Capítulo 13.

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S/n.

Hoje é domingo e eu decido não sair.

Vou fazer algumas tarefas pendentes para segunda-feira, arrumar o quarto, ver algum tipo de filme, enfim.

Logo pela manhã, minha mãe me pede para ir ao supermercado comprar algumas coisas que faltam para o almoço.

O supermercado que estou indo é perto da praça aonde encontrei os meninos pela primeira vez.

Chegando lá, faço as compras e vou para o caixa.

Enquanto a atendente está passando as compras, distraío os meus olhos por segundos até que eles param em Robin.

Ele está sentado na praça, tomando sorvete.

Com a Stella Yamada.

Meu corpo ferve imediatamente, não sei por quê.

Ele não me viu, e nem quero que me veja.

Pego às compras e vou direto para a casa.

Meus pensamentos não param, de lá até minha casa.

Chego, deixo as compras em cima da mesa e vou direto para o meu quarto.

-O que houve, S/n? -Ouço minha mãe gritar.

-Nada, mãe. -Grito do meu quarto e fecho a porta.

"Como você é estúpida, S/n! Ontem ele disse que "talvez" gostasse de você. É claro, ele tem outra".

Decido não deixar isso me afetar.

Até por que, isso não deveria me afetar.

Levanto e faço os planos que tinha desde cedo.

O dia passa rápido, e logo é segunda-feira.

Rapidamente me arrumo, e vou para a escola.

"Se aquele mexicano metido à besta vier testar a minha paciência hoje, ele vai ouvir." -Penso e entro em sala de aula.

No intervalo, conto tudo para às meninas.

-Nunca gostei dessa irmã do Bruce. -Donna diz.

-Você é muito melhor, S/n. Ele é louco se estiver com ela ao invés de você. -Gwen diz.

-É só um menino, não é mesmo? Isso não vai me afetar. -Digo.

O sinal toca e nós subimos para o restante das aulas, e logo depois vamos para a saída.

Quando chego no portão, Robin vem até mim.

-Oi, S/n! O que houve ontem? Você não saiu, nem deu notícias.. -Ele diz pegando a minha mão.

-E você? Saiu? -Pergunto o olhando fixamente.

-Fui tomar sorvete, por que? -Pergunta.

-Eu te vi, você parecia estar bem feliz. -Digo e saio andando.

Ele respira fundo.

-S/n, volte aqui. -Ele diz vindo até mim.

-O que você quer? Você não me deve explicações. -Digo parando em sua frente.

-Mas eu quero te explicar. Não é nada do que você está pensando. -Ele diz.
-Vá até minha casa hoje depois do almoço, e eu te explico tudo.

-Você não me deve e eu não quero explicações, afinal, não temos nada, Robin. -Digo e sua feição rapidamente se fecha. Ele parece ter se magoado.

Bem feito.

Me viro o deixando sozinho e vou para a casa.

Depois de almoçar e tomar banho, eu resolvo me deitar.

Minha cabeça não para de pensar.

Resolvo ir até a casa de Robin como ele havia me chamado e ouvir o que ele tem a dizer.

Chego lá e toco a campainha. Seu tio me atende.

-Oi, querida! -Me cumprimenta.

-Oi tio, Robin está aí? -Pergunto.

-Ele está no banho, entre. -Ele chama e eu entro.

-Pode esperar no quarto dele, se quiser. Vou avisa-ló que você chegou. -Ele diz e sai.

Entro em seu quarto, sento em sua cama e fico o esperando.

Depois de alguns minutos, Robin entra em seu quarto com um roupão branco.
Ele está secando seu cabelo com uma toalha de uma forma desajeitada.

Seu corpo e cabelo exalam perfume, ele é tão cheiroso.

-Oi, S/n. -Ele diz e se senta na cama.
-Resolveu ter maturidade, e me ouvir?

Não acredito que ele falou isso.

-Sim, e já me arrependi. -Digo me levantando para ir embora.

Ele me puxa pelo braço me fazendo sentar em sua cama de novo.

-Só fale quando eu acabar de falar tudo. -Ele diz se ajeitando para começar a falar.

-Para começo de conversa, eu e Stella não passamos de bons amigos. Ontem, ela brigou com Bruce e seus pais por conta de um menino da escola do qual ela ficou, e Bruce descobriu, e contou para os seus pais. -Ele dá uma pausa e respira.

-E o que você tem a ver com isso? -Pergunto com cara de tédio.

-S/n, não me interrompa. -Ele diz e eu continuo escutando.

-E aí, nesse mesmo dia, ela me ligou e pediu para eu ir tomar um sorvete com ela, para ver se ela se distraía um pouco e conversava. E como você não me enviou mensagens e nem deu sinal de vida, eu fui. Amigos são para isso, não? -Ele diz.

-Linda história de amor. -Respondo com a mesma cara de tédio.

-S/n, por favor. Não seja estúpida. -Ele diz e se levanta, pegando as minhas mãos e colocando em sua cintura.

Ele põe a mão em meu pescoço, e com o polegar empurra o meu queixo me fazendo olha-ló.

Ele se aproxima, e me dá alguns selinhos.

Ele para e com o seu rosto bem colado ao meu, diz:

-Não fique com ciúmes, hermosa. Eu sou todo seu.

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beijinhos da autora, bom capítulo.

Almas Cruzadas - Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora