cap.13

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-o que... Não, não pode levar minha filha.

- Posso, sou a mãe dela! Tenho mais direitos do que você!

- Por Deus mulher olhe seu estado...por onde você andou? Ein? Acha que vou deixar minha filha nas suas mãos?

- não me fode! Você fez de tudo pra esse relacionamento acabar! Eu disse que eu voltaria.

Por favor, não briguem, por favor.

- Você só pode estar brincando, Martha eu fui o único em plena saúde mental nesse relacionamento... não, minha filha não saí de perto de mim!

Ouço coisas quebrando, mamãe está descontrolada. Isso vai sobrar pra mim.

- Você está quase morrendo, olhe para você! Envelheceu 70 anos. Acha que vai viver o suficiente? Amanhã mesmo você vai estar morto seu maldito! Não me faça voltar aqui com meu marido!

- Mas o que é isso? Acha que tenho medo é? Vai traz, pode vir e vai ter uma surpresa para vocês aqui. Que tal isso ein, uma bala no cu de vocês dois um de cada vez!

Papai senta na poltrona, ele começa a tossir, saio do corredor e corro até ele. Seguro sua mão, seu rosto...seu rosto borrado. Não consigo me lembrar.

- Vamos, vamos embora!

Mamãe pega na minha mão mas eu não quero ir. Papai! Não me deixa. Não deixa ela me levar!

- Você não pode lutar contra isso, entendeu? Entra na merda do carro!

Mamãe está gritando, não consigo ver seu rosto. Está tudo ficando claro... está claro.

- Amy

- Amy

- Amy.

Seu corpo em uma estrutura fofa, sua cabeça sobre um travesseiro, um cheiro de comida no ar.
Olhou para o lado e viu a mesinha de vidro, estava no sofá. E quando suas vistas cruzaram aqueles olhos negros ela sentiu-se pálida, com vontade de vomitar.

- Quer vomitar?

A voz suave dele, Amy negou e virou o rosto quebrando o contato. Michael estalou a língua, Amy escutava sua respiração pesada.

- Eu cozinhei.- o tom da voz indo para uma bota rouca - espero que não se importe, de comer  torta de frango que eu fiz.

Amy encarou a noite através da vidraça, não queria olhar nos olhos dele, mas ele era insistente e colocou a mão sobre o rosto dela. Virou seu queixo e sorriu fraco.

- Quero pedir desculpas, me envergonho do que fiz, eu juro...eu nunca bati...- ele fechou os olhos com força - não era a minha intenção fazer aquilo, eu não vou fazer aquilo de novo. Tudo bem?

Amy tinha um V sobre sua testa, olhos negros encarando olhos azuis, Amy concordou mas estava com medo, ele sorriu e levantando-se segurou a mão dela.

- Eu tenho um presente para você. Mas só darei quando você comer.

A mesa estava montada, a torta saindo uma leve fumaça indicando que estava quente, suco sobre os copos.
Amy sentou, seu lado do rosto um pouco dormente, talvez tenha sido o lado em que dormiu.

A torta estava com um cheiro divino mas Amy não conseguia comer, algo em sua garganta trancou como um cadeado. Suas mãos enchiam para lá e para cá, o frango destrancando -se cada vez mais junto aos legumes.
Seus olhos levantaram para ver o homem a sua frente, ele tinha os olhos sobre Amy.

- Você não comeu nada. Você não gosta de frango?

Amy ficou um minuto sem responder mas negou.

- Estou sem fome.

Break Of Dawn(Michael Jackson) Onde histórias criam vida. Descubra agora