Capítulo 29

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Pov. Chistopher

Estaciono meu carro na garagem e entro em casa pelas portas dos fundos, entro na sala e ignoro todas as pessoas e vou para meu quarto. Fecho a porta e a tranco.

- Filha da mãe! – Grito enquanto tiro meu paletó o jogando no meio do quarto. Pego um copo de uísque e o encho com qualquer bebida que deixei em uma mesa no canto. Eu meio que abasteci meu quarto com algumas garrafas desde que os problemas começaram a tomar conta dessa casa.

Caralho, o que a praga dessa mulher está fazendo comigo? Não consigo tirar ela da mente agora. Ela fica girando e voltando sempre que tento pensar em outra coisa, e agora para inteirar descubro que a prejudiquei sua vida sem mesmo ter a intenção, sem mesmo a conhecer.

Meu Deus, ela dormiu na rua por minha causa. – meu peito apertou e uma raiva de mim mesmo me sobe. Pego meu copo de uísque que nem cheguei a tomar e o ataco contra parede tentando desesperadamente aliviar minha mente. Eu merecia cada palavra que ela jogou na minha cara hoje.

Estava estressado pois a ver machucada e sentindo dor por minha culpa, me dói profundamente, e para inteirar ainda teve a briga com Estefânia, a partir de agora está tudo acabado, não sei nem se tenho capacidade de olhar para ela depois disso. Mas provavelmente ela já se tocou disso.

O que diabos estou pensando? Isso não é desculpa, eu reclamei por Dulce ser uma pessoa boa, caramba eu devia era elogia-la e não humilha-la por isso.

- Maldita noite, estava tudo tão perfeito, até nossa dança estava... perfeita. – suspiro e me sento na cama. Como será que ela está? Será que dormiu? Sua dor voltou? Esse pensamento me desagrada e tento tirar da minha cabeça.

Maldita atração. Quem estou querendo enganar? Eu tenho atração por ela, até seu jeito frágil me atrai, caralho. Talvez se eu conseguir que ela fique comigo uma única vez, essa atração acabe...penso. É a minha melhor opção. Ela na minha cabeça está me fazendo mal.

Preciso sair dessa casa antes que fique louco.

Levanto, pego meu paletó no chão e saio. Ignoro todos novamente, mas dessa vez Adam me obriga a parar.

-Que isso cara? Aconteceu alguma coisa? É Dulce ? – ele pergunta preocupado, estou tão transtornado que me irrito ao ver preocupado com Dulce .

-Não é da sua conta. – me retiro mais ele vem atrás de mim.

-Tá, só me fala se ela está bem. – ele insiste.

-Ela está, ela levou vários pontos, mas já está bem.

-Ela está no quarto? Queria vê-la.

-Ela está dormindo, Adam, o melhor seria deixa-la em paz por um tempo. – Ela não deve ter dormido ainda, mas não quero deixa-la a sós com Adam. Grande pensamento Christopher . Preciso me tratar, senhor!

Eu sei que ele percebeu que eu bebi. Provavelmente quer me proibir de sair, mas não vai adiantar e ele sabe disso também pois dá um passo para trás.

Saio de perto dele e ele não me segue, entro no mesmo carro que usei mais cedo e giro a chave, mas antes de sair, vejo as marcas de sangue no meu estofado, meu coração aperta e eu sinto uma imensa vontade de ver se Dulce está bem.

Logo abaixo, no chão está a receita dos remédios que ela deveria tomar.

Ela deve ter deixado cair quando saiu correndo da droga do carro.

Meia Noite e Um - ADAPTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora