10: Resfriado?

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POV Tyler

Após resolver a situação com Vicky, fico com ela até a mesma cair no sono. O que não demora muito, pois minha garotinha estava bem cansada. Vicky é uma menina difícil... Porém é a minha menininha.

Quando eu soube que Manu estava grávida de óctuplos confesso que a surpresa foi enorme. Claro que na minha família a genética de gêmeos sempre esteve muito presente. Mas Alex até então era o único que havia tido mais de dois de uma única vez. Oito bebês... Minha primeira impressão era a de que viriam apenas meninos. Pois em minha família a tendência sempre é de vir meninos. Porém mais uma vez me surpreendi. Quando soube que eram seis meninas e dois meninos pensei que fosse surtar. Como lidar com seis meninas de uma única vez?? Com Liz já havia sido difícil, ela era extremamente independente e cheia de manias. Conforme foi crescendo isso se tornou mais evidente e o tempo que tivemos com nossa ruivinha foi consideravelmente pouco. Ela cresceu tão rápido...

Por isso decidimos fazer diferente com os óctuplos, sabíamos que eles iriam crescer rapidamente também, porém também sabíamos que eles são praticamente imortais. E eu também sou... Então temos todo o tempo do mundo para eles se tornaram adultos. Não importa o tamanho que tenham, decidimos prolongar a infância e adolescência dos oito. O que acabou se encaixando bem, pois nenhum deles age como se tivessem dezoito anos. Eles ainda têm muito a aprender.

Ainda falta muito para que algum deles consiga o título de adulto. Foi uma decisão que Manu e eu tomamos, e ao meu ver está dando muito certo. Eles estão aproveitando muito e nós também.

Max e Cath são nossos bebês ainda, eles são extremamente infantis se comparados aos demais. E isso não é empecilho para nós. Pelo contrário, Manu e eu estamos felizes que eles possam estar em uma fase que lhes façam feliz sem se importar com o julgamento das pessoas. Eles entendem perfeitamente as coisas, mas tem esse jeitinho único. Me lembram muito o Jack, meu sobrinho quando morava com o pai.

Jack está noivo atualmente, ele ainda vive em Los Angeles porque não consegue ficar mais de uma semana longe dos pais. Embora tenha amadurecido bastante, o menino ainda é extremamente carinhoso com Joey e Emilia.

Saindo do quarto encontro Catherine riscando a parede do corredor. É disso que eu estou falando, ela sabe que é errado mas seus impulsos falam mais alto ainda. Realmente como uma criança. Tem momentos em que ela está mais "madura" e outros que está assim.

Minha garotinha está sentada no chão com sua caixa de canetinhas coloridas aberta e espalhadas pelo piso branco.

Respiro fundo ao olhar a parede do meu irmão toda colorida, com desenhos e frases.

— Catherine. – Chamo, automaticamente atraindo sua atenção para mim.

Ela dá uma pequeno pulinho no chão e arregala os olhos sabendo que foi pega no flagra.

— Oi papi...quer brincar? – Pergunta como quem não quer nada. Essa menina é bem esperta, tenho que admitir.

— De riscar a parede do seu tio? Nem sonhando. – Seguro o riso, acho que minha pequena herdou meu pequeno "talento artístico". Quando eu era mais novo, grafitar paredes era o meu hobbie favorito. – O que papai já te disse sobre isso?

— Hmm... Que não pode...?

— Exatamente. Até porque não estamos em casa princesa. – Digo pegando ela no colo com facilidade. Cath abraça meu pescoço com rapidez, ela adora colo assim como Max.

O fato deles serem baixinhos faz com que eles fiquem ainda mais confortáveis com isso. Eu aguento facilmente sem esforço algum, minha força vai além da de um humano comum. Afinal, eu não sou humano. Não completamente...

Desafio Winchester - Óctuplos em ação Onde histórias criam vida. Descubra agora