Os Comensais da Morte

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Capítulo trinta e três: Os Comensais da Morte. — Héstia Jones leu. 

Imediatamente, a maioria dos presentes virou-se para encarar tanto Lucius Malfoy quanto Regulus Black, pois, após a descoberta nada discreta ontem à noite do rapaz ser o irmão de Sirius Black, não foi tão difícil entender que estavam falando do herdeiro Black que se aliou aos comensais. 

O homem de cabelos loiros sentiu-se repentinamente nervoso em saber que todos saberiam os detalhes do que ocorreu no cemitério naquela noite. Ele lançou um olhar bastante significativo para a esposa, que o olhou furiosa por saber dos problemas em que Malfoy colocaria toda a família. Se não houvesse tantas pessoas no salão, ela com certeza teria dito algo como "Eu avisei para você não responder ao chamado da marca, Lucius. Eu disse que você nos colocaria em problemas!"

Voldemort desviou o olhar de Harry e começou a examinar o próprio corpo. Suas mãos eram como aranhas grandes e pálidas; seus longos dedos brancos acariciaram o próprio peito, os braços, o rosto; os olhos vermelhos, cujas pupilas eram fendas, como as de um gato, brilhavam ainda mais no escuro. 

— Que horror, ele é ainda mais feio do que eu pensava. — um terceiranista da Corvinal comentou.

Ele ergueu as mãos e flexionou os dedos com uma expressão arrebatada e exultante. Não deu a menor atenção a Wormtail, que continuou tremendo e sangrando no chão, nem à enorme cobra, que reapareceu em cena e recomeçou a descrever círculos em torno de Harry, sibilando.

— Ah, não. — disse Dean Thomas à menção da cobra. 

— Ele percebeu que a situação já era digna de vários "ah, não" antes mesmo da cobra voltar, não é? — Rony perguntou para Hermione em um sussurro.

— As prioridades de perigo dele são as mesmas que as suas com aranhas, Rony. — a garota respondeu. 

Voldemort enfiou um dos dedos anormalmente longos em um bolso fundo e tirou uma varinha. Acariciou-a gentilmente, também; depois ergueu-a e apontou-a para Wormtail, e ela o guindou do chão e atirou contra a lápide a que Harry estava amarrado; o bruxo caiu aos pés da lápide e ficou ali, encolhido, chorando. Voldemort voltou seus olhos vermelhos para Harry e soltou uma risada, aquela sua risada aguda, fria e sem alegria. 

As vestes de Wormtail agora estavam manchadas de sangue brilhante; o bruxo enrolara nelas o toco de braço. 

– Milorde... – disse ele com a voz embargada – milorde... o senhor prometeu... o senhor prometeu...

— Espero que a dor seja insuportável.  — Sirius falou em um grunhido raivoso. 

– Estique o braço – disse Voldemort indolentemente. 

– Ah, meu amo... obrigado, meu amo... 

Wormtail esticou o toco sangrento, mas Voldemort deu uma gargalhada. 

– O outro braço, Wormtail. 

– Meu amo, por favor... por favor... 

— Ele realmente acha que implorar ao bruxo mais sem coração que já existiu vai ser útil? — Frank questionou, definitivamente irritado. O homem não costumava guardar rancor das pessoas, mas isso obviamente não se aplicava para alguém que traiu a todos e, ainda por cima, trouxe de volta o bruxo das trevas mais poderoso que já existiu.

Voldemort se curvou e puxou o braço esquerdo de Wormtail; empurrou a manga das vestes do servo acima do cotovelo e Harry viu que havia uma coisa na pele, uma coisa que lembrava uma tatuagem vermelho-vivo – um crânio, com uma cobra saindo da boca –, a mesma imagem que aparecera no céu na Copa Mundial de Quadribol: a Marca Negra.

Changes are Coming - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora