× TWO

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ANNABETH
maio,2018
São Francisco, EUA

—Eu to bem Will!—digo ja estressada com meu amigo.

—É claro que não está Annie! Você ta vomitando a semanas, isso não é normal!— ele diz e faço uma careta.

—É só cansaço do trabalho!—insisto a ele, enquanto ele segura meus cabelos.

Faz três meses que fomos para Grecia e a viajem estava incrivel, o casamento de Clarisse ocorreu na semana seguinte e estava impecaval.
Mas durante esses três meses comecei a me sentir mal, essas ultimas semanas não conseguia parar nada no meu estomago sem vomitar, penso que seja pelo excesso de trabalho.

A vontade de vomitar vem com tudo e sinto o meu corpo mole e me agarro novamente na privada. Sinto todo meu café da manhã saindo pela minha garganta e a sensação horrivel deixada pelo corpo.

Talvez, mas só talvez Will esteja certo. Mas acredito que seja só o estresse causado pelo trabalho, no ultimo mês peguei muito trabalho para fazer, mais do que o normal.

—Annabeth...— o loiro insiste mais uma vez e o olho, ele estava com a expressão seria e preocupado comigo.

Ele me tem me falado a alguns dias para fazer alguns exames, vendo o estado que eu me encontrava. Eu sei que ele está desconfiado de alguma coisa, e quer ter certeza com os exames.

—Pare de ser teimosa Annie! Você ta machucando mais a si mesmo com essa teimosia! Seu corpo está pedindo ajuda e você não quer saber.— Solace diz enquanto prendia o meu cabelo em um coque todo deisleixado, ja que meus cabelos estavam grudados em minha pele devido ao suor.

—O que você acha que ela tem?— Thalia aparece na porta com um dos meus pijamas em mãos.— E você nem pense em trabalhar hoje Annabeth!— Ela me encara e faz uma expressão brava.

Faço um pequeno bico com meus labios e tento me levantar sem cair. Vejo que Will olha para Thalia serio e a mesma desvia os olhos para mim.

—Eu acho que estamos pensando na mesma coisa.—Ela fala para o loiro que me ajuda a sair do pequeno banheiro do corredor.

A morena pega sua bolsa e sai em direção a porta, me olha mais uma vez com os olhos preocupados antes de sair.
Troco a roupa suja com vomito e suor que eu usava, pelo pijama que Thalia havia me entregado, me sento no sofá e Will me entrega uma garrafinha de água.

—O que vocês dois acham que eu tenho?— pergunto encarando a garrafa em minhas mãos.

O loiro se ajoelha na minha frente e segura as minhas mãos. Seus olhos tinham um tom preocupado assim como os de Thalia quando saiu.

—Quando foi a ultima vez que você menstruou?— Arregalo os olhos com a pergunta e fico quieta.— Annie você tem colicas terríveis todo mês, e faz tempo que você não tem elas.

Não poderia ser o que ele estava pensando né? Minhas mãos começam a soar e fico enjoada. Corro ao banheiro novamente e acabo vomitando a água que tinha acabado de tomar.

Ele estava certo, minha menstruação não vinha a três meses e eu pensei que era normal, já que ha muitos relatos de mulheres que esse ocorrido acontece e não é nada de mais. Eu sei que estava sendo ingênua e eu estava preocupada, só queria pensar que não fosse algo ruim e me preocupar com isso.

—O que eu vou fazer se for isso?— meus olhos marejam enquanto falo.

O loiro me abraça com carinho, e então começo a chorar em seu ombro. Não queria acreditar no que estava pensando.

Minha melhor amiga abre a porta com uma sacola em mãos, ela retira três caixas de diferentes marcas da sacola. Três testes de gravidez.

—Vamos fazer isso num lugar limpo.—Will ajuda a me levantar e me leva ate o banheiro do meu quarto.

—Anne, independente do resultado, estamos aqui com você.—Thalia me da um beijo na testa e me entrega as caixinhas.

[...]

—Eu não quero ver, você não poder olhar por mim?- digo a Grace que agora fazia uma cara nervosa.

—Você tem que saber primeiro, não nós!- Ela aponta para si mesma e para o garoto que estava ao seu lado.

—Você tem que encarar o resultado Anne.— o unico homem presente diz tentando me encorajar, o que não estava funcionando muito.

Paro de andar em circulos e encaro a porta do banheiro, respira Annabeth! Se for negativo é otimo, se for positivo não sei o que irei fazer.

Seguro com força a maçaneta e abro a porta bem devagarinho, os testes estavam em cima do balcão da pia. Fecho os meus olhos e pego os tres em minha mãos.

1...2...3.

Abro meus olhos e sinto a minha pressão abaixar em um instante. Não consigo acreditar no que meus olhos viam.

Dois tracinhos vermelhos em todos os três testes.

Então me lembro do homem que eu acabei dormindo quando fui a Grecia. Ele era incrivel, seu beijo e seus toques faziam cada atomo do meu corpo vibrar, e ele era tão engraçado que acabei não resistindo.

Eu não era de dormir com caras que não conhecia, nem de gostar de transar só por transar e nunca mais ver a cara dos homens. Mas isso oconteceu, com o homem dos olhos verdes mais lindos que já havia visto.

Não me lembro muito dessa noite em si, só me lembro dos olhos lindos e o sorriso maravilho do homem que passei a noite. Na manhã seguinte estava disposta a pegar o número do rapaz, mas o mesmo saiu do quarto de hotel antes que eu acordasse.

—Maldita Afrodite!- grito com toda o fôlego que me restava, o que fez os meus amigos abrirem a porta desesperados.

A Deusa do Amor foi tão má comigo agora, me fez encantar no homem aquela noite, e agora estou aqui, sentada no chão do banheiro do meu quarto, com os olhos enchados de tanto chorar.

—E então?— A garota me pergunta quando eu me solto do abraço das pessoas ao meu redor.

—Tem um ser humano na minha barriga.- falo cabisbaixa e então percebo as palavras que disse, a ficha ainda não caiu, mas essas palavras soaram tão estranhas agora. —Foi uma noite, e eu nunca mais o vi! Por que essas coisas so acontecem comigo puta merda!

Mas sabia de uma coisa, mesmo que isso ainda fosse estranho. Eu amaria esse pequeno ser dentro de mim, não sei como vou ser uma boa mãe, já que a minha foi horrivel e não é um bom exemplo pra seguir. Mas eu iria me esforçar para ser a mãe que eu queria que tivesse.

🔆

me desculpem pela narração meio bosta.

Annie com os hormonios, o terror das pessoas!

Unexpected Lovely | PercabethOnde histórias criam vida. Descubra agora