Kirisuna - Um amor para se conquistar

Arco I - Parte VI - Café da manhã

Quando Minetaka e Midori chegaram na sala se depararam com Suguha sentada em um dos sofás, com a cabeça baixa balançando as pernas para frente e para trás, os dois sentaram-se no sofá que ficava de frente para o qual a garota estava.

— Filha, porque tratou Kazuto daquela forma? Você não é assim, e agora que ele faz parte da família precisa se sentir acolhido — disse Midori com uma expressão triste.

A garota nada respondeu ainda olhando para o chão.

— Suguha, sua mãe está falando com você, olhe para ela, já não basta o que disse mais cedo para Kazuto, um garoto que sequer conhece direito — disse Minetaka em tom sério.

A garota olhou para sua mãe — Eu não gosto dele, para que adotar mais um filho, eu não sou o bastante? — respondeu irritada.

Midori franziu as sobrancelhas — Suguha! Como pode dizer isso? nós te amamos — disse em tom levemente mais alto.

Minetaka encarou os olhos de Suguha como se estivesse olhando para sua alma — Filha eu e sua mãe fazemos de tudo por você, não diga algo assim, nós adotamos Kazuto pois ele é um garoto que já sofreu muito e precisa de uma família para acolhê-lo, ficamos sabendo que ele estava bem no orfanato mas ele não poderia ficar lá pra sempre, conosco ele terá alguém para conversar pelo resto da vida, queremos dar à ele o amor e o suporte dos pais que não estão mais com ele, consegue imaginar o que é ser de maior tendo que viver sozinho? Num país como o nosso se você não tiver suporte não poderá sequer fazer uma faculdade, irá ter que trabalhar só para sobreviver, não espero que você entenda, mas dê uma chance à ele — disse em tom sério.

Suguha após ouvir as palavras do pai apenas abaixou a cabeça — Se ele estava bem no orfanato deveria ter ficado por lá mesmo — pensou.

— Espero que você tenha aprendido a lição, tente se dar bem com Kazuto que a partir de agora é seu irmão, tivemos essa conversa hoje pois foi seu primeiro contato com ele e ainda é nova para entender tudo, mas se eu souber que o tratou mal novamente você será castigada entendeu? — disse Midori em tom sério.

A menina apenas assentiu ainda olhando para baixo e seus pais a liberaram.

11 de Janeiro de 2016 – Residência dos Kirigaya

No outro dia o garoto de olhos negros acordava em sua nova casa, a luz do sol adentrava a janela do quarto e iluminava metade de seu rosto, devido à isso só abriu um dos olhos e ao observar o teto estranhou.

— Está diferente — pensou.

Aquele não era o teto de sempre, ao sentar-se reparou que não estava num sofá como de costume, mas sim em uma cama, não estava em uma sala e sim em um quarto.

Essa confusão pouco durou pois logo se lembrou que no dia anterior estava indo para a casa de seus pais adotivos, mas não se lembrava o que aconteceu no meio do caminho, de toda forma ele se sentia revigorado.

Kazuto espreguiçou-se e então colocou os pés no chão para levantar, após isso ele andou até a janela e ao abri-la pôde observar melhor a rua e as casas vizinhas. Foi então que ele percebeu que o cômodo em que se encontrava estava em uma altura diferente.

O garoto ficou maravilhado ao entender que se tratava do segundo andar da casa, devido aos seus pais biológicos não terem condições financeiras muito boas sua casa era de um andar apenas, no orfanato e escolas que frequentou também era assim então aquela era uma experiência nova para ele.

Pelo que Saori disse sua família adotiva morava em uma grande cidade chamada Aincrad, em seu campo de visão ele não encontrou muitos prédios próximos mas olhando um pouco além conseguia enxergar uma enorme quantidade.