do ocorrido, o que levou o adolescente a cometer tal ato.” Ao ler a noticia Elisa fez uma expressão não muito agradável. – Como pode alguém tirar a própria vida? a vida é tão bela, como alguém pode ser tão raso em pensar assim... – Passou se uma hora, até que enfim Elisa chegou ao hospital, o grande Central Hearth, o hospital possui o tamanho de dois quarteirões, contendo vários prédios largos no terreno, que também possui um pequeno parque aos fundos, o local também possui altos muros para impedir fuga de qualquer paciente ou invasão de terceiros, no Central Hearth há alas para diversos casos, mas vamos deixar que outra pessoa nos explique essa parte.

Entre A Lâmina e o PulsoOnde histórias criam vida. Descubra agora