Cupid Mission - WOLFSTAR

XXI:

R.J.L:

Algumas semanas depois.....
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- Vejo que as consultas tem tido resultado. - Grindelwald disse depois que deitei no sofá para mais uma consulta.

Após minha primeira consulta a semanas atrás a pergunta pendente sobre como desenvolver amor próprio, continuou na minha cabeça, fazendo com eu pedisse ajuda a Peter, James, Reggie e Sirius. Que após sorrirem e falarem por horas sobre o quanto estavam orgulhosos, finalmente me deram conselhos sobre o assunto.

No mesmo dia cheguei a conclusão que ninguém no mundo tinha mais autoestima do que Sirius e Regulos, Peter até mesmo brincou falando que o amor próprio de um Black poderia ser doado pra toda Hogwarts que ainda sobraria pra eles.

Memorizei com perfeição todas as palavras e conselhos dos marotos, assim como também gravei as palavras de Grindelwald na minha primeira consulta.

O conselho de James foi algo fácil de memorizar entretanto difícil de por em prática. Ele disse que ser um lobisomem e ter cicatrizes era algo que fazia parte de mim. Era algo que fazia com que eu fosse o Moony deles, o único e insubstituível Moony - Palavras doces que me fizeram sorrir. - falou que quando eu estivesse triste ou desanimado pra mim fotografar algo, ou fazer o que me faz feliz, assim quando a tristeza passar, as imagens felizes que fotografei iriam permanecer restando apenas o equilíbrio do que em um momento foi tristeza e agora era alegria.

Peter disse que eu era lindo e que a minha pessoa tinha caido do céu para tomar lugar no posto das estrelas da terra, e falou que eu deveria me enchergar com outros olhos, pois eu era o brilho da lua misturado com as estrelas. Essa frase fez com que eu ficasse envergonhado e estranhamente feliz.

Regulos comentou com um tom descontraído e sorridente que para amar a mim mesmo eu não precisava da permissão de ninguém, disse que eu tinha que encontrar os motivos e as motivações certas que me impulsionariam pra cima. Que as minhas feridas se exploradas por um lado positivo, iriam se tornar um motivo de força não de fraqueza, pois quando eu fizesse isso, finalmente eu entenderia que estava no caminho do tão falado amor-próprio e bem-estar pessoal.

E teve o conselho de Sirius....

Ele disse que não importa o que digam sobre mim ou as opiniões alheias, o importante era que eu percebesse o quão magnífico era, porque segundo ele, eu sou a música dentro de uma linda melodia de um poema cantado. Pois as pessoas desajustadas dos padrões impostos pela sociedade eram cheios de lindos erros e imperfeições, entretanto o sol sempre brilharia para iluminar essas pessoas, porque a perfeição está nas cicatrizes de cada batalha travada, seja ela ganha ou perdida.

Com o decorrer dos dias coloquei em prática todos os conselhos dos marotos, assim como os conselhos de Grindelwald. Foi difícil e assustador no começo, principalmente pelo fato de que depois que comecei a tomar uma iniciativa, os alunos de Hogworts começaram a me notar de forma alarmante.

No começo pensei que eles me encaravam em julgamento, porém a explicação de um Sirius emburrado - E ao mesmo tempo feliz por mim. - falando que os alunos estavam apenas recobrando o cérebro que lhes faltava, e que eles estavam me enchergando do jeito que ele me via. Essas palavras tinham sido o suficiente para que eu ficasse tímido e corasse por alguns minutos.

Sorri ao terminar de contar meu progresso para Grindelwald que tinha um brilho minimamente orgulhoso nos seus olhos.

- O que aprendeu no decorrer de todo esse progresso e com os conselhos dados por seus amigos?

Mordi o lábio inferior, tentando colocar tudo o que eu sentia em palavras. Quando consegui pensar em algo falei enquando me sentava no sofá:

- Eles me mostraram milhares de motivos para me amar. Me ensinaram que tudo na minha pessoa vale apena, a começar pela minha respiração e ao terminar com minha trajetória. Me fizeram ver que meu passado, presente e futuro dependem de mim para acontecer e que todos os fatores que me levaram a viver hoje fazem parte de quem eu sou. Mesmo todas as cicatrizes dos meus erros formam uma constelação apenas minha. Para julgar, admirar, sorrir ou chorar.