A T T A C K E D

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Aurora caminhava o mais silenciosamente possível pela floresta de árvores e mato alto – que batia nos joelhos da garota e deixava a parte do silenciosamente quase impossível

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Aurora caminhava o mais silenciosamente possível pela floresta de árvores e mato alto – que batia nos joelhos da garota e deixava a parte do silenciosamente quase impossível. Ela se esgueirava entre a vegetação e se escondia atrás do tronco mais perto quando Caça-Trufas indicava.

Havia horas que eles estavam assim – tentando ao máximo não serem notados – e Aurora já sentia frustrada, sabendo que tudo aquilo estava sendo um esforço desperdiçado. Não querendo ir contra o texugo e evitando ter mais um motivo para discutir com Nikabrik, ela permaneceu caminhando, sentindo o sol queimar sobre suas costas mesmo que as folhas cobrissem boa parte dos raios. Já passava das duas da tarde.

Mais uma vez, Aurora ouviu o sinal de Caça-Trufas e se escondeu atrás da árvore, prendendo a respiração como se fazer isso a tornasse invisível. Ela escutou o barulho da grama sendo esmagada por pesadas botas – que a essa altura era um som constante na cabeça dela – parar e um suspiro ser lançado metros à frente.

- Eu consigo escutar vocês. – Caspian disse virando-se para os três e os viu saindo disfarçadamente dos esconderijos.

Aurora bufou e com os pés latejando, soltou:

- Ótimo, assim sabemos que Vossa Alteza não tem problema algum na audição. – ela disse frustrada e recebeu uma cara de tédio tão grande do príncipe que forçou um sorriso – Com todo o respeito.

- Só achamos que deveríamos esperar pelos reis e rainhas. – Caça-Trufas interveio com mais delicadeza, apesar de também apresentar cansaço em sua voz.

Caspian permaneceu quieto, olhou para o texugo, para o anão e então para a garota e retornou para o caminho que tinha percorria.

Aurora tomou uma boa lufada de ar e voltou a andar atrás do garoto, começando a odiar a maneira como a capa marrom escura, vestida por cima do colete verde e da blusa bufante branca, se mexia acompanhando o corpo de Caspian. Ela desceu o olhar para as mãos dele e as viu pousadas permanentemente na espada presa ao cinto e depois olhou para Caça-Trufas, caminhando ao seu lado quase que em pequenos pulinhos.

- Deixa eu ver se eu entendi... – Aurora sussurrou para Caça-Trufas - Nesta terra, todos os humanos são obrigatoriamente arrogantes? – o texugo riu antes de piscar com um único olho e apontar para o garoto.

- Ótimo! Então vá! Veja se os outros serão compreensivos assim! – ele disse alto, tentando acompanhar as passadas dos demais.

- Talvez eu vá com você. – disse Nikabrik pela primeira vez em um tempo – Quero ver você explicar as coisas para os minotauros. – riu brevemente, deixando Caça-Trufas para trás.

Caspian então parou e olhou para o grupo com um olhar curioso, assim como Aurora, que encarou Caça-Trufas com a boca aberta em choque.

- Minotauros? – Caspian disse dando tempo de todos chegarem até ele – Eles são reais?

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