S e t e

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Hinata

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Hinata

Acordei colocando instintivamente a mão do lado esquerdo da cama e estava vazia, como sempre ficava depois de Naruto passar a noite comigo.

Não sei oque é, ou eu estou sendo dramática demais ou meus hormônios estão à flor da pele nesse exato momento, por que meus olhos encheram de água e não sei exatamente o motivo. Merda!

Tudo parece estar vindo a tona cada dia que se passa, o medo do que meu pai vai dizer, o medo do que meu futuro me reserva, o medo de fracassar e não orgulhar a mamãe, o medo de principalmente não ser um terço da mãe que a minha foi pra mim.

Estou sendo egoísta? Afinal, estou apta pra receber um bebê? bebê este que dependerá totalmente de mim e cara.. eu nem trabalho, talvez eu devesse mesmo... Não! Não! Hinata, Nem pense nisso!

Me levantei de supetão afim de me livrar desses pensamentos inoportunos, corri pra escovar os dentes e fazer minha skin care matinal, olhei meu reflexo no espelho e algumas espinhas que antes eu não tinha, estavam ali, me dando até bom dia.

Terminei oque tinha de ser feito no banheiro e desci as escadas, não empolgada saltitante, mas também não triste e cabisbaixa, algo dentro de mim estava mudando. Óbvio! Algo, ou melhor, alguém dentro de mim estava crescendo e se desenvolvendo, claro que eu me sentiria diferente.

— Hina, bom dia!! — Hanabi me olhou por cima do ombro enquanto vasculhava o armário. Me aproximei e lhe deu um beijo no topo da cabeça, sabe aqueles irmãos que faltam puxar a faca um pro outro e literalmente não mostram um pingo de amor e afeto que tem um pelo outro? Pois então, somos exatamente o oposto disso.

— Bom dia, pãozinho de queijo! — Repliquei divertida e me sentei na cadeira frente a ela. — Está pensando em fazer oque de bom hoje?

— Bom dia! — Antes que minha irmã respondesse minha pergunta, uma voz potente e masculina se fez presente. Me virei para a porta e meu pai estava lá, ajeitando a gravata.

— Se atrasou, papai? — Hanabi franziu o cenho. meu pai basicamente morava na delegacia e visitava nossa casa, isto é desde a partida da mamãe, não estamos acostumadas a vê-lo no café da manhã e muito menos nos outros horários do dia, a não ser em datas comemorativas ou claro, quando ele quer ver como estou me saindo nos estudos.

— Não, hoje entro mais tarde. Só passei aqui na cozinha pra te lembrar que tem aula particular as 16h — Olhou pra mim e minha vontade era apenas revirar os olhos, mas me contive afim de evitar futuras discussões sobre isso. — E quando eu chegar, quero seu boletim na mesa do meu escritório. Tô indo. — E saiu.

Droga!

Volvi meu olhar pra frente e deitei sobre a mesa querendo bufar de raiva.

— Sabe que se não colocar um limite, o papai vai te fazer uma marionete! — Hanabi se aproximou da mesa colocando uma caixa de cereais a minha frente. — Ele não pode fazer isso.. — Virou-se pra geladeira e tirou o leite de lá colocando-o junto ao cereal.

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