Harry estava fazendo as malas para partir na noite anterior à partida do trem para Hogwarts. Energia nervosa zumbiu em suas veias. Fazia dois dias desde a confissão noturna de Ginny para ele – as coisas entre eles estavam tensas e quietas. Remus foi o único adulto a perceber isso. Sua resposta não foi o que Harry esperava.
"Você teve uma briga?" O lobisomem perguntou no café da manhã de domingo depois que os outros foram embora.
Harry manteve a cabeça baixa, o queixo no peito.
"Harry... todas as famílias brigam. Vocês terão uma briga, ficarão bravos um com o outro por um tempo, e então as coisas voltarão ao normal. Acontece. Ela é sua irmã agora, lembre-se disso."
Harry ficou quieto, sem vontade de quebrar a calma segurança do homem mais velho. As coisas não estavam bem, eles não eram família, e... Ele afastou os pensamentos. Eles não fizeram nada pelo humor dele e só serviram para deixar Sirius ainda mais desconfiado dele.
Ele estava realmente ansioso para Hogwarts novamente.
Eles chegaram à Estação King's Cross com uma bagunça de baús e uma nova coruja para Gina – Edwiges, Harry percebeu com um súbito e culpado sobressalto, ainda estava na casa dos Malfoy. Neville havia encontrado a longa fila de carrinhos que eles normalmente usavam. Harry se aproximou depois que Neville segurou a dele, a mão envolvendo o guidão de plástico e metal antes que Sirius o impedisse.
"Huh?" Ele passou as palavras de Sirius em sua mente novamente. "Mas por quê ?"
"Nós temos uma discussão com o diretor que precisa acontecer agora, Harry." Sirius estava com as mãos plantadas nos quadris. "Vá ver Neville - deste lado da barreira, por favor. Então nós vamos."
"Mas..."
"Não discuta, Harry."
Ele deu ao animago um olhar de reprovação, mas permitiu que Neville o afastasse.
"Aqui," Neville deslizou uma nota no bolso de Harry, longe de olhares indiscretos. "Essa é a última das cartas que recebi de Blaise. Vejo você na escola, tudo bem?"
"Sim," Harry agarrou o braço de Neville. "Obrigado. Você não tem ideia do quanto eu lhe devo."
"Não se preocupe com isso," Neville respondeu com uma piscadela. Ele se virou com uma risada, acenando para os Blacks, antes de sair com seu carrinho em direção à barreira.
"Nós temos que ir agora, Harry."
Ele se virou para encarar Sirius. "Eu pensei que o único caminho para Hogwarts era de trem?"
"Vamos por chave de porta." Sirius os levou para um canto sombrio. Harry sentiu seus pés grudarem no chão.
"Sírius..."
"Harry, venha agora. Temos que ir."
"Mas..."
"Harry Potter, é apenas uma chave de porta!" Sirius franziu a testa para ele, olhos afiados. "O curandeiro Fondorn disse que era bobagem um bruxo ter medo de algo normal para o nosso mundo. Agora, venha."
Harry não conseguiu esconder uma careta dos olhos do homem. "EU..."
"Harry, às vezes me pergunto o que seu pai diria se pudesse vê-lo agora," Sirius disse com um suspiro áspero. Ele agarrou o braço de Harry, mesmo quando Harry estava congelado demais para se mover com as palavras, e ativou a chave da porta. O mundo caiu debaixo dele. O pânico subiu por seus ossos.
Ele caiu em uma pilha do lado de fora dos portões de Hogwarts. Sirius estava de pé acima dele, a carranca ainda no lugar.
"Venha, Harry." Ele estava com as mãos nos quadris.
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Para Trilhar um Caminho Estreito - Continuação de Faith
FantasiaA continuação de Faith. Toda ação tem uma reação e nem todas são boas.