Capítulo 9.

2.7K 241 65
                                    

Robin.

Depois de sair do banheiro e encontrar S/n, volto para a sala.

Agora será minha prova de matemática.

-Esta será a recuperação, é a última chance de vocês. -Sr.Johnson diz enquanto entrega a prova.

Faço a prova, e é a primeira vez em que não deixo nenhuma questão em branco.

Depois de longos minutos, entrego.
Ele corrige na hora.

-R..Robin. -Ele diz chamando minha atenção, um pouco incrédulo.

-Sim, professor? -Questiono.

-Você gabaritou a prova, parabéns. -Ele diz me olhando em duvida.

Nada disso teria acontecido sem S/n.

-Obrigado, professor. -Pego a prova de suas mãos e vou para a casa.

Chego em casa e meu tio não está. Vou direto para o quarto.

Deito e rapidamente meus pensamentos vazios são preenchidos por S/n.

"O que será que ela achou? Será que gostou de eu ter beijado ela? Será que fui rápido demais e precipitei as coisas?"

Pensamentos como este vem e vão por alguns minutos e eu fico ali me martelando.

Decido ir até sua casa.

Levanto e vou tomar um banho primeiro.

Coloco uma bermuda e regata, e vou com o cabelo preso.

Pego a minha prova para levar e mostra-lá.

Eu realmente espero que ela esteja em casa, pois não avisei que estou indo.

Deixo um bilhete na geladeira avisando ao meu tio que sai.

Depois de alguns minutos, chego a sua casa.

Aperto a campainha e aguardo.

Sua mãe atende.

-Olá, Sr.Clarke! S/n está? -Pergunto com timidez.

-Ela está lá em cima. Você é um colega de escola? -Pergunta, em dúvida.

-Sim. Pode avisar que estou aqui, por favor? -Peço.

-Claro. Entre. -Ela diz e eu entro.

Ela sobe as escadas, me deixando ali.

Sua casa é imensa e totalmente organizada. É linda.

Depois de uns 2 minutos, S/n desce.

Ela parece um pouco confusa, mas feliz.

-Oi, Robin! O que faz aqui? Vem, sente aqui. -Ela diz e se senta no sofá, e eu em seguida me sento.

-Eu vim te mostrar isso. -Entrego a prova.

-Meu Deus, é sério? -Ela sorri e me olha.

-Sim, graças a você. -Digo.

-Que nada, isso é pelo seu esforço. -Ela diz tímida.

-S/n, podemos conversar? -Digo a olhando.

Ela começa a corar e parecer querer fugir dali, como se já soubesse do que se trata.

-Sim, Robin. -Ela diz.

-Eu queria saber se fui muito rápido com você, ou se confundi as coisas. -Digo um pouco nervoso, passando a mão na nuca.

-Robin.. Eu não sei. Tenho medo de estarmos confundindo às coisas. Entende? -Diz S/n.

-Entendo. -Digo, um pouco triste.

-Você se arrependeu? -Ela pergunta.

-Não, S/n. Eu só fiz algo que eu queria desde o primeiro dia em que te vi. -Digo com sinceridade.

-É sério? -Ela pergunta incrédula.

-E por que não seria, S/n? Você é incrível. -Digo e me aproximo, coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e a olho.

-Argh! Licença, hora do lanche. -Diz Sr.Clarke, nos interrompendo.

Rapidamente dou um pulo do sofá me afastando de S/n.

Ela ri.

-Obrigada, mãe. -Ela diz pegando a bandeja de sua mão.

-Podem ligar a TV enquanto comem, estou aqui na cozinha, hein. -Sr.Clarke diz e sai, me olhando.

-Que susto, S/n. -Digo, nervoso.

-Relaxa, Arellano. -Ela diz, sorrindo.

Arellano. Ela nunca me chamou assim.

Sorrio.

-Tome. -Ela diz e me entrega um sanduíche natural.

-Obrigada. -Digo pegando de sua mão.

Depois de comermos, ficamos um tempo conversando e decido ir embora.

Ela me leva até a porta.

-Tchau, S/n. -Me despeço com um beijo na bochecha.

-Amanhã é sexta, dia do cinema. -Ela diz.

-Sim, eu sei. -Digo.

Ela fica em silêncio.

-Ah. -Sorrio, entendendo a situação.
-Quer que eu te busque? -Pergunto.

Ela me olha e sorri.

-Se quiser. -Diz.

-Te pego às 17h30, hermosa. -Digo, e saio.

Almas Cruzadas - Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora