VALENTE; a única palavra digna para definir Deianyra Velaryon ╾ a única a sobreviver a sua inconstância. ❜
Em uma dança de dragões, habita uma fênix, que manchou o manto da tradição Valiriana, transformando um ovo de dragão em uma fêni...
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( CAPÍTULO DOIS )
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ATOU SUA ALMA À PROMESSA DE SANGUE
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SOBRE AS MONTANHAS, sob céus escuros, acinzentados, atados em trovoadas, lampejos de fúria, como se o Deus da Tempestade guerreasse, ateasse uma vingança visceral em seus inimigos terrestres. Deianyra encontrava-se à mil léguas da terra firme, os pés dormentes, o cansaço que arruinava seus batimentos, a dor que sufoca suas artérias, asfixia suas veias e a respiração dilui, diminui em um ritmo pavoroso, contrastando com o caos que seus olhos registram: uma batalha, da qual não poderia guerrear, estava presa, atada ao chão.
Duas figuras familiares a uma distância considerável. De vestes verde esmeralda, ostentando grandeza, embora suas barras estivessem ligeiramente puídas devido o ambiente instável, Alicent Hightower erguia-se, sua face envelhecida — mas sua figura esguia permanecia tão sinuosa quanto jovem —, demonstrando tratar-se de futuro pois ao seu lado, em uma intrigante batalha, habitava uma figura tão preciosa para a protagonista: Rhaenyra Targaryen.
Ela tornou-se uma mulher mais corpulenta, rosto de expressões fortes, de tranças guerreiras, sua beleza não diminuiu — nem um pouco — mas foram suas vestes pretas como ônix que chamaram-lhe atenção, o contraste entre ambas. Para completar, Deianyra percebeu um detalhe: elas esforçam-se para escalar uma montanha, até um trono que habitava no canto mais alto, dragões sobrevoavam os céus, em uma dança incomum, unindo-se, como em um cortejo pomposo, mesmo que desconfiasse que não existiam a melhor das intenções.
— Nyra..— a Velaryon ousou proferir, seus lábios arderam ao fazer. No segundo, outro dragão apareceu, sobre ele, montado um desconhecido, um homem de cabelos brancos, feições fortes, um lampejo de horror habitava nele, como se houvesse ódio, rancor e no instante que Alicent tropeçou entre as pedras até o trono, do qual Rhaenyra aproximava-se, cairia no infinito de léguas inexplorada, caso não fosse a ação daquele homem.
Ele segurou-a, beijou a testa de Alicent, sussurrou palavras, das quais Deianyra não poderia ouvir. Entretanto, o homem de cabelos prateados feito a lua a fitou, encarou como se quisesse reforçar que ele estava ali — de sua presença demoníaca —, para então, jogar a Hightower de uma vez sobre o abismo.
