Capítulo 61

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Desejo é um estado mental em que um indíviduo almeja algo. É visto como uma atitude proposicional em relação a estados de coisas concebíveis.

E, agora, longe um do outro, Minho tratava de chamar o outro lúpus entre abafos e pequenos gemidos, este que continha uma expressão envergonhada no seu quarto junto a Jeongin e Félix. Porém, sem sucesso. Os corpos ferventes necessitavam de toques, de beijos, de uma intensidade absurda.

Nos períodos de cio um alfa necessita de um ómega, assim como um ómega necessita de um alfa - explicitando apenas este caso, pois ainda há outros. As dores no ventre apenas cessariam se ambos estivessem juntos, se alguma relação sexual fosse realizada. Caso nada aconteça, o alfa e o ómega sofrem de dores constantes, apenas se não tomarem supressores, até que o parceiro ou parceira os resolvam ajudar.

Os sons que saiam do quarto de Minho eram obscenos, o nome do ómega saia incansávelmente, assim como as batidas e socos na porta de madeira, "pedindo" aos amigos que o deixassem sair.

- Seungmin...

- Não, não e não! - negou sério, voltando-se para o namorado nervoso. Bang estava encostado há porta do quarto de Minho, pensando seriamente se o outro estava a planear partir a porta pela forma em que este a socava. - O Minho está fora de controle, se ele coloca as mãos no Jisung, sabe se lá o que irá acontecer.

- É imoral da nossa parte fazer isso, Seung! - apontou Hyunjin finalmente cruzando os braços. - Eles amam-se, e mais uma vez, vocês sequer perguntaram ao Jisung o que ele queria!

- Oras, não é como...

- Não foi o que vimos quando saímos do celeiro! E, digo mais, já está na hora, não? Eu sei, e entendo, antes que digas o contrário, o que o Jisung passou, não retiro essa conclusão de ti. Mas, e se o Minho mostrar o lado bom do amor ao Ji? O Lee que eu conheço jamais, mesmo sendo o lobo que o está a controlar agora, ele jamais colocaria ou faria algo que magoasse o esquilo. Entendes?

O ómega nada falou. Hwang estava certo, enalteceu as capacidades e o controle que Minho tinha mesmo naquelas situações, lembrava-se claramente de quando o lúpus passeava em casa em pleno cio, isto quando não tomava supressores.

Mesmo pensando na hipótese de Jisung negar tal coisa, mesmo uma dor cruciante e aguda trespassou-o como um punhal, Seungmin não poderia negar, estava hesitante e receoso, todavia teria que deixar todos os sentimentos negativos de lado. E, como uma pequena distração ouviu Minho ditar-lhe do lado de fora.

- Vamos, trás o meu esquilinho! - afirmou o lobo baixo, sem qualquer requisito zombeteiro ou malícia, queria apenas enterrar o seu rosto na clavícula de Jisung e ficar ali por horas. Mesmo que não pudesse aliviar-se, Minho somente queria a presença do ómega, e começava a sentir-se desconfortável sem isso. - Jisung... - sussurrou o nome mais uma vez, farejando o ar entorpecidamente.

- PARA, SEU LOBO CHATO! - gritou Bang socando fortemente a porta do quarto. - Assim, conversem com o Jisung, se ele não entender o que está a acontecer, expliquem de forma resumida! Ok?

O alfa e o ómega, decidiram, então, que por fim seguiriam até ao quarto em que Jisung estava hospedado durante aquelas poucas horas, já que haviam decidido retirá-lo do quarto habitual por ser muito perto do de Minho.

Todavia, de nada adiantou, o cheiro do ómega chegava a todas as partes da mansão, e sendo um lúpus, o seu olfato era mais apurado que o de todos os outros. Já dentro do outro quarto, os dois rapidamente receberam a devida atenção do ómega lúpus, seguidamente dos outros dois amigos.

- C-como ele está? - indagou levantando-se repentinamente da cama. As suas pernas ficaram levemente bambas ao sentir o cheiro do alfa ficar ainda mais forte, para atrair Jisung até si. - Hm?

In The Middle Of The Night I • Minsung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora