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E p i s o d i o 16  P a r t e 2

Aleksios P.O.V:

Davina e eu estamos sentadas na velha cama de Davina no sótão. Davina está sentada ao meu lado, ofereci meu colo, mas ela apenas balançou a cabeça 'não' com as bochechas coradas. Cami está de pé perto da cama, olhando para o meu amor com simpatia em seus olhos.

— Davina? – Cami se senta na cama e abraça Davina, me olhando com cautela. Eu teria revirado os olhos se não estivesse tão preocupada com a bruxinha, que parecia com medo de se mexer se eu não estivesse ao seu lado. — Você quer me dizer o que aconteceu?

Davina começa a chorar e eu olho para
Cami, mas parei quando Davina começou a falar.

— Eu morri. E no começo, eu estava sozinha, mas depois eu os ouvi. Vozes, sussurrando para mim.

Imediatamente, um sentimento de pavor e simpatia tomou conta de mim. Os ancestrais.

— Quem? – perguntou Cami.

— Os ancestrais. Eles estão tão zangados comigo. Eu usei meu poder contra o meu, e eles disseram que fariam coisas horríveis comigo se eu usasse minha magia novamente. – Davina nos diz com uma voz triste e meu sangue ferve. Estou prestes a abrir a boca e ameaçar as bruxas quando sou cortada.

— Você não pode matar todo mundo que tenta me machucar, Aleksios. – A bruxa recém-ressuscitada me diz, virando-se para mim e me dando um olhar aguçado.

E por que diabos não? – Eu respondo, meu tom de voz lembra um gemido e ouço Cami tentando encobrir uma risada com uma tosse, mas não presto atenção a ela enquanto sou capturada pela beleza ao meu lado. Fica quieto por um tempo antes de Davina de repente declarar:

— Porque eu disse assim.

— Tudo bem. – eu bufo em concordância. — Mas se houver tanto um arranhão em você por causa deles, eu vou matá-los e você não será capaz de me deter.

— Ela realmente tem você enrolada em seu dedo, não é? – Cami deixa escapar e eu me viro para ela. Sua expressão se transforma em pânico e eu sinto Davina endurece ao meu lado. Mas em vez de ficar com raiva dela, eu sorrio.

— Sim. – Eu digo a ela, balançando a cabeça e o sorriso não vacilando e nem um pouco com medo de admitir isso porque ela me tem em seu dedo. Voltando-me para o meu amor, vejo que suas bochechas estão coradas e estendo a mão e coloco um beijo em uma delas, fazendo-a corar ainda mais.

°•°•°•°•°

Um pouco depois, Cami continua tentando ajudar Davina a se curar de suas experiências no Limbo Ancestral e ainda não ouvi nada dos meus irmãos e estou começando a ficar preocupada. Talvez eu devesse ter ido lá e voltado para Davina. Mas eu sentia tanto a falta dela e não queria deixá-la. Talvez isso seja egoísta, mas depois de mil anos de lealdade inquestionável, acho que posso ser egoísta pelo menos uma vez, certo?

— Eu estudei os efeitos do trauma e do abuso. As bruxas que forçaram você a fazer esse ritual, elas mentiram para você. Elas te machucaram. – A loira fala para minha beleza morena e eu reviro os olhos.

— E diga-me, doutora, o que eles dizem é o tratamento recomendado para ser torturado por um bando de bruxas lunáticas mortas em um Limbo Ancestral? – Eu perguntei, sarcasmo revestindo meu tom.

Meu comentário não foi apreciado por Cami quando ela me deu um olhar e eu sorri porque isso nem me perturbou. O que me perturbou foi o golpe certeiro no meu lado.

— Au! – Eu exclamei e me virei para Davina. — O que foi isso, amor? – Eu pergunto a ela, franzindo a testa e esfregando meu lado, mas ela não me responde, em vez disso, ela estende a mão e coloca um beijo na minha bochecha, fazendo com que a carranca desapareça e um sorriso assuma meu rosto. Sinto o sangue subindo para minhas bochechas e sei que estou corando. Eu me aproximo dela e passo um braço em volta de sua cintura e ela se aconchega ao meu lado o melhor que pode. Dou um beijo em sua têmpora e me viro para Cami.

HER LOVE •Davina Claire• PT-BR Onde histórias criam vida. Descubra agora