Capítulo 16.

2.2K 212 140
                                    

S/n.

Vou para a aula, e hoje eu não estou atrasada.

Robin não me olhou e não trocou uma palavra comigo.

Por mais que eu não esteja errada, e não tenha feito nada, eu vou até a casa dele depois da aula.

Mas preciso saber se ele estará em casa.

-Finn! Venha aqui. -O chamo.

Finn estava conversando com Bruce.

-Oi, S/n. O que houve? -Pergunta, se sentando ao meu lado.

-Você sabe se Robin estará em casa depois da aula? -Pergunto.

-Provavelmente. O tio dele só volta amanhã da casa da namorada. -Diz.

-Perfeito. -Digo.

-O que houve entre vocês ontem? Ele não quis beijar você por quê? -Pergunta.

-É isso que eu quero saber. Eu não fiz absolutamente nada, e hoje ele nem sequer me olhou. -Digo.

-Ele é cabeça dura, S/n. Provavelmente sabe que está errado, mas é orgulhoso demais para admitir.

-Aproveite que o tio dele não estará em casa e vá até lá para se resolverem. -Diz.

-Vou fazer isso.. Obrigada pela ajuda. -Agradeço e ele se despede, saindo dali.

As aulas terminam e eu vou embora com as meninas.

-O que vai fazer hoje a tarde? -Gwen pergunta.

-Irei até a casa de Robin, tentar me resolver. -Digo.

Ela sorri.

-Ele parece ser complicado. -Gwen supõe.

-Ele é. Mas vale à pena. -Digo sorrindo.

Assim que chega na rua de Gwen, nós se despedimos e eu sigo o caminho.

Chego até minha casa.

Tomo um banho relaxante e logo depois almoço.

Já é de tarde, e eu decido ir logo na casa do Robin.

Mas, logicamente, minha mãe não saberá que é para lá que eu vou.

-Mãe? -Eu a chamo, e ela me olha.
-Estou indo para a casa da Gwen fazer um trabalho de espanhol, tudo bem?

-Vá e não demore. -Ela diz e eu saio de casa.

Para nada dar errado, eu mando uma mensagem para Gwen.

•Mensagens On•

Caso minha mãe ligue para a sua casa, confirme que eu estou aí. Estou indo no Robin. -Envio.

•Mensagens Off

Ela visualiza e responde confirmando.

Depois de minutos chego até a casa de Robin.

Está tudo fechado, e eu logo estranho.

Eu o chamo uma vez. Nada.

O chamo mais 3 vezes. Nada.

Começo a bater palma, bater na porta, chama-ló, e nada do Robin.

-Vai, Robin.. Não seja estúpido. Me atende. -Digo e encosto a testa na porta.

-Estás me procurando? -Eu viro rápido e lá está ele.

Ele está com algumas sacolas na mão. Acho que são compras de supermercado.

-Ah, você está aí. -Digo e ele passa por mim abrindo a porta sem dizer nada.

Ele deixa às compras na cozinha, e volta para a sala.

-Vai entrar ou ficar aí fora? -Diz me olhando com tédio.

Entro e fecho a porta, encostando na mesma.

Ele se senta no sofá a minha frente, e me olha.

-Senta aqui. -Ele diz e dá dois tapinhas do sofá ao lado.

Me sento a sua frente.

-Diga. -Robin diz.

-Primeiramente, por que não falou comigo hoje na escola? -Pergunto o encarando.

-Achei que Vance iria conversar com você. -Ele diz e se encosta no sofá, me olhando com ar de deboche.

-É sério isso, Robin? É sério mesmo? -Pergunto já cansada daquele papo.

-E o que você quer que eu pense, S/n? Como você quer que eu haja? Ele simplesmente deixou claro a todos do grupo que se interessa por você. -Ele diz, claramente irritado.

-E eu? O que eu fiz? NADA! Não tem motivos para você descontar o seu ego ferido em mim. -Levanto e digo tudo em sua cara.

Ele se levanta também, ficando cara a cara comigo.

-Você não entende, S/n? Eu te quero só para mim. -Ele diz e fica me encarando.

-Você não precisa agir assim só por causa disso. Eu não tenho culpa. Saiba lidar com o seu ego e suas chateações sem desconta-lás em mim. -Digo me afastando.

Ele passa a mão na cabeça tirando a sua bandana, e se senta no sofá novamente.

-Me desculpe, S/n. Isso é tudo muito novo para mim. Eu não sei lidar com a raiva, nem com o que sinto por você. -Ele diz.

Meu coração para toda vez que ele admite sentir algo.

-Tudo bem, Robin. Espero que isso não se repita. -Digo e me sento novamente no sofá.

Depois de alguns minutos de silêncio:

-Durma aqui hoje. Comigo. -Ele pede.

-Está doido? Minha mãe jamais deixaria. E ela ainda disse para eu não demorar. -Digo.

-Por favor, mi gatita. -Ele diz manhoso e se senta ao meu lado.

-Ok. Eu vou tentar. -Digo.

-Ligue para ela. -Diz.

-Aonde está o telefone? -Pergunto.

-No meu quarto. Ele está pendurado na parede, é um telefone preto. -Ele diz e eu vou até seu quarto.

Disco o número, começa a chamar e minha mãe logo atende.

-Oi, mãe. Eu posso dormir aqui na Gwen? O pai dela quer fazer umas pizzas mais tarde para a gente ver filmes. -Minto.

-Tudo bem, S/n. E como você vai ir a aula amanhã? Você não levou roupa. -Diz.

Merda.

-Ahn.. Eu pego alguma de Gwen. Beijos, obrigada mãe. -Digo, e desligo.

Volto para a sala.

-Eaí, ela deixou? -Pergunta eufórico.

-Deixou. -Digo.

-Que bom. Deite aqui comigo no sofá, vamos ver algum filme. -Ele pede e eu me deito ao seu lado.

Robin me beija. Ele me beija com carinho, sentindo cada movimento. Ele acaricia meu rosto enquanto me beija com leveza.

-Eu amo estar com você, S/n. -Ele diz enquanto me olha, bobo.

Sorrio.

Nós passamos a noite toda assim, abraçados, nos beijando, aproveitando cada segundo um do lado do outro.

________________
Bom capítulo! 💖

Almas Cruzadas - Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora