CAPITULO 5

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NAMJOON

PRESENTE

Depois de vários dias com a internet fazendo mil suposiçoes sobre o falso romance que eu e Carol tinhamos, nossas empresas decidiram que podiamos participar de um podcast famoso em Seul por falar sobre polêmicas sendo elas reais ou não, e por trazer a verdade para o público. Eu sabia que seria constrangedor. Mas aqui estou eu a caminho do estúdio

E o que mais me preocupa é Carol, que estava resistente a participar disso. A insistência dos jornalistas e a pressão da empresa dela, para promover seu novo trabalho a forçaram a ir, eu sabia disso, pois mudaram várias vezes as datas e os horários, e pelo que meu agente me disse era por ela estar resistente em ir.

Ultimamente tenho entrado mais nas redes sociais dela do que deveria, analiso comentários, vejo repetidamente seus stories e fico procurando detalhes dos lugares que ela anda ou da sua casa, a que por sinal nunca soube onde fica, e assombrosamente tenho tido vontade de descobrir.

As ruas através da janela do carro vazias pelo avançar da noite me fazem pensar no por que tenho ficado obcecado por stalkear a vida dela, até o seu programa que eu raramente assistia, comecei a ver até reprises online. Era como se eu procurasse respostas ou talvez eu estivesse procurando uma pessoa que não existe mais, eu mudei certo? Ela com certeza também mudou. Mas eu tinha uma sensação que essa frieza dela na nossa conversa naquele maldito restaurante que trouxe tanta dor de cabeça pra mim, não é possivel que só eu passei todos esses anos me sentindo mal por ter acabado daquele jeito. Será que só eu fui idiota o suficiente e me culpei esse tempo todo pela imaturidade que tive? Ela não sentia nenhum pouco por tudo que aconteceu no passado? Não tinha mágoa? Raiva? Ódio de mim?

Jin com certeza diria, se não sou eu que quer que ela sinta ódio. Deva ser isso. Pelo menos ela demonstraria sentir alguma coisa ainda por mim, pelo menos rancor. Mas nada, nadica. Ela não demonstrou nada.

Chegamos no prédio do estúdio de gravação. Eu cumprimentei os anfitriões, e aguardamos Carol chegar por mais de 40 minutos, quando ela chegou, não parecia nada constrangida em ter se atrasado. Não pediu desculpas, simplesmente chegou, deu boa noite e pediu um café. É com certeza essa não era a Carol que eu conhecia há 12 anos atrás.

Os anfitriões do podcast começaram uma sabatina sobre nossas vidas profissionais e particulares. Respondemos ambos todas as perguntas de forma totalmente genérica como sempre é feito e orientado pelas empresas de entretenimento.

Quando as perguntas vieram que todos queriam saber sobre as fotos vazadas do restaurante, respondemos como foi combinado por nossos agentes, que foi mera coincidência e que o público e a mídia levou de forma maldosa.

Apesar do desconforto, passou rápido e foi mais tranquilo do que eu estava esperando.

Quando acabou a gravação continuei conversando com um dos anfitriões e observei Carol conversando com a outra anfitriã que eu sabia que tinham interesse em comum pelas fofocas dos tabloides por jogarem tênis aos fins de semanas juntas. Tentei ouvir a conversa, mas sem sucesso. Depois de vários minutos, ela saiu, e eu a segui. A vi adentrar o corredor dos toaletes, tentei parecer casual ao colocar as mãos dentro do moletom que vestia e andar lentamente até o banheiro masculino, esperando que esbarrasse com ela na saída do banheiro feminino. Me sentia um adolescente de 15 anos, fazendo roteiro de um filme de comédia romântica bem ruim. Ela saiu do banheiro de cabeça baixa, ajeitando algo na sua camiseta rosa florida de botão, e sua cabeça bateu no meu peito, não que eu não pudesse desviar ou segurá-la eu poderia, mas eu queria fazer isso?

– Sono ou só tá distraída? – Pergunto, tentando parecer que não armei esbarrar com ela ali.

– A-ah, desculpa, só sujei minha camiseta de café, e tava olhando se saiu tudo

Amor ou SucessoOnde histórias criam vida. Descubra agora