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Tédio

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Tédio.

Essa era a palavra que melhor definia meu sábado. Estava entediada, sozinha e com muita vontade de ficar bêbada em qualquer local insalubre, com companhias suspeitas e bebida de procedência duvidosa.

Infelizmente, é quando estou entediada que tomo as piores decisões possíveis.

Por conta disso, enviei uma mensagem para o número do único homem na Terra que eu deveria manter o máximo de distância possível.

"Vou parecer muito escrota se te mandar mensagem hoje perguntando se quer dar um rolê?" — Sierra

Alguns minutos de espera pareceram uma eternidade. Respirei fundo e considerei que ele não iria me responder, afinal, eu parecia muito uma garota que só queria companhia porque não tinha nada melhor para fazer.

Eu não me responderia.

"Seria escrota se não me mandasse mensagem. Conhece o Clube 37?" — Draken

A resposta me surpreendeu. Eu realmente não esperava um retorno dele, muito menos com uma sugestão de lugar para irem. Mais que depressa, eu decidi que não queria deixar a oportunidade passar.

"Conheço sim, não é muito longe da minha casa" — Sierra

"Te encontro na porta em 30 minutos. Não entra, eu conheço o dono e a gente vai pra um lugar mais legal lá dentro" — Draken

Com o encontro rapidamente marcado, dei um pulo do sofá e corri para o chuveiro, tomando um banho sem vergonha de tão rápido e me vesti sem enrolar.

Uma meia arrastão preta, um short curtinho, um cropped de manga longa listrado em preto e branco e uma camisa de banda de rock cortada para virar um cropped também. Apenas passei delineador e borrifei o perfume. Saí correndo de casa com minha bolsa, algumas notas que eu não deveria gastar (mas iria) e deixei os documentos em casa.

Saí correndo e fui a pé. Realmente era muito próximo, então não demorou até que eu chegasse.
Na porta, Draken estava de pé. Usava roupas largas e a típica trança, estampando a tatuagem de dragão. Conversava com um segurança trivialmente, como se tivessem todo o tempo do mundo para discutir sobre o clima.

"Eu devia estar longe dele", pensava sem parar. Meu irmão tinha participado do assassinato da irmã do melhor amigo de Draken. Eu realmente não devia andar com ele. No momento em que Ken descobrisse meu nome, ele me odiaria. Quem sabe até se vingaria do que meu irmão fez.

Antes que eu pudesse fugir dali, deixando o juízo falar mais alto, Draken me avistou e sorriu, acenando e me chamando para perto.

Não demorou para sentir o cheiro delicioso do perfume dele. Draken pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos, na maior intimidade do mundo. Todavia, foi quando escutei ele conversando com o segurança que eu entendi o motivo.

Nothing Left, DrakenOnde histórias criam vida. Descubra agora