Will disse para o amigo enquanto limpava o balcão da cafeteria aonde trabalhava.
— Não é justo Willy, ele é o maior babaca existente! — Exclama rolando os olhos.
— Eu sei... Mas, é como se... Ele não quisesse me tratar daquela maneira sabe?
Não, Jack não sabe.
— Como não quer Willy? Se ele não quisesse, não faria!
— Você tem razão Jack...
— Eu sempre tenho razão.. — Ele sorri sarcástico — Mas agora, péssima notícia. — Jack disse cerrando os dentes e franzindo a testa — Cliente pra você atender..
Assim que Jack termina sua fala, Will se vira para o balcão com um sorriso falso no rosto assim como deva para todos os clientes, mas logo o mesmo some quando vê, Michael Wheeler em sua frente, acompanhado de uma garota...
— B-boa tarde, bem vindos a cafeteira Coffee Gold! — Will disse soltando um riso frouxo — Temos a mesa 6 disponível... Eu já vou atendê-los!
Educação em primeiro lugar. Raiva e ciúmes em segundo.
Mike concorda com a cabeça sacaneando o garoto pelos olhos, e indo até a mesa que ficava a pouca distância do balcão.
— Jack por favor, atenda ao Mike! Eu não quero fazer isso..
— Will eu até atenderia, mas ele já está querendo minha cabeça! E se eu fosse até ele... Estaria cometendo suicídio! — Ele nega arregalando os olhos, o medo correndo em suas veias.
Com isso Will respira, fundo fechando os olhos e caminhando até a mesa 6.
— Já sabem oque vão pedir? — Will pergunta com o bloquinho de pedidos em mãos.
— Eu vou querer um chá e um bolinho de chocolate — A garota morena disse sorrindo — E você Mike?
Espera, Mike? Eles tem intimidade suficiente pra isso? Michael odeia quando lhe chamo de seu apelido.
— Eu vou querer...69.
— Perdão?...
Eu havia entendido muito bem oque Michael havia dito... Tão bem que minhas bochechas queimarem em brasas, eu aposto que estava mais vermelho que um tomate.
— Digo, um café, apenas.
— Certo — Will concorda anotando o pedido — mais alguma coisa?
— Não, obrigada! — A garota novamente sorriu.
Ridícula.
Os pensamentos de Will xingavam a garota de tudo que havia nesse mundo.
O chamando de vagabunda, prostituta, vadia, piranha... Entre outros milhões de xingamentos que soavam o quanto a garota era cretina.
Mas ele deveria xingar, Mike. Não?
— Está tudo bem Will? — Jack perguntou para o amigo que chegou emburrado.
— Estou com cara que quem está bem, Dylan?! — Will disse grosseiro, oque fez o amigo arregalar os olhos.
— Certo... Desculpe?
— Eu só.. não sei por que passo por tudo isso..
Os olhos do garoto Byers se encheram de lágrimas, lhe causando soluços e uma vontade imensa de receber um abraço apertado..
E foi oque recebeu, Jack lhe envolveu em seus braços agarrando as cintura do mesmo e fazendo carinho em seus cabelos..
— Hey Willie — Jack disse desmanchando o abraço — Vai ficar tudo bem, uh? Vamos lá, limpe essas lágrimas. — O garoto passou a mão pelas bochechas rosadas de Byers secando o molhado que estava em seu rosto — Ele não merece que seu rosto lindo fique encharcado de inúmeras lágrimas por ele.. Seu sorriso é muito bonito para ficar escondido.
— N-não é justo Jack..
— Nada no mundo é justo Willie, você acha que se fosse justo, eu estaria aqui? Servindo bolos e cafés para pessoas que amam cafeína? Lógico que não, eu estaria em Los Angeles sendo rico e gostoso — Jack disse sorrindo engraçado, causando uma gargalhada escandalosa em Will.
— Se fosse justo... Eu estaria com você em Los Angeles, sendo rico, gostoso e famoso! — Byers acrescenta seu "sonho"-
— Isso aí! Mas agora, temos que passar por essas dificuldades... Sei que não vai ser fácil, mas vamos passar por isso junto, tá legal?
— Sim, passar por isso juntos... — Will disse pegando na mão do amigo — E agora, eu vou lá esnoba ele totalmente! Por que ele não merece meu sofrimento e muito menos meu amor!
— Está certo Sr. Byers Smith, Vai lá e arrasa na cara do inimigo! — Jack grita animado fazendo as pessoas lhe olharem assustados, mas o garoto ignora totalmente — Você merece ser feliz Will, com alguém que lhe ame... Talvez um dia, você note quem é que realmente te merece.. — Grazer disse lhe dando um beijo na bochecha e indo até o balcão atender uma senhora espontaneamente.
É, talvez eu saiba quem me mereça...
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