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— Bom dia, Inui — sorri, entrando na oficina

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— Bom dia, Inui — sorri, entrando na oficina.

O rapaz loiro me cumprimentou com um aceno de cabeça e um sorrisinho de canto. Era um tanto silencioso, mas era gentil.

Arrumei o balcão e me vi no espelho de mesa que sempre ficava no balcão, sorrindo ao ver a plaquinha com meu nome presa na minha camiseta do uniforme. As peças da minha vida começavam a se encaixar, e eu me sentia cada vez mais feliz.

Duas semanas tinham se passado desde o fatídico dia em que Draken me flagrou entrando no bordel. Ele tinha me trazido até a oficina e eu passei por um curto período de treinamento. Inui tinha me mostrado tudo o que eu precisava fazer, e pareceu feliz ao saber que agora teria alguém para cuidar de toda a papelada.

— Bom dia, Inui — Draken cumprimentou, entrando pela porta pouco tempo depois. — Bom dia, linda!

Ele sorriu e se aproximou do balcão. Apoiou as duas mãos no mármore e se inclinou para a frente, me dando um selinho rápido e discreto.

Ainda não tínhamos oficializado nada, mas pouco a pouco ficávamos cada vez mais próximos. Se meu instinto não falhava, bastava mais um par de semanas para que eu fosse pedida em namoro.

Pedida em namoro... ri só de imaginar a cena. A Sierra de tão pouco tempo atrás jamais imaginaria que isso poderia acontecer algum dia. Os homens que me olhavam com nojo só viam uma puta para foder, não alguém digna de amor.

Draken via. Ele me tratava com intenso carinho e respeito.

Suspirei ao vê-lo adentrar a oficina e voltei a ajeitar a papelada, mas não demorou até que os fantasminhas da minha mente voltassem a me atazanar. Eu ainda não tinha contado a verdade para ele. Draken ainda não sabia meu sobrenome, mas eu tinha fé de que ele conseguiria separar as coisas quando descobrisse.

— Sierra, posso falar com você? — Inui se aproximou do balcão.

— Claro.

— Depois me entrega seus documentos. Vou fazer a papelada para te efetivar como funcionária.

— A-agora? — Engoli em seco, mas o rapaz balançou a cabeça negativamente.

— No almoço, pode ser.

Concordei e ele sorriu, se afastando momentaneamente.

Quando visse meus documentos, veria também meu sobrenome.

Merda.

[...]

Acho que nunca fiquei tão tensa para um horário de almoço, mas fiquei aliviada quando Draken precisou sair da loja para entregar uma moto. Inui se aproximou de mãos limpas e se sentou ao meu lado.

— Inui...— falei, antes de entregar meu documento na mão dele. — Preciso que me escute.

— Que cara de assustada é essa? — Ele franziu o cenho, mas tentou me acalmar. — Relaxa, menina. Pode falar.

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⏰ Última atualização: Jan 15 ⏰

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Nothing Left, DrakenOnde histórias criam vida. Descubra agora