capítulo 7

5 1 0
                                    

CAROL

Eu não queria conversar, eu não queria me abrir, ou falar nada, eu só queria saciar a vontade de te-lo, era tão dificil assim?

– Ok, vamos conversar o que você quer falar?

Ele me encara com aqueles olhos penetrantes que parecem ler a minha alma e todas as outras vidas que já tive. Ele continua encostado na parede, solta os braços e senta no sofá.

– Por que agora? Por que isso de querer me beijar e sair comigo agora?
– Não é de agora, você sabe.. a gente tem .. essa coisa ..
Ele sorri
– Qual coisa?
Eu olho pra baixo, envergonhada.
– Você sabe
– Não sei não, me explique
– Ah para, isso aqui, essa quimica, essa estática no ar,sempre que estamos perto.
– Hummm… – Ele se aproxima mais de mim, até que seu rosto está a centimetros do meu.
– Eu vou até a sua casa hoje, mas a gente não vai transar, me espere as 20 h… ah e eu quero comer aquele prato brasileiro que você fazia pra mim antes, que tal?
Ele pisca e sai da sala e eu me sinto uma idiota por ter começado isso tudo.

___________________________

As 20 h em ponto, a campanhia da minha casa toca, vejo a tela da camera de entrada e observo ele vestido como nos velhos tempos, sei que o estilo dele fora das telas nao mudou, varias vezes os tabloides publicavam suas fotos com os amigos e seu estilo continua o mesmo. O observo e aperto o botao que abre a porta de entrada, não demora muito até que ele está abrindo a porta de entrada.

– Oi.. trouxe um vinho pra você.. é pra gente
Sorrio, vou até ele e pego o vinho e levo a mesa de jantar o qual minha secretária do lar fez o prato que ele pediu.

– Não cozinhei, mas Gahi, minha governanta fez escondidinho pra você
– Nada mal

Sentamos e é desconfortavel o silêncio no ar. Ele não para de me olhar um segundo se quer e me sinto sem ar, já faz vários minutos.

– Você pode parar de me encarar?
– Desculpa, é que é dificil acreditar que eu estou aqui na sua frente… é meio como um dejavu, mas também estranho ao mesmo tempo
Ele solta os talheres na mesa.  Avança sobre os pratos e encosta os lábios nos meus e sorri.

Eu fico sem expressão e solto
– Olha, isso aqui - Gesticulo com as mãos – Não vai ser um namoro ou um relacionamento, só vamos … sei lá.. transar algumas vezes e depois esquecer isso ok? Nós dois sabemos as implicações de termos qualquer coisa além disso… só quero deixar claro.
– Ficou claro e cristalino.. a gente vai transar agora?
– Achei que você tivesse dito que não iamos transar hoje…
– Isso foi antes de estar a sós com você no mesmo lugar, e com privacidade suficiente para te fazer gritar como fazia antes.. então ?

Por que essas palavras tão rasas, que me deixam ao mesmo tempo com raiva e ódio, me deixaram tão excitada?

Levanto da mesa rapidamente, e retiro meu prato, pisco os olhos várias vezes

– Terminei .. vou levar isso aqui

Andando até a cozinha, sinto seu encalço e e ele me abraça por trás. Sinto sua ereçao e sua respiraçao no meu ouvido

– Eu quero você Carol,  muito, mais do que você pode imaginar .. mas não quero machucar você de novo, mesmo que agora nesse instante eu quero despir você e te comer em cima daquela mesa. Se você não quiser isso, eu vou embora agora .

O solto e sigo firme até a pia da cozinha. Ele não me segue. Quando volto a sala de jantar, ele não está mais lá, o encontro sentado no sofá da minha sala. Ele me vê chegar e me chama pra sentar do seu lado.

– Senta aqui, vamos assistir alguma coisa juntos e depois eu vou embora.
Eu sento e ele embala num abraço e minha cabeça encosta no seu ombro forte.

Amor ou SucessoOnde histórias criam vida. Descubra agora