Capítulo 19.

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S/n.

Três dias se passaram, e Robin ainda não falou comigo.

Eu já enviei mensagens, mandei recados pelo Finn, fui até sua casa, e nada.

Ele não me responde, não me atende, não fala comigo, enfim.

Ele é complicado. Durão. Marrento.

Mas vale a pena, e talvez seja por isso que eu insisto.

Hoje é o campeonato de beisebol que o Finn e Bruce vão participar.

Todos nós estamos bastante animados.

Nós se arrumamos, e combinamos de irmos todos juntos.

Bruce e Finn já estariam lá.

-Eu vou gritar tanto, que irei perder a voz por dias. -Diz Gwen na arquibancada.
-Vai Finn.

Bruce não conseguiu acompanhar Finn, que jogou como nunca.

O jogo acaba, e nós vamos parabeniza-lós.

-O seu braço é um canhão, Finney. Quase me pegou. -Bruce diz.

-Tem 7 jogos que você repete a mesma frase, Bruce. -Vance diz revirando os olhos.

-Parabéns, maninho. Você foi extremamente incrível. -Robin diz e abraça o Finn.

-Bom, acho que isso merece uma comemoração, não? -Proponho.

-Isso! Boa idéia! -Gwen diz.

-Por enquanto vamos tomar um sorvete, mais tarde nós saímos. -Bruce diz.

Todos nós concordamos, e fomos até a sorveteria.

Nós fizemos o pedido, e ficamos esperando.

-Vocês foram ótimos, meninos. -Donna diz, sorrindo.

-Obrigado, Donna. -Finn diz enquanto cora.

-Que lindos os namorados. Só faltou o seu, S/n. -Vance diz, e me olha.

-Ela não tem. -Robin diz, sem olha-ló.

-É, Vance. Talvez eu não tenha. -Digo, o olhando.

Os nossos pedidos chegam, e nós comemos.

Logo depois, vamos embora. Todos juntos.

-Nos vemos mais tarde, às 18h. -Bruce diz e se despede.

Nós fazemos a mesma caminhada de sempre, cada um ficando em sua casa, e a minha sendo a última e de Robin a penúltima.

Ele vai ao meu lado, sem trocar uma palavra.

Quando chegamos em frente a sua casa, ele já ia entrar e eu o puxo pelo braço.

-Até quando vai ficar me evitando, Robin? Você está agindo feito criança, apesar de ser uma. -Digo.

-Eu não estou te evitando, S/n. Só não quero falar com você, para não me machucar mais. -Ele diz e se solta, entrando dentro de casa.

-Robin.. -Digo e ele fecha a porta.

Vou embora para a casa, chorando o caminho todo.

Estou me sentindo extremamente culpada, mesmo sabendo que não tenho culpa alguma. Afinal, ele nem quis me escutar.

Seco as lágrimas, e entro dentro de casa.

Pra minha má sorte, minha mãe está na sala.

-Oi filha. -Ela diz e se aproxima.
-O que houve? Parecia estar chorando.

Por que nossas mães nos conhecem tão bem?

-Não houve nada, mãe. Tenho que subir para me arrumar, vamos comemorar a vitória dos meninos. -Digo e subo.

Deito na cama, e tiro um cochilo.

O celular desperta às 17h. Um tempo bom para eu me arrumar, já que tenho que sair às 18h.

Tomo banho e visto uma calça, junto com um body preto de manga. Calço o tênis e pego minha bolsa.

-Tchau, mãe! Até mais tarde. -Me despeço e vou.

Nós combinamos de se encontrar na praça, para decidirmos o que iríamos fazer.

Chegando lá, está quase todo o grupo. Faltam Gwen, Finn e Griffin.

Robin me olha de cima a baixo.

-Já decidiram? -Pergunto.

-Estamos esperando o resto chegar. -Billy responde.

Depois de uns 10 à 15min, eles chegam juntos.

-Desculpem o atraso, foi culpa minha, Gwen e Finney tiveram que me esperar. -Griffin diz com a voz um pouco triste.

-Ei, não fique assim. Está tudo bem. -Digo e passo a mão em seu rosto.

-Que tal hambúrguer e milk shake? -Finn propõe.

Todos nós concordamos, e fomos.

Nós comemos muito, conversamos e se divertimos como sempre.

Robin não trocou uma palavra comigo aqui também, e sinceramente, eu não aguento mais isso.

Hoje ele vai me escutar nem que pra isso eu tenha que sequestra-ló.

Pagamos a conta e fomos embora. Juntos.

Chego na casa de Robin, e o paro.

Ele me olha com tédio.

-Robin, por tudo que você disse sentir por mim, me escute. Eu prometo sair da sua vida se quiser, mas só me escute. -Digo e ele parece abaixar a guarda.

-Vamos entrar, S/n. Aqui está frio. -Ele diz.

Nós entramos e fomos para o seu quarto. Seu tio já estava dormindo.

Nós sentamos na cama, um de frente pro outro.

-Seja rápida. -Ele diz.

Que garoto estúpido.

Respiro fundo, e começo a falar.

-Eu queria dizer que, eu sinto muito mais do que você pensa. Eu não consigo demostrar tão bem quanto você. Você não sabe como é difícil para mim está aqui falando tudo isso, mas por você, eu estou tentando.

Ele começa a me olhar com mais clareza, parece estar me entendendo.

-Eu também gosto de você, da sua presença, e de tudo aquilo que você me disse. -Digo, e dou uma pausa.

-Tudo entre nós é recíproco, Robin. -Digo e me aproximo dele, pegando em suas mãos.

-Me deixe gostar de você, Robin. Me deixe ser sua. -Digo.

Ele me beija.

Ele somente me beija, e é incrível.

É como se ele quisesse soltar toda a sua felicidade naquele beijo. É como se ele quisesse me dizer que "sim".

Ele me beija lentamente, sem pressa..

Ele explora cada canto da minha boca, devagar e com clareza.

Nós paramos, e se abraçamos.

Ficamos minutos assim, abraçados. Nos sentindo.


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Deixem a estrelinha e me digam o que acharam. ❤

Almas Cruzadas - Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora