28 - Exorcizando demônios

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Lembrem-se que essa fanfic é uma adaptação, então, por favor, me avisem se haver erros de personagens.

Boa leitura :)
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Rosé ainda não tinha me visto, mas meu rosto ficou vermelho do mesmo jeito. Ela olhava para a irmã, e havia em seus lábios um sorriso afetado, como se estivesse acostumada com os gritos no quarto dela.

- Estamos exorcizando nossos demônios. – Alice respondeu, olhando para mim. Foi quando Rosé virou, me viu e arregalou os olhos.

- Lisa? O que está fazendo aqui?

- Acabei de falar. – Alice respondeu por mim. – Estamos expulsando o mal do nosso corpo.

- Espera. Você também estava gritando? – Ela parecia não acreditar.

- Sim, ela estava. – Alice respondeu por mim de novo. – Agora sai. Talvez a gente tenha que gritar com você daqui a pouco. Vamos ter que gritar com ela?

- Não, não vamos. – Eu disse.

- Que pena. Tenho gritos ótimos. – Alice comentou.

Rosé cruzou os braços.

- Estou confusa.

- O irmão dela é um babaca. Os pais se orgulham disso. Estamos gritando de raiva. O que é tão difícil de entender?

- Seus pais não se incomodaram? – Ela me perguntou.

- Nem um pouco.

- Caramba. Sinto muito.

Dei de ombros.

- Não tem tanta importância.

Alice suspirou.

- Lisa, é muito importante. Estamos furiosas, por isso estamos gritando. Você não está brava com os seus pais por não reconhecerem o que sentem? Para de fazer o que eles te ensinaram.

Rosé sorriu.

- Você veio ao lugar certo. Aqui ninguém esconde o que sente. Se precisar, tem um balde de bolas de beisebol no quintal.

Alice sentou.

- Ah, é. Vamos levar as bolas para a casa do Karl.

- Casa do Karl? – Perguntei.

Rosé olhou para o celular, provavelmente para ver as horas.

- Não precisa levar a gente a lugar nenhum. – Eu disse. – Se estiver ocupada.

- Ela não está ocupada. Vamos nessa. – Alice decidiu.

- Na verdade, eu estou. – Rosé protestou. – Mas é sério, vai ajudar. Vocês duas deviam ir. – Ela acenou para mim e saiu do quarto, deixando a decepção em seu lugar.

- O que ela está fazendo? – Perguntei, tentando parecer casual. O olhar de Alice era a prova de que eu não tinha conseguido.

- Quem sabe? Talvez tenha combinado alguma coisa com os amigos. Ela tem alguns.

- Certo. – Passei um dedo pela borda do vaso onde ela guardava os vidros do mar. – Você sabe se ela falou com a Nayeon depois da festa? Ou o nosso esforço deu certo?

- Está preocupada com isso?

- Não... quer dizer, sim. Eu conheci a garota, e você tinha razão. Ela não serve para ela. Mas eu sei que a Nayeon ficou com ciúme da Rosé por ela ter me levado à festa. Minha preocupação é que o efeito do seu plano tenha sido o oposto do que você queria.

Girlfriend - Chaelisa Onde histórias criam vida. Descubra agora