Após longas discussões sobre a ida de Sakura na missão, Sasuke cedeu, ele sabia que já não havia para onde ir e que se ela o havia desafiado para comparecer, ela certamente iria com ou sem a sua permissão. Então sob um sol radiante o casal atravessou juntos os portões de Konoha, tal qual a última vez que o fizera, equipados com seus respectivos trajes e máscaras, e assim partiram pelo interior da floresta em um caminhada tranquila.
- você se lembra da última vez que estivemos em uma missão assim? - Sakura indagou contente.
- me lembro muito bem, você quase morreu. - o moreno respondeu ácido.
- não aquela, mas a última vez que foi tão agradável assim. - comentou ela.
- onde está querendo chegar? - ele a importunou.
- o nascimento de Ai. - ela revirou os olhos demonstrando ironia. - não se lembra?
- foi tão assustador quanto a última vez. - murmurou a contragosto.
- ora Sasuke! - bufou irritada. - eu sei que foi difícil, mas foi fofo. - ela rebateu.
- fofo? Estávamos no meio do nada com incontáveis ninjas atrás de nós, tivemos sorte de sairmos todos vivos. - os olhos dele a encararam friamente.
- certo, não nego que foi assustador no início.
- no início? Sakura, saímos em missão sozinhos e retornamos duas semanas após o estipulado, sem completar a missão e com uma criança em seu colo. - contou. - lhe afirmo com segurança que tudo foi terrivelmente assustador do início ao fim.
Sasuke notou quando a rosada abaixou o olhar, como se estivesse magoada com a situação, ele não queria ser indelicado pois sabia que por mais horrendo que tivessem sido aqueles dias, havia uma certa memória afetiva, foi um momento especial na pior das circunstâncias.
- sei que foi difícil para ambos, mas também sei que foi um bom momento, Ai veio do jeito que deveria vir e já passou. - ele constatou amigavelmente.
Sakura sorriu levemente, foram palavras confortáveis de serem ouvidas e que lhe trouxeram nostalgia. A Uchiha jamais se esquecerá do dia em que sua caçula veio ao mundo, da forma mais inesperada e desesperada possível.
***
Sasuke estava na dianteira enquanto Sakura permanecia alguns passos atrás dele, não havia diálogo durante as missões apenas um desconfortável silêncio, Sakura andava em passos mais lentos incomodada com uma dor insistente, desde a noite anterior que ela sentia breves contrações, ela havia evitado de contar para Sasuke sobre a dor pois sabia o que ele faria em uma situação dessa, ela ainda estava na 37° semana de gestação, era improvável que aquela criança fosse nascer agora.
Era improvável na mente de Sakura, até ela sentir um líquido quente escorrer entre suas pernas.
Seu corpo paralisou e suas pernas não saíram do lugar, ela arregalou os olhos ainda sem entender o real sentindo, seus lábios se entreabriram tentando esvaziar a lufada de ar que lhe afligiam os pulmões. Sasuke notou a ausência dos barulhos que os passos dela emitiam, ele se virou em pose de ataque, mas não existia nada para ser atacado ou defendido, apenas sua companheira de viagem em estática a alguns metros dele, Sasuke franziu o cenho desentendido.
- Sakura? - ele indagou sério.
- m-minha bolsa... - Sakura balbuciou. - a minha bolsa estourou!
Sasuke retornou a postura de antes, e em passos apressados foi ao encontro dela.
- sua bolsa estourou? Como assim? - ele falava perplexo.
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Fiksi Penggemar//Conteúdo +18// "O sentimento de se sentir parte de algum lugar, mesmo não estando exatamente em casa." Aquelas palavras proferidas por Sakura nunca fizeram tanto sentido quanto naquele momento. Após um ano afastado das dependências de Konoha, Sasu...