Nala

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Em Fah, também conhecida como Terra dos Exilados está uma draconiana da casa Drafferik cujo nome é Nala.
Fah tem essa alcunha pois muitos exilados dos reinos buscam abrigos por la, a terra é governada pelo Conselho dos 9 Anciões a quem decidem acolher ou a banir de Fah, geralmente poucas vezes os Anciões recusaram algum exilado.
E reclusa em um monastério estava Nala.
*
Falando em um perfeito dialeto comum Nala está a buscar respostas com seu mentor.

_O que lhe aflige minha filha? Disse o monge a caminhar com ela pelos jardins do monastério que está bem florido com as mais belas flores do deserto.

_Ando tendo... Bem sonhos... Disse a draconiana de pele avermelhada e detalhes azuis turquesa.

_Um sonho pode significar muito, porém não dito se torna apenas segredos não compartilhados.

_Ando sonhando com fogo, com meu pai e bem... O senhor mestre. Falou ela com um pesar na fala enquanto olhava uma borboleta voando pelas flores.

O Velho monge conseguia sentir o lamento na fala de sua protegida, os dois param diante de um córrego que irrigava o jardim, a água descia e mantinha as flores irrigadas no sol escaldante que fazia em Fah. Ele olha para os céus e nota que a muitos abutres a circundar o monastério, o ar estava seco árido, era como se uma mão invisível tentasse lhe sufocar. _Quando começou a ter esses sonhos?

_Desde que cheguei aqui, porém sempre achei que não passassem de sonhos. Nala vê um besouro de barriga para cima e o desvira deixando-o seguir seu curso. _ A alguns anos eu não teria uma atitude dessas.

_De ajudar um indefeso?

_ Misericórdia. Ela se levanta e olha seu mentor com seus olhos de réptil, poderia ter um corpo semelhante ao humano mais ainda guardava as características de seus ancestrais dragões.

_Todos nós podemos mudar o nosso ser Nala, no passado eu não passava de um pirata da costa de Qorf, me arrependo de muitos dos meus feitos mas cá estou, um novo ser assim como você.

_Mestre me diga, quando saberei que estou redimida? E sobre esses sonhos?

_Você saberá quando e sobre seus sonhos... Conversarei com o Alto conselho para tentar decifrar essa mensagem, fique despreocupada minha criança. Até lá medite. O velho monge a saúda, gesto que ela repete. O monge se retira deixando Nala ali no jardim olhando o besouro andando entre as flores...
Nala se senta em um baco ainda sobe o sol e tenta meditar... Sua meditação trás seu sonho a tona de volta... Não parecia um "sonho" como ela pensava, a draconiana está ofegante com o coração descarado, era real demais para ser um fruto de sua mente, ela olha para o alto e vê os abutres a circundar o monastério. Ela se retira do jardim pensando sobre o a conversa que teve com seu mentor.

_Irmã Nala. Falou um monte

_Irmão Jorp, o que buscas?

_O Conselho dos Anciões querem exigem sua presença na reunião da noite, vim lhe comunicar.

O monge a saúda e se retira, Nala sem tempo de o saudar fica mais perplexa em querer saber o que o Conselho teria para lhe falar, definitivamente o dia havia começado estranho, o clima estava estranho.

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