𝚡𝚟𝚒𝚒 - 𝙿𝚊𝚜𝚜𝚎𝚒𝚘

973 96 41
                                    

◦•●◉✿✿◉●•◦

Pov. Robin •

Passei o resto do dia jogada na minha cama, apenas pensando em como eu estou sendo uma... Covarde? É, talvez eu esteja sendo. Desde de que Nancy me disse aquelas coisas, eu andei pensando muito, muito mesmo e, não é pelas coisas que ela falou em si, só me fizeram refletir sobre algumas coisas. Já fazem anos que eu tenho essa paixonite por ela e até agora não deu em nada graças a minha falta de atitude, mas eu tenho medo de que isso nos afete negativamente de alguma maneira.

Casey disse para fazer o que eu achava melhor, o que me faria bem. Tinha duas opções, ou eu continuava correndo atrás da "hétero Wheeler" até ficar velha e nunca dar em nada, ou eu simplesmente metia o pé e vivia minha vida. Às vezes eu penso em desistir, sabe? Desistir de algo que você passou anos cobiçando não é nada fácil, mas... ficar preso a algo que não passa de ilusão é perca de tempo, e olha o tanto de tempo que perdi.

– Ignorar ela também não levará a nada. - Sinto algo ser jogado em meu rosto. Rolo na cama e olho para Vickie sentada no sofá. Parece até que a vagabunda estava ouvindo meus pensamentos.

– Eu sei, mas eu precisava disso, precisava me afastar um pouco para o meu próprio bem, para pensar melhor. Já estava pirando. Mas, já que preciso ver e interagir com ela diariamente, ficou um pouco difícil de me afastar.

– Já pensou em agir??

– Você não pode falar nada.

– Ah, minha fia eu estou agindo, até chamei a Tammy para sair comigo, mas e você? Tá há anos aí e não toma vergonha na cara nunca. Reage, se esperar que a Nancy faça isso, esperará pelo resto de sua vida. Tammy disse que ela é a lerdeza em pessoa.

– Eu te acho a gay mais guerreira que existe, tem o meu respeito. Se eu estivesse no seu lugar desistiria no primeiro instante. - Max pausou o jogo para beber um gole de seu refrigerante e olhou para mim.

Suspiro pesadamente e volto a deitar de barriga para cima observando o teto. Me sinto presa a isso, sinto que se não parar irei perder uma grande parte do meu tempo, preciso viver a minha vida, conhecer pessoas novas. Mas uma parte de mim quer continuar, eu gosto muito da Nancy, desde que descobri esses sentimentos, ficaram ainda mais fortes, mas sinto que não vou a lugar algum com isso.

– Você até trocou de sala. Está pensando em desistir dela? - Max pergunta.

– Eu pedi para me trocarem de sala para o meu próprio bem. Não conseguia prestar atenção na aula e isso estava fazendo com que minhas notas caíssem. - Suspiro levantando da cama e pegando minha guitarra. - Já a parte do desistir...

– Tá brincando né??? - Andi entra com várias coisas em mãos: Comida. - Você chegou até aqui, não desista agora.

– Eu dei vários sinais que estava caidinha por ela, deixei bem claro e esperava que ela descobrisse sozinha---

– Mas ela é lerda pra porra. - Max me corta. - E se você falar o que sente?

– E se ela começar a agir estranho? Até onde eu sei, ela só pegou garotos até agora, nunca deu índices de que estava afim de alguém do mesmo sexo ou coisa do tipo.

– Mas você disse que no primeiro beijo, ela quase retribuio. - Andi da uma mordida na rosquinha e volta a atenção para mim.

– Bom... eu senti a língua dela encostar na minha, mas isso foi antes dela quase me capar.

– Duas vezes ainda. - Max e Andi riem e eu mostro língua pra elas. - Mas enfim, as férias estão bem próximas e você vai passar elas na casa do seu pai, certo? - Assinto. - Então... é melhor dizer o que você sente antes das férias porque se você demorar, quando voltar pode ser tarde demais.

You are an idiot -Ronancy- (intersexual) Onde histórias criam vida. Descubra agora