Capítulo 86

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O espaço era coberto por uma mata densa, a terra sólida junto aos galhos secos não contribuiam para a máfia de Minho passar despercebida pelos inimigos. As botas batiam forte no terreno, deixando a localização do grupo evidente, todavia a G5K MP5 galaxy estava preparada para qualquer situação inesperada.

As íris mesclavam entre escarlate e castanho escuro, Lee não permitia que o seu lobo tomasse o controle, era cedo demais para tal ato. Necessitava de guardar forças para o restante da luta, até, pelo menos, enfrentar Minjun e Sohui.

Tinha conhecimento de que de facto era o suposto alvo da bomba no seu quarto. Pois, se fosse qualquer outro, a bomba não se localizaria no quarto principal e sim no núcleo da mansão, ou talvez no respetivo quarto do alvo.

Uma vez que Minho e Jisung eram visívelmente almas gêmeas, demonstravam mais carinho e afeição um com o outro, os pequenos detalhes nunca escapavam da visão da máfia do norte. E, cogitava a possibilidade de que o seu progenitor, ou até mesmo Byeong ou um outro traidor, vendeu informações da planta da casa, do seu relacionamento com a máfia, das suas rotinas diárias, e, talvez, um pedaço das informações que continham da família de Jisung.

Porém, qual o contexto da última opção?

Se Sohui estava o tempo todo com a máfia do norte, o cérebro das idealizações e projetos, a criadora de drogas e variados leilões, porque queriam investigações para averiguar o passado de Han?

Teria algo haver com o tal homem alfa, com o cheiro cítrico, que amparava Jisung e Duri? O alfa estaria por trás daquilo também? Não. Seria impossível. Ele os ajudou em momentos críticos, por que tomaria uma atitude arrogante e viraria as costas agora?

Ele estava vivo? Morto? Desaparecido?

Não continha quaisquer informações sobre o homem alfa, somente aquelas duas; cheiro cítrico e somente um mero alfa. Sem nome, ou um perfil mais elaborado, Minho e a máfia não conseguiam o ficheiro criminal, ou qualquer outro tipo de ficheiro. Estavam às cegas sobre o alfa, porventura, se o homem aparecesse estariam a caminhar sobre areias movediças, sem saber onde colocar o pé para não afundar.

Todavia, uma das suas mais incessantes perguntas importantes, era de como Sohui iludiu Jisung a ponto de distorcer as suas memórias. Revirou a mente do pequeno ómega lúpus e tornou-o frágil, rancoroso com o próprio progenitor, e todas as memórias boas foram distorcidas levando aos pesadelos constantes. Se a sua teoria estivesse certa, Jisung recuperaria as lembranças, uma por uma, sem qualquer deformação ou gatilho. E, faria de tudo para que isso acontecesse, nem que para tal coisa acontecer o alfa lúpus tivesse que abrir mão da coisa mais importante.

O seu amor por Han Jisung.

Voltando a emergir dos seus profundos pensamentos, ouviu uma respiração afoita nos seus auriculares, seguidamente de um choro e rosnados baixos. Jisung rosnava imponentemente para, quem percebeu ser, Han Duri.

- Min... M-min, por favor... - começou lamuriando baixo, as íris do ómega lúpus brilhavam em um intenso violeta, estava em posição de defesa, tendo Seungmin ao seu lado tentando acalmar o ómega tenso.

- Hannie? Meu amor. - proferiu calmo recuando breves passos ao sentir um cheiro desconhecido por si. Uma ómega carregando uma arma de baixa potência, caminhava ágilmente pelos destroços da pequena muralha e pelos galhos secos, sem proferir qualquer tipo de som. Era incrível o silêncio que o inimigo caminhava, todavia, sendo um lúpus sentiu o cheiro característico de rosas ao longe, assim como a respiração baixa.

Lee tinha os seus sentidos aguçados, não deixando de ouvir tudo ao seu exterior mesmo com a voz chorosa do seu ómega nos ouvidos. Jeongin, caminhava ao seu lado sem a sua sniper, desta vez portava uma rifle airsoft kalashnikov AK spetsnaz, atentava tudo ao seu redor, sem perder um detalhe das reações do líder.

In The Middle Of The Night I • Minsung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora