INVERNO ESTÁ CHEGANDO - HOUSE OF THE DRAGON

OS HERDEIROS DO DRAGÃO

Bryana Stark

Quando o primeiro século da dinastia Targaryen, chegou ao fim. A saúde do Velho Rei, Jaehaerys, começou a falhar. Naquele tempo, a Casa Targaryen vivia o ápice de sua força. Com dez dragões adultos sob seu julgo.

Nenhuma força do mundo poderia se opor a ela. O Rei Jaehaerys, reinou por quase sessenta anos de paz e prosperidade. Mas uma tragédia lhe tirou ambos os filhos. Deixando a sua sucessão em dúvida, então no ano 101. O Velho Rei, convocou o Grande Conselho para escolher um herdeiro. Mais de mil lordes viajaram para Harrenhal. Fora ouvidas quatorze reivindicações, para a sucessão, mas apenas duas foram consideradas. A Princesa Rhaenys Targaryen, a descendente mais velha do Rei. E seu primo mais novo, o Príncipe Viserys Targaryen, o descendente homem mais velho do Rei.

Rhaenys, uma mulher. Não herdaria o Trono de Ferro. Os Lordes então escolheram Viserys. Jaehaerys convocou o Grande Conselho para previnir uma guerra de sua sucessão. Pois ele sabia a dura verdade, a única coisa que poderia destruir a Casa do Dragão, era ela mesma.

Na época, aos quatro anos de idade, eu não conseguia prever exatamente o que aconteceria. Eu ainda me lembrava do silêncio que se solidificou no ar, a atenção de todos enquanto a caixa onde o destino de Westeros caminhava pelo corredor em direção a Jaehaerys.

Baelon havia acabado de falecer, o cheiro de seu corpo queimado ainda impregnava Pedra do Dragão. Após isso, Aeron foi mandando de volta para casa, ele precisava ficar o mais seguro possível, apesar do recente nascimento de sua irmã, Rhaenyra, e uma nova criança já a caminho.

Mas agora eu sabia que Jaehaerys estava certo, afinal eu vivia em meio aos Targaryen, eu sempre vivi, e sempre viveria. As Terras da Coroa , ou até mesmo Pedra do Dragão não era grande o suficiente para aguentar toda aquela família.

Os Targaryen eram difíceis de lidar, sempre foram. Além de suas...peculiaridades, eu diria. Mas eu sabia que no final de tudo, eles sempre lutavam por quem amavam.

Quando eu completei treze anos, Aeron foi chamado para a guerra. A Triarquia começava saquear navios de Sor Corlys, e assim a guerra de Degraus começou. Aeron com seus quase dezesseis anos não se opôs ao campo de batalha, ele ia com toda a sua coragem e destreza, levando Balerion consigo.

Eu ainda me lembrava do primeiro voo deles, pouco depois que eu havia chegado a Porto Real, a Rainha Alyssane estava em seus últimos dia, Baelon permanecia ao seu lado, e todo o castelo continuava quieto por dias. Aeron na tentativa de fugir dos problemas, foi até o Fosso, e com toda sua força e vontade montou Balerion, batedores foram enviados pelo Velho Rei quando ele sumiu por entre as nuvens, mas logo o dragão desceu cortando as nuvens do céu, em uma velocidade gigantesca.

Fazia três anos desde que Aeron tinha partido, suas cartas passaram de um grande alívio, para uma dor grotesca. Cada carta era a lembrança de que estava solitária, quando criança havia pelo menos algumas garotas mais velhas do que eu, algo que já havia acabado, e agora, eu estava só. Mas a última carta foi a melhor entre todas elas, ele voltaria, e Dandelion que havia partido há um ano também.

— Dê esse chá para a rainha após todas as refeições. — O Arquimeistre Vaegon me entrega a infusão de ervas que eu havia solicitado. A Senhora Aemma havia passado por mais uma gravidez e parto doloroso, era o quinto natimorto, oitava gestação se fôssemos contar as crianças que foram perdidas em poucas luas. Seu corpo estava fraco, e isso me preocupava.

— Já passamos por isso diversas vezes. Eu sei o que devo fazer.

— Ansiosa?

— Para que?