Priori Incantatem

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Capítulo Trinta e Quatro: Priori Incantatem. — Kate Bell leu.

— A reversão do feitiço? — Lily questionou espantada. 

— É possível reverter um feitiço? — um quartanista da Sonserina perguntou.

— Não seja burro, é só uma forma de dizer. — uma corvina do quinto ano respondeu. 

Wormtail aproximou-se de Harry, que tentou se aprumar para sustentar o corpo antes que as cordas fossem desamarradas. Wormtail ergueu a nova mão prateada, puxou o chumaço de pano que amordaçava Harry e então, com um único movimento, cortou as cordas que prendiam o garoto à lápide. 

Houve talvez uma fração de segundo em que Harry poderia ter pensado em fugir, mas sua perna machucada estremeceu sob o peso do corpo quando ele firmou os pés no túmulo mal cuidado, ao mesmo tempo que os Comensais da Morte cerraram fileiras, apertando o círculo em torno dele e de Voldemort, e os claros que seriam dos Comensais da Morte ausentes se fecharam.

— Quem dera se você soubesse aparatar. — Seamus comentou. 

Wormtail saiu do círculo e foi até onde jazia o corpo de Cedric, e voltou trazendo a varinha de Harry, que ele enfiou com brutalidade na mão do garoto sem sequer olhá-lo. Depois, Wormtail retomou seu lugar no círculo de comensais que observavam. 

– Você aprendeu a duelar, Harry Potter? – perguntou Voldemort suavemente, seus olhos vermelhos brilhando no escuro.

Merlin, por favor, ele só tem catorze anos, era tudo que passava na mente de James, que sentia como se fosse desaprender a respirar a qualquer momento. A sensação de impotência era maior do que quando ouvira Dumbledore contar sobre Harry fazer parte de uma profecia em 1980 — caralho, aquele dia foi horrível, afinal, não há exatamente uma forma de processar que seu filho de meses de vida está destinado a derrotar um bruxo das trevas. 

Ao ouvir a pergunta Harry se lembrou, como se pertencesse a uma vida anterior, do Clube dos Duelos em Hogwarts que ele frequentara brevemente há dois anos...

— E bota brevemente nisso. — Rony comentou. 

a única coisa que aprendera tinha sido o Feitiço para Desarmar, "Expelliarmus"... e de que adiantaria isso, mesmo que ele pudesse privar Voldemort de sua varinha, quando ele estava rodeado de Comensais da Morte e em desvantagem de, no mínimo, trinta a um?

— É por causa de situações como essa e até menores que nós devíamos ter aulas práticas de Defesa Contra as Artes das Trevas. — Parvati Patil disse, mantendo o olhar direcionado a Umbridge durante todo o tempo.

— Espera, o que? — Marlene questionou. — Vocês não têm aulas práticas?! Mas como é possível aprender a se defender sem aulas práticas?! 

— Não se aprende. — Hermione disse em um suspiro. 

Ele jamais aprendera nada que o tivesse preparado minimamente para uma situação dessas.

— Você nem devia ter que passar por uma situação dessas. — falou Lily, lembrando-se da mais nova causa que ela atribuiu aos motivos para continuar lutando após seu filho nascer: garantir um futuro seguro para ele. Ela não consegue digerir que aquilo tudo, no final, não protegeu Harry do perigo, mas, pelo contrário, apenas o colocou no centro dele.

Sabia que estava enfrentando aquilo contra o qual Moody sempre o alertara... a Maldição Avada Kedavra, impossível de bloquear – e Voldemort tinha razão –, desta vez a mãe de Harry não estava ali para morrer por ele... não contava com proteção alguma... 

Changes are Coming - Harry PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora