Capítulo 3.

3.8K 299 294
                                    

S/n.

Acordo cedo, e hoje é sábado.
Eu e Gwen combinamos de sair para um piquenique, ela irá me apresentar ao resto dos seus amigos.

Ontem o jantar foi perfeito, só fico ainda meio confusa com esse tal mexicano..
Eu mal o conheço, e ele já quer ajuda com matemática?
Mas enfim, ele parece legal.

Arrumo a casa, ajudo minha mãe no almoço e logo depois tomo um banho e começo a me arrumar.

Coloco uma jardineira, vans preto, prendo o cabelo num coque despojado e passo apenas um rímel.

-Mãe, já estou indo! -Grito para ela que está na cozinha.

-Vai sozinha? Não quer que eu te leve? -Pergunta.

-Não precisa, mãe. -Digo.

Saio e vou em direção de uma praça que Gwen disse ser bem perto daqui.

Ouço passos atrás de mim, e logo escuto:

-Andando por aí sozinha novata?! -Pergunta.

Viro rapidamente e vejo aquele mesmo menino dos cabelos loiros. Vance.

-Ah, oi. -Digo.

-Não ande sozinha nessa cidade de merda, pode ser perigoso. -Diz sem me olhar.

-Tudo bem, é logo ali. -Digo.

-Iremos para o mesmo lugar, novata. Faço parte dos amigos que Gwen irá te apresentar. -Diz.

-Tem como não me chamar assim? Eu tenho nome. -Digo parando no meio do caminho e o olhando.

-E não me importa e nem perguntei. -Diz e continua andando.

Minutos depois chegamos na praça, ela é bastante movimentada.

Já avisto Finney, Gwen, Robin e mais 3 meninos.

Eu e Vance nos aproximamos até eles.

-Não precisa nem apresentar, Vance já veio até junto. -Um menino de cabelo preto diz.

-Me erra moleque, só tem um caminho até aqui. Você veio voando lá da casa do caralho? -Vance pergunta.

-Vance está de bom humor. -Um menininho diz.

-Calem todos a boca, deixem eu apresenta-lá. -Gwen propõe.

-Esta é S/n Clarke, ela é britânica e se mudou para cá não faz uma semana.
-Acostumem com ela, ela irá andar com a gente. -Diz.

-Este é Billy, ele é jornaleiro. -Diz.

Sorrio e o mesmo sorri de volta.

-Este é Bruce, ele é jogador de beisebol junto com o Finney. -Diz.

-É, o braço do Finney é um canhão. -Bruce diz.

-Você já disse isso, Bruce. -Um menino diz.

-A propósito, como se chama? -Pergunto ao menino.

-Meu nome é Griffin, é um prazer conhece-lá. -Ele diz e sorri. Sorrio de volta.

-E a gente vai comer que horas? -Vance pergunta.

-Ahn.. É verdade. -Gwen diz.

Comemos e ficamos conversando por horas.
Todos os meninos são bem legais.
Robin não trocou uma palavra comigo desde que cheguei.
Não que isso tenha me incomodado, mas é estranho.

Ao longo da conversa, vejo Robin levantar e se afastar do pessoal.

Minutos depois levanto e vou em sua direção.

-Saiu de lá por quê? -Pergunto.

-Pra você me seguir com certeza não foi. -Ele diz e eu engulo a seco.

-Desculpe por isso, achei que tinha acontecido algo. -Digo.

Ele fica em silêncio por minutos.

-Não sabia o caminho até aqui e por isso veio com o Vance? -Pergunta.

-Ahn.. Na verdade, eu não sabia mesmo. Mas virmos juntos foi apenas coincidência. -Digo.

-Coincidência, entendi. -Diz sem me olhar.

-Robin? Qual o seu problema? Eu realmente não estou entendendo. -Digo.

-Nenhum, gatita. -Diz e se afasta, voltando para o piquenique.

Os mexicanos são difíceis de entender assim?

Volto para lá minutos depois, e continuo conversando com o pessoal.

-Nos diga, S/n. Como está sendo se adaptar? -Bruce pergunta.

-Melhor do que pensei, vocês foram uma mão na roda. -Digo.

-O que é mão na roda? -Robin pergunta.

-É uma gíria. Vocês falam o que no México, Robin? Só "hermosa"? -Vance pergunta e revira os olhos.

Griffin ri.

-É modo de falar, quero dizer que vocês foram uma ajuda. -Digo a Robin.

Ele apenas assente.

Depois de mais algum tempo conversando, resolvemos ir embora.

Vamos todos juntos, já que a casa de cada um é o mesmo caminho.

Depois de deixarmos Billy, Bruce, Vance e Griffin em casa, continuamos o destino eu, Gwen, Finney e Robin.

Chegamos até a casa de Gwen e Finney.

-Cuidado no caminho, hermano. -Finney diz a Robin.

Ele assente e sorri.

-Boa noite para vocês, obrigada pelo dia. -Digo a Gwen e Finney.

Seguimos eu e Robin o caminho.
Minutos depois chegamos a minha casa, que não era tão longe da família Shaw.

-Chegamos, quer entrar um pouco? -Pergunto.

-Não, mas obrigado. Ainda tenho que assistir o massacre da serra elétrica com o meu tio. -Ele diz e sorri.

-Ah, claro. Tenha uma boa noite. -Digo e vou entrando.

-S/n, espere. -Diz.

Me viro, e o olho.

-Me passa o seu número? -Ele pergunta e estende o telefone.

Sorrio fraco, pego o telefone e disco o meu número.

-Salvou como hermosa, é sério? -Ele pergunta com cara de tédio.

-É você quem diz. -Digo.

Ele sorri e vai embora.

______________
💋


Almas Cruzadas - Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora